sábado, 26 de dezembro de 2020

Poema para andar em casa

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Algumas pessoas passam a vida inteira esperando o grande momento da felicidade
ou o grande acontecimento da felicidade.
Fazem isso sem se dar conta de que a felicidade não está num momento furtivo ou num acontecimento específico.
A gente não precisa vincular a felicidade somente a um grande momento ou um grande acontecimento.
Muitas vezes a felicidade está nas pequenas coisas,
pequenas conquistas,
pequenas bençãos ou pequenos milagres de cada dia.
A felicidade está em ter fé, prazer, esperança,
celebrar a família,
saudar os amigos,
amar o próximo,
amar a todos e amar preferencialmente e incondicionalmente as pessoas que já te amam… te amam por nada e apesar de tudo.
Em vez de sonhar com o amor perfeito, com o homem perfeito,
com a mulher perfeita,
por exemplo, experimente amar mesmo diante das inevitáveis imperfeições que todos nós temos.
Viver é uma saudade doida de tudo que não percebemos ser a presença de Deus.
Por tudo isso, muito mais e todo o resto, a gente precisa agradecer.
Agradecer sem saber a quem,
agradecer sem saber por quê;
agradecer para sempre e agradecer como nunca;
agradecer por merecer tantas bençãos e agradecer por inspirar tantos milagres.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Poema sobre o Natal

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Que possamos neste Natal entende o real sentido da data.
Que possamos lembrar de um homem bom,
e que o dono da festa nunca possa ser esquecido.
Entretanto, papai noel é lembrado muito mais do que Jesus um saco de presente pesa mais do que uma cruz.
Nós sabemos que da presente é bom, mas bom mesmo ser o presente, ser o amigo, ser o parceiro, ser o abraço mais quente, e permitir que nossos olhos não enxerguem só a gente.
Que não possamos ser egoístas, orgulhosos.
Que não possamos somente pedir em oração apenas para a gente.
Que nesse momento façamos uma reflexão,
independente de crença, de fé, de religião. Precisamos praticar o bem sem parar,
pois não adianta orar sem existir ação.
Alimentemos um faminto que vive no meio da rua, agasalhemos um indigente coberto só pela jornal que acabamos de ler.
Nossa parte é ajudar, e o mundo pode mudar, cada um fazendo a sua parte.
Abracemos um desconhecido, perdoemos quem nos feriu, se esforcemos pra reerguer um amigo que caiu e tentaremos dar esperança para alguém que desistiu.
Convençaremos quem esta triste que vale a pena sorrir, aconselhemos quem parou que ainda da pra seguir e para aquele que errou da tempo de corrigir.
Façamos o bem, pois se ajudamos a alguém o ajudado é a gente.
Que possamos ser bom começando de Janeiro a Janeiro,
e que esse sentimento seja firme e verdadeiro,
que a gente viva o Natal todo ano,
o ano inteiro.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Como amar a minha esposa

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Queridas leitoras, por favor saiam neste parágrafo e fechem o Facebook ou Instagram.
Saíram?.
Será que saíram todas?.
Ou ainda insistir alguma mulher querendo saber o que será escrito.
Estamos então entre nós.
Bom, é que eu preciso desabafar.
Sou um homem que ama a minha esposa.
Muita gente acha que não há nisto nada de extraordinário.
Que ama a esposa, todos os homens amam.
Enganam-se.
São poucos os homens que ama a esposa.
São poucos homens que tem a paciência, pois ela é uma virtude.
É para estes, na verdade, que escrevo esta poesia.
Os outros, os que pensam que gostam da esposa, 
mas nunca dão a forma de trança os cabelos do seu amor,
nunca fazem declarações, expressam sentimentos mútuos,
nunca comemoram datas especiais ou cozinham algo para ela.
Se esses que descrevo, fazem isso, esses podem também fechar a página.
Agora, sim, estamos entre nós.
Dizia eu que ama a esposa.
O problema é que, por vezes, sinto uma enorme dificuldade em tentar saber sobre algumas manifestações da natureza feminina.
Por exemplo a mania da ordem, cada coisa no seu lugar incerto.
Talheres em uma única gaveta, cuecas por cor ou tamanho, condimentos, temperos separados, etc.
No entanto, mostrem-me um escritório arrumado e eu mostrarei um espírito desocupado.
Mostrem-me uma repartição impecavelmente limpa e ordenada e eu mostrarei um dormidouro negligentes.
O mundo é uma desorganização durante séculos, no entanto, não resiste à fúria arrumadora das mulheres.
Elas podiam arrumar o mundo com os seus detalhes, as suas percepções, os seus conceitos e as suas visões.
As mulheres não conseguem compreender porque é que guardamos as meias dentro de um sapato velho.
Nós também não compreendemos,
mas sabemos que isso não é coisa para ser compreendida.
Podia falar ainda da clássica guerra da tampa da sanitária ou da pasta de dente aberta, mas falta-me espaço.
Quantos homens são necessários para mudar um rolo de papel higiénico?.
Não se sabe,
nunca aconteceu.
Acredito.
Durante muito tempo pensei que aquilo fosse um processo automático,
sei lá, que eles se mudassem a si próprios.
Mas quem nos mudar, são as mulheres.
E pronto, desabafei.
Querem saber agora qual o segredo para amar a minha esposa e sobreviver?.
Eu também.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Poema sobre a asa da retomada

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O ministro da Economia veio a público, oficialmente,
separar os adultos das crianças,
os sóbrios dos bêbados e a razão da insanidade.
Vale repetir o que declarou o Paulo Guedes durante um balanço de fim de ano.
O retorno seguro ao trabalho exige a vacinação em massa da população brasileira.
Segundo o ministro da Economia, o que o governo tem que fazer é disponibilizar todas as vacinas.
Na convicção de Paulo Guedes, a vacinação é o que nós precisamos para que a asa da retomada da saúde e a asa da recuperação econômica possam bater ao mesmo tempo.
O ministro explicou o seguinte:
“O auxílio emergencial custa 55 bilhões de reais por mês.
E a vacinação de toda a população brasileira custa 20 bilhões de reais”.
Em outro assunto Guedes também se manifestou contrário ao que diz o presidente Bolsonaro.
O ministro esclareceu que foi decisão dele “não encaminhar ao Congresso” proposta de pagamento do 13º salário para quem recebe o Bolsa Família.
Ele explicou que, se pagasse o abono por dois anos seguidos,
configuraria crime de responsabilidade. Isso porque a lei não permite criar uma despesa permanente sem o devido corte de outra despesa orçada.
Bolsonaro já tinha dito que o Bolsa Família não teria 13º por culpa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
O deputado chamou o presidente de mentiroso!.
Que assim seja.
Que venha a vacina,
que vença a verdade!.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Vacine-se .

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Ninguém que tenha cérebro pode discordar de que a saúde vem antes da economia, que a vida vem antes do dinheiro.
E a vantagem da vacina é que ela vai ajudar a resolver os dois problemas ao mesmo tempo.
Quanto mais pessoas imunizadas,
mais pessoas disponíveis para trabalhar e mover as engrenagens das cadeias produtivas.
Por isso é estranho ainda ver gente não entendendo que a vacinação é o caminho mais rápido e lógico para a retomada da vida e da economia.
Também causa estranheza a tese ou a tendência de rejeição à vacina chinesa.
Coisa de quem parece muito bem informado,
mas desconsidera tudo o que se consome no Brasil vindo da China.
Desde pisca-pisca de árvore de Natal até automóveis zero-quilômetro,
os brasileiros já respiram, bebem, comem e dormem envolvidos em mercadorias chinesas.
Não é só o que vem, mas também o que vai.
Trata-se de coisa grande, como petróleo, minérios e produtos agrícolas.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil no mundo.
Desde 2009, o país asiático tomou esta posição dos EUA.
Segundo o Ministério da Economia, em 2018, este comércio foi de US$ 98,6 bilhões, com superávit para o Brasil de US$ 29,2 bilhões.
O fogo é intenso,
o incêndio é imenso,
a casa está em chamas.
E, mesmo assim, há quem prefira esperar pela chuva, ou por um milagre.
Fidelidade burra, política e ideológica,
tem limite.
Não seja tolo, seja inteligente, fique vivo. 
Vacine-se.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Poema sobre o amor ao próximo

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Pessoas que, em março, abril e maio,
se negavam a acreditar na letalidade da Covid-19 hoje se negam a acreditar na validade da vacina.
Pararam de alegar que a zyka, a dengue ou o câncer matam muito mais,
porém, passaram a duvidar que a vacinação em massa seja confiável.
Toda essa má vontade com a ciência, com a saúde pública e com os protocolos sanitários tem origem no festival que se vê na gestão da crise do coronavírus, desde o início do ano.
Por descaso ou ignorância, nos faltaram aqui lideranças capazes de tomar decisões à altura da gravidade que se anunciava em alertas globais.
Nos faltaram lideranças capazes de fechar os aeroportos,
bloquear as praias,
cancelar o carnaval… 
imobilizar o país e mobilizar a consciência de todos.
Para quem sobreviveu, ainda há tempo de o poder público fazer cumprir as leis, impor barreiras rigorosas,
intensificar medidas de restrição e jogar duchas frias nas zonas quentes de Covid.
Carente de autoridades competentes e responsáveis,
mas não de informações eficientes e necessárias,
o Brasil ficou vulnerável a uma carnificina que poderia ter sido evitada.
A reboque de tudo, veio o repique do pior.
Repare que só de setembro para cá quantos conhecidos nós agora contabilizamos com coronavírus, quantos adoecera,
quantos morreram,
quantos mais vão morrer depois de dias entubados,
dias internados,
dias perdidos,
vidas perdidas sem despedidas.
Cuide-se e vacine-se.
Senão por amor próprio,
pelo menos por amor ao próximo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Como se fosse a primeira vez

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Cada vez que eu olho para a minha esposa,
cada dia que acordo ao lado dela,
o que mais me comove e impressiona é precisamente a novidade de vê-la e também poder amá-la e ter a sorte de ser amado por ela.
Cada coisa que fazemos juntos, como cozinhar, lavar a louça, é uma cerimónia que construímos juntos pelo desejo e pelo entusiasmo de lá estar.
Eu sei que o casamento é só uma palavra:
É verdade.
Mas também pode ser a vontade de casarmos e ficarmos casados,
todos os dias,
com a mesma pessoa que amamos.
Ou seja, cada vez nos casamos mais.
Cada vez nos adaptamos, cedermos um ao outro, sabemos quantas gramas de açúcar precisa ser colocar no café semanal ou quantas gramas de sal no arroz e feijão.
Todos os dias nos casamos, como se fosse a primeira vez.
Pois as diferenças dela vão cabendo cada vez melhor nas minhas.
Cada vez somos, a Maria João e eu,
mais livres de sermos como somos,
cada um de nós, e de sermos como somos, nós os dois.
Ela torna-se mais ela; eu torno-me mais eu,
ela e eu com menos medo que o outro fuja por causa disso.
Por isso, sabemos que o segundo mês vai ser melhor do que este.
Porque todos os dias nos casamos mais.
Todos os dias dizermos sim para a vida que nós temos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Conquistas da vida

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Como se sabe, a ninguém é dado o direto de não cumprir a lei a pretexto de não concordar com a lei;
ninguém pode matar ninguém só porque não concorda com o Código Penal ou com o Quinto Mandamento.
Cerca de 75 por cento dos brasileiros pretendem tomar a vacina assim que as doses estiverem disponíveis.
No Rio, os que querem se vacinar logo são 77 por cento.
Em São Paulo, eles aumentam para 79 por cento.
E em Belo Horizonte, sobem ainda mais para 81 por cento.
Esses números são parecidos com números dos Estados Unidos, Europa e Ásia, comprovando que quase todo mundo consegue entender o óbvio: havendo uma vacina cientificamente testada e aprovada pelos órgãos e autoridades competentes,
ela pode e deve ser disponibilizada para imunização em massa, como manda a lei.
Deixo claro que eu não faço juízo ou julgamento sobre a obrigatoriedade da vacinação.
Segundo a pesquisa, mais de 70 por cento dos brasileiros acham que ela tem que ser obrigatória.
No meu modesto entendimento, a vacina e a vacinação são conquistas civilizatórias,
conquistas da humanidade,
conquistas como a descoberta do fogo ou a invenção da roda.
Enfim, conquistas de quem, apesar de tudo, celebra a vida.
Mas, por uma questão de piedade e misericórdia, também entendo  e respeito  aqueles que preferem a morte.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Poema sobre a vitória da constituição

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A Constituição ganhou mais uma vez.
E quanto mais a Constituição ganha, melhor para a democracia e para o país.
O Supremo Tribunal Federal acertou em
barrar a tese da reeleição de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre,
pelo simples fato de que a Constituição não permite a reeleição dentro de um mesmo mandato legislativo.
Assim como ela não permite a reeleição de presidentes,
governadores e prefeitos para um terceiro mandato.
Se aprovasse a reeleição de Maia e Alcolumbre,
o STF teria tomado uma decisão criticada como ação entre amigos, mal falada até nas rodas da malandragem.
Isso seria muito ruim para a postura de guardião da Constituição e defesa da democracia que a Corte vem assumindo com plena legitimidade.
A permanência de Maia e Alcolumbre seria construtiva para agenda econômica,
mas seria destrutiva para a agenda política.
A pauta de reformas não vai ficar pior nem melhor sob comando de novos presidentes da Câmara e do Senado.
Felizmente, já é de conhecimento dos deputados e senadores que as reformas tributária e administrativa são urgências de interesses nacionais.
Elas não podem depender de interesses políticos ou partidários e muito menos ideológicos.
Havia quem acreditasse que a tese da reeleição era uma tese de botequim.
Se isso fosse verdade, equivaleria dizer que,
ao separar os bêbados dos sóbrios,
o Supremo ficou do lado dos sóbrios.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Uma pequena observação

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De 2016 para 2020, Crivella perdeu 800 mil votos.
Ele teve 1 milhão e 700 mil em 2016.
E agora 900 mil em 2020.
Ou seja, o atual prefeito foi derrotado pelos eleitores cariocas,
que lhe deram uma grande sentença de reprovação.
Não só da gestão administrativa, como também da gestão pessoal.
Crivella foi julgado no Tribunal das Urnas como prefeito e como pessoa.
Pode-se dizer que ele foi alvo de um referendo,
no qual foi duramente castigado.
Assim como, para os 800 mil eleitores que o abandonaram,
o Rio também foi duramente castigado.
Já de Paes, o Eduardo, os cariocas esperam uma administração que possa resgatar seus melhores momentos como ex-prefeito.
E esperam também uma postura que permita ao futuro prefeito, ele mesmo reparar seus erros e não desapontar o terceiro voto de confiança,
o terceiro mandato,
a terceira chance que recebeu.
Se Crivella promoveu a morte lenta do astral e do orgulho de sermos cariocas, caberá a Eduardo ressuscitar essa nossa dádiva perdida.
A responsabilidade de Paes é no sentido de ele exigir de si mesmo uma gestão que o faça merecer a volta ao cargo.
Não basta a Eduardo Paes a sensação ou percepção de que ele foi um bom prefeito no passado.
Eduardo Paes terá que provar que será de novo,
ou de verdade,
um bom prefeito no futuro.

Poema sobre o meu testemunho

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Eu quero testemunhar, meu amor por você.
Eu quero atestar a sua veracidade e a validade que você tem pra mim.
Eu farei, tudo que eu posso fazer por você.
Juntos, nós estaremos juntos, porque eu quero depor sobre a sua existência para mim.
Então, venha testemunhar, seu amor por mim.
Você pode ser todas as coisas que você quer ser, pois nós estaremos juntos.
Cada coração que tenha sempre sido quebrado sabe que estas coisas não devem deixar de ser mencionadas, pois o meu papel é te dizer a verdade, e contar tudo aquilo que sei dando a cada dia a força a inclinar-se em uma outra verdade.
No meu ministério, eu estarei lá para você,
você estará aqui para mim.
Eu quero testemunhar, minha fé em você.
Eu queria testemunhar sua confiança em mim.
Eu quero executar as minhas tarefas, obras e atividades todas com você.
Você vai chegar de forma diferente como se nesta temporada de não me ver, eu teria te surpreendido também.
Talvez porque você sabe como eu penso sobre você e eu listo você.
Afinal existe nostalgia, embora não choremos nas plataformas fantasmagóricas, nem nas almofadas da franqueza,nem sob o céu opaco.
Eu sinto saudade do seu rosto que é uma  vanguarda, porque eu pinto nas paredes com linhas invisíveis e seguras.
Não esqueça que seu rosto olha para mim como um povo, sorria e se enfureça e cante, como um povo.
Agora não tenho dúvidas, você vai chegar de forma diferente com sinais com profundidade.
Francamente.
Eu sei que vou te amar sem perguntas.
Eu sei que você vai me amar sem respostas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Poema sobre a polarização política

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Toda eleição é uma vitória da democracia.
E a boa notícia é que a grande derrotada este ano foi a polarização política.
Repare que no Rio, São Paulo, Belo Horizonte,
outras capitais e na maioria das cidades, os eleitos têm perfil moderado,
eles não têm perfil de extrema direita ou de extrema esquerda.
Mas, juntos, os que ganharam não desenham um rosto nacional capaz de disputar de forma competitiva a corrida presidencial de 2022.
Isso significa que as eleições daqui a dois anos ainda estão configuradas como um confronto entre o bolsonarismo e um adversário sem nome e sem rosto.
Ou seja, as eleições de 2022, por ora, têm a cara do Bolsonaro contra algo parecido com os cabelos do Mandetta,
os olhos do Moro, as orelhas do Doria e o nariz do Luciano Huck… 
mas tudo ainda meio desfocado, muito indefinido.
São eleições domésticas,
eleições para quem quer
arrumar sua casa e seu quintal,
sem ainda preocupações ou ambições nacionais.
A única coisa que se pode afirmar sobre a votação deste 2020 foi que ela representou um freio de arrumação,
uma correção de rumo, naquela votação de 2018.
Mas nada hoje serve para atestar ou comprovar o que vai acontecer em 2022. O que pode acontecer em 2022 é tão incerto quanto a vida e tão incerto quanto a morte.
E, em se tratando de vida ou de morte, é sempre melhor não precipitar nada.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Poema sobre agropecuária

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Eu já pedi aqui que parem de falar mal da vacina, da ciência,
da imprensa e da democracia.
Isso porque vacina, ciência, imprensa e democracia são conquistas civilizatórias da nossa existência,
são conquistas da nossa humanidade, conquistas das quais não podemos recuar.
Ou seja, não dá para reclamar delas, assim como não dá para reclamar do ar que a gente respira,
da água que a gente bebe,
nem do alimento que a gente come.
Por isso, a exemplo da vacina, ciência, imprensa e democracia, eu hoje vou pedir que parem de falar mal da agricultura,
da agropecuária,
do agronegócio,
do agroBrasil.
Os produtores e trabalhadores do agro, do campo, do setor rural não são nossos inimigos.
Eles são nossos amigos, irmãos e compatriotas.
Eles são parte das nossas vidas e representam muito além do que o Pão Nosso de cada dia.
São esses gigantes, grandes, médios, pequenos ou micros produtores e trabalhadores que plantam,
cultivam e fazem o nosso café da manhã, o nosso almoço,
o nosso lanche o nosso jantar.
Eles estão à frente, no meio e por trás das nossas cervejas,
dos nossos refrigerantes,
dos nossos vinhos,
das nossas bebidas e até das nossas roupas.
Esses grandes produtores ou pequenos trabalhadores não são inimigos da floresta, da flora, da fauna, da natureza, do meio ambiente.
Eles não são inimigos da Amazônia!.
Eles sabem melhor do que ninguém que o que vai salvar a Amazônia é a produção sustentável, é a produção consciente, além da legislação que só precisa ser respeitada e do código florestal que só precisa ser aplicado.
Então, por respeito a esses grandes heróis do campo, parem de falar mal da agropecuária
Nem que seja só por reconhecimento, nem que seja só por gratidão.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Os exterminadores de futuros .

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As liberdades civis e os direitos humanos exigem de nós uma convivência diária com o outro,
com o próximo,
com o diferente,
com o divergente.
Enfim, com quem ou o quê não gostamos.
A vida não nos dá licença para matar e exterminar quem ou o quê nos incomoda.
Por isso, vale repetir o que eu já disse aqui em meados do ano.
A Covid-19 é uma doença agravada pela dificuldade de respirar.
O racismo também.
Mas o direito de respirar, vital na forma concebida por Deus,
não pode ser retirado do homem,
pelo homem,
pelo preconceito.
A ninguém foi dado o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer… com base na cor da pele,
dos olhos,
dos cabelos,
enfim, dos códigos genéticos.
Somos os verdadeiros exterminadores de futuros,
de vidas,
de sonhos,
de planos,
de famílias e de crenças.
A ninguém foi dado o poder de sufocar a vida e os sonhos de ninguén,
com base na etnia,
na língua,
na origem,
na história ou na geografia.
Não basta mais gritar que “vidas negras importam”.
É urgente agora provar que vidas negras importam “também” nas salas de aula, nas carreiras profissionais,
nas grandes empresas,
nos cargos de chefias,
nas artes,
no teatro,
no cinema,
na cultura e na ciência em geral.
Somos os verdadeiros exterminadores do futuro.
Tudo isso sem que se trate de exceções, superações ou sobreviventes.
O racismo é uma aberração insuportável. O racismo é um vírus irrespirável.
Que venha a vacina!.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Reciclagem humana

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É cada vez maior o entendimento e a convicção de que não se trata mais de as pessoas dizerem que não são racistas.
Se trata agora de as pessoas se declararem antirracistas, contra o racismo.
Hoje, as pessoas não podem mais simplesmente se proteger na mera alegação de que não discriminam esse ou aquele.
Hoje, as pessoas precisam, sim, se posicionar contra a discriminação,
contra o preconceito, em qualquer circunstância.
Não só as pessoas, mas também as empresas.
As empresas precisam educar e se reeducar.
De qualquer natureza ou segmento, as empresas precisam se preocupar com quem contratam,
direta ou indiretamente.
Principalmente para os serviços terceirizados, que se relacionam com as atividades-fim.
Cuidados precisam ser redobrados, multiplicados, para se evitar uma crise de marca, imagem ou reputação.
Em escândalos de grande porte ou impacto, não basta nota ou Comunicado prometendo providências imediatas e apurações rigorosas.
Isso é o óbvio e é inócuo diante de uma comoção nacional ou uma repercussão internacional.
Também não basta anunciar a demissão sumária dos envolvidos e o cancelamento do contrato de serviços.
Em casos excepcionais, a sociedade e a opinião pública precisam acreditar que, mais importante que a gestão operacional e financeira,
é promover uma gestão de atitudes, reciclagem, treinamento ou re-treinamento dos funcionários essencialmente em termos de valores, princípios, compromissos e responsabilidades corporativas.
Em atos e fatos letais, a sociedade e a opinião pública precisam acreditar que as empresas compartilham a dor,
o repúdio,
a indignação,
o sofrimento e as condolências.
Enfim, todos nós precisamos melhorar como pessoas,
seja como pessoas físicas,
seja como pessoas jurídicas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O vírus da ignorância

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Não podemos esquecer que,
de certa forma e de várias formas,
todos fomos igualados pela pandemia. De modo que não deveria caber a ninguém se achar melhor,
superior ou absoluto.
Alguns desceram ao ponto de não aceitar sequer ser chamados de cidadãos.
Esses parecem orgulhosos por não terem aprendido que cidadãos são todos aqueles que compreendem os seus papéis,
os seus compromissos e as suas responsabilidades.
O Brasil é formado por 27 unidades federativas,
e não por 27 Brasis independentes.
O Brasil é habitado por mais 212 milhões de brasileiros,
e não por 212 milhões de médicos, imunologistas ou epidemiologistas.
Distorções ocorrem, e pessoas morrem porque somos 212 milhões de viciados, viciados em muita ignorância popular e pouco conhecimento científico.
Além de muitos direitos e poucos deveres.
Ou pior ainda: 212 milhões de viciados em nenhum dever,
nenhuma obrigação com nada e com ninguém.

domingo, 22 de novembro de 2020

Ser desumano também é um vírus

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Depois de desembarcar no Brasil mais cedo do que esperávamos,
o coronavírus só vai embora mais tarde do que desejamos.
A segunda onda chegou sem pedir licença,
antes mesmo de a primeira onda ter acabado.
Curioso é que grande parte da culpa não é só do vírus;
é também nossa.
Nossa porque ser desumano também é um vírus mais fatal, quanto o próprio coronavírus.
Espantoso como nem uma desgraça é capaz de melhorar os seres humanos. Não aprendemos nada com as guerras, as revoluções,
as escravidões,
os genocídios,
os extermínios e os holocaustos.
Seguem frequentes nas ruas as brigas e as confusões envolvendo máscaras, cloroquina e quarentena.
A pandemia virou plebiscito.
São cada vez maiores os abusos, absurdos e excessos de pessoas dispostas a criar suas próprias leis,
suas próprias regras,
e adaptá-las às suas próprias vontades, verdades ou mentiras.
Parece difícil a essa gente entender que, pelo bem de todos,
uma pessoa não pode escolher somente o bem dela,
principalmente quando o que ela acredita ser o bem dela é errado para o bem todos.
Não para todo mundo,
mas para quem podia e ainda pode,
o isolamento social deveria ser entendido como um ato de amor pelo outro e pela própria vida;
em vez de ser combatido até hoje por quem despreza o próximo,
ou despreza a si mesmo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Vidas negras importam

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Pouca coisa a comemorar e muita a denunciar.
Persistem apartheids reais,
exclusões e assassinatos cotidianos.
Ouvimos o grito no ano da pandemia: "Vidas brancas importam".
Resta responder para quem importam.
Um desafio para todos nós.
O mundo brasileiro foi idealizado para facilitar a vida do homem branco.
No polo oposto, todas as dificuldades para a mulher negra.
É uma construção real que fica naturalizada pelo uso cotidiano.
Perdemos a noção dos privilégios pela diluição no tempo histórico.
Temos de aprender a viver juntos como irmãos ou perecer juntos como tolos.
Essa revolução é uma luta de todos.
Todo mundo tem uma voz, não ouse ficar calado, se você não diz nada, você é um acessório para a violência.
Deixe essas palavras secarem as lágrimas do meu povo que está chorando, podemos trazer de volta a esperança, mas não as pessoas que estão morrendo.
É o que acontece quando as pessoas que você oprimiu pedem mudanças em um país que eles construíram,
mas você as ignora e nega.
Isso para Sandra Bland, George Floyd e toda brutalidade policial familiar interveio e destruiu.
Casal policial ruim não pode definir todos os outros garotos,
então todo policial bom precisa se levantar e fazer barulho.
Preto, branco, asain não importa, porque não podemos evitar,
então vamos todos nos unir e, sim, ficar irritados com as pessoas que acreditam que o racismo faz sentido em um país construído com base no trabalho escravo minoritário empregado.
Veja ninguém nascer homem racista, é algo que você aprende
Profundamente enraizado no seu cérebro desde o dia do seu nascimento.
Acho que é hora de consertar todas as pontes que queimamos, e deixar o amor sair de nossos corações nas bochechas que viramos.
Espalhe amor, mostre amor, vamos nos livrar dessa maldição.
Não espere que alguém vá primeiro, pois essa é a única maneira de vermos a paz na terra.
Vermelho é a cor que todo ser humano sangra.
Então, vamos nos unir policiais e intermediários pelos direitos de todos na humanidade.
Vidas negras importam não devem irrita-ló ou fazê-lo gritar.
Todas as vidas importam porque não somos tratados igualmente.
Lembra quando éramos crianças e não víamos cor e quando brincávamos no jardim de infância e eu te chamei de meu irmão.
Então nós crescemos e eles nos ensinaram que deveríamos odiar um ao outro, embora, todos nós viemos de nossas mães.
Por isso, eu quero que vocês entendam que o ódio não é uma característica,
foi aprendido quando começou a desigualdade racial.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Poema sobre o segundo turno

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Os resultados do primeiro turno do Rio de Janeiro já eram previstos pelas pesquisas.
Pesquisas que, como eu sempre digo,
já fazem parte das nossas rotinas e boas práticas democráticas.
Mas os números do primeiro turno no Rio vão e falam além das pesquisas.
O que os números dizem é que Eduardo Paes vai para o segundo turno com um favoritismo confortável em relação a Marcelo Crivella.
Daí que, em geral, num segundo turno de qualquer eleição,
os desafios de quem fica em segundo lugar são sempre bem maiores.
Um deles é atrair os votos que não recebeu no primeiro turno.
Outro é tentar reativar os votos nulos, brancos ou abstenções,
e reverter esses votos inválidos em votos válidos a favor.
Nesse caso dos nulos, brancos e abstenções,
o problema é que eles vêm de eleitores convictos, ou seja, eleitores determinados a invalidar já no primeiro turno,
quando ainda existem muitos nomes à disposição.
Há também, para alguns candidatos,
o esforço de superação visando administrar um alto índice de rejeição.
Se não for reduzido, esse índice pode acabar beneficiando o concorrente menos indesejável.
Enfim, realmente, o segundo turno representa uma nova disputa,
mas é uma nova disputa que não zera as circunstâncias herdadas do primeiro turno.
Nem de facilidades,
nem de dificuldades,
nem para o bem,
nem para o mal.
Resumindo: o segundo turno é uma nova chance para todos.
Principalmente para o segundo colocado.

Poema sobre os novos eleitos

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A ideia de que o presidente Bolsonaro é o grande perdedor das eleições municipais é uma ideia meio mussarela eufórica, meio calabreza precipitada.
Bolsonaro apoiou este ano uns 60 candidatos em todo o país, mas só uma dúzia se elegeu. Realmente,
isso é pouco para um político até então visto como um fenômeno eleitoral.
Em compensação, o Centrão foi um dos grandes vitoriosos,
ganhando capitais e cidades importantes que estavam sob administração do PT, MDB e PSDB. Realmente, isso não é pouco considerando que hoje esse bloco é aliado do presidente.
É verdade que Bolsonaro abriu mão de sua posição de estar sem partido,
o que permitia a ele não se manifestar a favor de ninguém.
Assim como também é verdade que o presidente fez uma jogada de puro cálculo político,
quando decidiu declarar seu apoio pessoal a candidatos com forte apelo junto ao eleitorado evangélico.
Um segmento que representa parte de suas bases populares.
Daí que, em tese, o que o presidente tem diante dos resultados de 2020 não passa de um empate técnico, de pouca serventia agora para determinar o que vai acontecer em 2022.
A vantagem para Bolsonaro é que esse grito de alerta das urnas veio dois anos antes;
portanto, a tempo de corrigir rumo, discurso e comportamento.
Indiscutível mesmo é o fato de que, mais uma vez,
a democracia saiu vitoriosa e invicta das urnas.
Mesmo em tempo de populismo, polarização e coronavírus,
a democracia segue vacinada, imunizada e revigorada.
A democracia é um antídoto contra as praga,
às vezes falha,
mas em geral funciona.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Resposta curta

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Todos os homens são babacas? 
Não.
Todas as mulheres são legais?
Não.
Todos os homens são ogros?
Não.
Todas as mulheres são gentis?
Não.
Todos os homens prestam?
Não.
Todas as mulheres são dignas?
Não.
Todos os seres humanos são controversos?
Sim.
Todos os seres humanos têm defeito de fabricação?
Sim.
Todos os seres humanos precisam encarar o espelho?
Sim.
Todos os seres humanos precisam entender o e daí?
Sim.
E daí que nem todos os homens prestam?.
E daí que nem todas as mulheres são legais?.
O que importa não é como o outro age
Mas sim como você se impõe e interage.
Aos babacas, mostre sua sensatez.
Aos chatos, mostre que você é legal.
Aos mal educados, mostre sua educação.
Aos ignorantes, mostre firmeza na ação.
Aos perversos, mostre seu distanciamento.
Aos mentirosos, mostre sua hombridade.
Aos amigos, mostre lealdade.
A sua família, mostre amor e gratidão.
A você, mostre amadurecimento e evolução.

domingo, 15 de novembro de 2020

Poema sobre as eleições de 2020

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Na época que antecede as eleições, algumas pessoas pensam estar numa guerra à moda dos filmes americanos, que eleva os homens de valor e seleciona os bravos e destemidos.
Sempre são pessoas que se engajam na disputa como funcionários descartáveis, colaboradores ou fracos idealistas e confundem campanha eleitoral com política.
Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição.
E estes , desprovido de criatividade, originalidade, que tanto incomodam nas redes sociais e na mídia,
sem ter sequer uma causa própria, esquecem que um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos.
Eles deveriam saber que o ser humano sendo um animal político, não quer dizer que é essa atividade de fuxico que se referia.
Pois estas pessoas estão por demais inseridas na nossa podre estrutura partidária, onde:
Partido político é um agrupamento de cidadãos para defesa abstrata de princípios e elevação concreta de alguns cidadãos.
A política é aquela que humildemente pregavam Madre Teresa de Calcutá e Zilda Arns, que, não se enganem,
não faziam caridade,
mas defendiam liberdade e um Estado mais humano e lutavam contra a máxima de Voltaire:
Encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros.
Ao que parece, estes que confundem política com campanha são os mesmos que desacreditam a educação e a filosofia,
que a eles não ensina a pensar.
Por isso, não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural e nada deve parecer impossível de mudar.
É de grande importância para o eleitor não eleger pessoas que não apresentam nenhum preparo intelectual,
ético, moral e espiritual para exercer os cargos públicos de tamanha grandeza no seu município ou cidade.
Pois infelizmente as nossas cidades têm sofrido muito nos últimos anos pelas nossas péssimas escolhas principalmente, para o Poder Legislativo Municipal.
Não votem de maneira equivocada por amizade,
parentesco e coleguismo em vereadores que não têm a maior condição de nos representar no parlamento.
Todos nós somos co – responsáveis pelo sucesso ou pelo insucesso dos nossos municípios,
desde que votamos de forma responsável ou irresponsável em candidatos sem compromisso com o bem Comum.
E para isso, não precisamos mergulhar na história política do Brasil,
que os exemplos de maus políticos estão em evidência.
A boa ação dos políticos após as eleições é vestir as sandalhas e visitar as comunidades pobres para ficar bem informados daquilo que o povo precisa;
andar com o povo e viver com o povo.
Dada de amar o povo quando querem voto para depois, o abandonarem e só andar de helicopteros,
valendo-se da continuidade dos outros que passaram pelo mesmo tapete,
pois quando falam da continuidade dos ideais dos outros compatriotas,
significa que tambem sairao de Maputo a catembe de helicóptero, da Munhava a Matacuane de helicopteros.
Por isso, votem consciente, mesmo você sendo inconsciente a muito tempo.
Avaliem o seu prefeito e vereador no seu município.
Pois antes de renovar a Câmara e a prefeitura, precisamos nos renovar mentalmente.



Uma excelente votação e boa sorte.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Poema sobre o recomeço americano

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É hora de curar as diferenças,
curar as feridas e curar a alma do país.
As eleições dividiram os EUA politicamente,
mas não podem dividir a nação.
Donald Trump está demitido da Casa Branca,
e não há nada que possa fazer,
senão passar os próximos dias e meses se lamentando nas redes antissociais.
Até as emissoras de TV aliadas,
incluindo a Fox News,
decidiram negar a ele espaço para tentar difamar e desmoralizar a democracia americana.
Como eu descreve aqui em setembro:
Liberdade de expressão não pode servir para proteger injúria,
calúnia,
difamação,
notícias falsas,
ataques à honra,
atentados à reputação ou ameaças de morte.
Liberdade de expressão não pode servir para patrocinar ódio,
rancor,
racismo,
homofobia,
preconceito e discriminação.
Liberdade de expressão não é liberdade de desinformação em massa,
com fins destrutivos,
hediondos e medonhos.
Aprendiz de presidente,
Trump perdeu para ele mesmo e perdeu para a Covid-19.
Sim, porque o resultado apertado a favor de Joe Biden mostra que,
se não fosse o desprezo de Trump pela doença letal,
até seria possível uma vitória dele folgada.
Certamente, quase 250 mil mortos abriram covas em milhões de lares e corações magoados ou ressentidos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Poema sobre as pesquisas americanas

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A imensa onda vermelha de votos em Donald Trump nada tem a ver com falhas nos institutos que medem as intenções dos eleitores.
Tem a ver com a tendência de que, quando se trata de pesquisas,
muitas vezes as pessoas mentem. Mentem sobre eleições,
mentem sobre sucesso ou fracasso profissional,
mentem sobre alegrias ou tristezas pessoais,
mentem sobre sexo,
mentem sobre tudo.
O que estava em jogo nas eleições americanas este ano eram temas delicados,
como o racismo,
a imigração,
a democracia,
as liberdades e as instituições.
Nem todos estão dispostos a tirar suas máscaras de simpatizantes do Klan para confessar votos num presidente considerado pelos vizinhos como sociopata feroz e indigno do cargo e dos valores americanos.
Não foram só 70 milhões de votos em Donald Trump!.
Foram 70 milhões de votos de pessoas para quem vidas negras não importam; 70 milhões de votos de quem apoia ideias supremacistas e negacionistas;
70 milhões de votos de quem não respeita liberdades, diferenças ou divergências;
70 milhões de votos de quem aceita mentiras oficiais e atentados contra fatos, verdades, ciências, jornais e livros além de desprezo pela vida dos outros, pela vida dos enfermos e pela vida em geral.
Quando erram ou quando acertam,
as pesquisas só refletem, sempre refletem, o caráter dos eleitores.
No caso dos EUA, os 70 milhões de votos a favor de Trump refletiram o caráter da nação.
Ou, pelo menos, de metade dela.
Por tudo isso, muito mais e todo o resto, parem de falar mal das pesquisas.

Poema sobre o sentindo da vida

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Nós podemos querer ser médicos, advogados, jogadores de futebol, professores e enfermeiros.
Mas se eu pudesse opinar para todos vocês que me acompanham, queiram ser seres humanos que respeitem os seus amigos,
seus companheiros, colegas de trabalho que com certeza você será uma pessoa muito melhor.
Não queiram ser mais do que o outro, pois cada ser humano é um universo que cobre a terra.
Cada ser humano é um universo, composto por suas particularidades. Com isso, precisamos respeitar fraquezas, defeitos, diferenças e singularidades de cada um.
Nós deveríamos ser estudo nas salas de aula.
Pois compreender o que somos é uma das matérias mais difíceis.
Nós deveríamos entender quem somos, nós deveríamos entender o que é servir a Deus, o que é ama o próximo e o que é ser um humano.
Nós deveríamos desenvolver em cada indivíduo, em cada ser humano, o respeito pelo seu semelhante.
Pois cada ser humano é um universo em crise.
Os seres humanos julgam sempre o caminho mais fácil,
todos adorar o poder de ser juiz da vida alheia e de sentenciar as pessoas de acordo com seus critérios ou conclusões,
mas curiosamente ninguém quer estar no lugar do réu,
o julgado, criticado e apontado, ai as coisas mudam de lugar de ofensor a ofendido.
Nós deveríamos entender que a palavra semelhante que dizer que somos da mesma espécie.
Na medida que cada um de nós tiver consciência que não há nada de diferente que nos separe, nós todos nos respeitaremos melhor.
Pois a diferença da pessoa que limpa o chão e um médico ou um engenheiro, é somente uma diferença de informação,
a pessoa que limpa o chão aprendeu muito pouco, mas ele aprendeu a limpar o chão, ele é tão útil quanto ao médico, e todos tem direito de uma vida digna.
Esse é o sentido da vida.
Não adianta se brigar como se fala muito em direitos humanos,
enquanto metade da população passa fome,
e crianças reviram a lata do lixo para achar comida,
se isso não for corrigido agora mesmo,
nada mais faz sentido pra mim.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Poema sobre o novo presidente dos Estados Unidos

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As eleições do fim do mundo,
do fim dos tempos e do fim da democracia parecem não ter fim.
Joe Biden ganhou na votação direta, popular, e na votação indireta,
a do número de delegados por estados. Só que Donald Trump, como previsto e prometido, decidiu desafiar as instituições e tornar os Estados Unidos reféns de seus insultos, ultrajes e caprichos.
Fato é que a maioria dos americanos preferiu tirar da Casa Branca o líder supremo e supremacista dos Engenheiros Caos.
Até as múmias da Ku Klux Klan sabem que Trump é um incendiário que só ouve a própria voz,
só aceita as próprias ideias e só acredita nas próprias mentiras.
Sendo assim, claro que ele vai querer tocar fogo no país em vez de se render à lei, à ordem e à estabilidade com as quais seu egoísmo e seu egocentrismo não ganham nada.
Trump é aquele tipo de líder que não se curva, não se educa, não se modera,
não se disciplina e não se sensibiliza. Infelizmente, hoje, o tipo de líder capaz de dividir ao meio uma nação, roubando dela pelo menos metade da sua alma;
tudo isso com o consentimento e a cumplicidade de metade dos eleitores.
Daí que, em vez de terra dos sonhos e terra das oportunidades,
os Estados Unidos correm o risco de se tornarem terra da vergonha e terra de ninguém.
Pior que a Estátua da Liberdade, que não vai poder fugir para pedir ajuda ao Cristo Redentor.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Eleições Americana

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Se há uma coisa que os EUA têm a aprender com o Brasil, essa coisa se chama eleições.
Para os brasileiros, cédulas de papel, apurações demoradas e regras ou critérios regionais em casos de impasses são estranhas demais num país-símbolo de primeiro-mundo.
Os americanos não contam com tribunal nem autoridades superiores para julgar reclamações ou pendências envolvendo candidatos, campanhas, urnas, votos etc. Cada estado têm seu jeito, seu sistema, sua autonomia, para lidar com cada imbróglio.
Se nada funcionar, o caminho é a Justiça Comum e, em última instância, a Suprema Corte.
Guardadas as proporções e as heresias, a Suprema Corte lá equivale ao nosso STF aqui.
Os EUA não têm um Tribunal Superior Eleitoral, com legislação específica para querelas ou questões eleitorais.
A ideia de ser necessário esperar dias ou semanas para se saber quem será o presidente da maior potência mundial é assustadora até para eleitores brasileiros residentes nos cantos mais remotos do país.
Por tudo isso, muito mais e todo o resto, Donald Trump já avisou que fará de tudo para contestar nos tribunais qualquer resultado que não lhe dê uma segunda vitória.
Trata-se de uma ameaça irresponsável, friamente calculada para tumultuar ainda mais a já combalida democracia americana.
De modo que, se perder, Trump vai preferir virar a mesa, no murro e na marra, caindo matando… 
nem que, para isso, tenha que ferir de morte a sua própria dignidade.
Daí que, em vez de América Grande de Novo, vai transformar o país numa América Cada Vez Menor.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Poema sobre o estupro culposo

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O que podemos e devemos fazer para evitar que meninos se tornem homens estupradores?.
Qual a orientação os pais e mães, a mídia e o marketing têm estimulado nos homens que os impedem de refletir diante  da própria sexualidade. 
Nos casos de estupro que são investigados pela polícia,
a vítima estava dopada ou embriagada e, em muitos casos, estupradores e testemunhas naturalizam o ato pela roupa e comportamento da vítima.
Entretanto, não há como comentar este imbecilidade.
Pois saias não estupram, biquínis não estupram: homens estupram.
Não é possível falar de tudo sempre em todos os parágrafos.
Pois estupro é uma sucessão de pessoas que clamam direito sobre o corpo de uma mulher.
Faz a mulher dúvida da sua própria dor,
enquanto esse mundo todo parece adormecido ou morto, e pra quem é mulher, não sobra nada de flor, ou de um mar de rosas.
Pergunte pro mundo qual teu pecado
para que mesmo sendo uma mulher democrática, intelectual e convicta
A tua vagina não seja o único troféu esperado.
Estupro que se dá numa sala, na alcova,
na família, na igreja ou num refúgio em todas as classes, campos,
terrenos baldios, flancos, formas e posições, não importam!.
TODOS precisam serem punidos severamente.
No entanto, precisamos ensinar que nenhum comportamento justifica violência e estupro.
Não importa o horário, a roupa, o lugar, as companhias, as falas, em hipótese nenhuma o estupro é tolerável ou aceitável.
Os homens devem fugir dessas situações e se for o caso deve acionar uma equipe de socorro pra pessoa que estiver embriagada e fora de suas faculdades normais.
Nunca se aproveitar da vulnerabilidade de alguém para violentá-la.
A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil.
E nós temos um problema social que é a falta de educação de meninos e de meninas, estimular debate entre adolescentes na escola e na família, amparar vítimas com empatia total, e endurecer a lei,  julgar e prender estupradores.
Mas a justiça é uma prostituta de luxo, ela sempre ficará do lado de quem tiver mais dinheiro.
E para ser sincero ela não foi estuprada somente pro um homem.
Mas, ela foi humilhada, vilipendiada, estuprada virtualmente por 4 homens machistas no vídeo.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Poema sobre o novo presidente dos Estados Unidos

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Além de escolher o presidente americano,
as eleições presidenciais dos EUA têm este ano outro desafio monumental,
do tamanho da Estátua da Liberdade.
Elas são um teste para a democracia, um teste de resistência,
um teste institucional,
um teste que vai por em prova a vocação civilizatória e humanitária da nação ainda mais rica,
mais influente e mais poderosa do mundo.
Se esse teste se resumisse à participação dos eleitores,
a democracia já estaria vitoriosa.
Quase 100 milhões de americanos já haviam votado antecipadamente antes da data oficial, que é hoje.
Essa pressa dá boa ideia do clima de ansiedade, expectativa  tomou conta do país.
Ela é resultado de uma polarização que abriu nos EUA um abismo tão assustador quanto aquele que dividiu os americanos na Guerra Civil,
na Guerra de Secessão.
O conflito armado, entre os estados do Norte e do Sul que matou quase 1 milhão de pessoas entre 1861 e 1865.
Atualmente, a periculosidade, a gravidade e a confusão do quadro eleitoral americano são tão grandes e tão profundas que chegaram ao ponto de preocupar inclusive republicanos históricos, como o jornalista Max Boot.
Ultraconservador, ele decidiu optar pelo democrata Joe Biden, justificando da seguinte maneira: “Trump é um sociopata que precisa mais da adoração das massas insanas do que da aceitação das pessoas normais”.
Quando até republicanos ferrenhos declaram votos em democratas,
significa que a democracia corre mesmo perigo.
Mas também significa que há esperança. 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Somos os coveiros da nossa própria vida

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Hoje meu poema não é para os que são finados,
mas é para os que vivem com a alma abortada.
Sim, são os mortos-vivos dos tempos atuais.
São estes que estão no nosso meio.
Por isso, eu desejo um feliz dia de finados para você que é tão frio quanto a inocência de um cadáver.
É você que deixa as suas flores para serem entregue somente no dia de finados.
É você que só reunir-se em volta de um caixão, e nunca em uma mesa para almoçar em dias neutros.
É você que chora, é você que homenagea aquele indivíduo que nunca lhe ouviu dizer: " Eu te amo".
É você que procura aquele ou aquela pessoa em caixões fechados e soterrados não somente por terra, más pelo coração ausente de sentimento.
É você que expressa sentimentos sinceros ou não sinceros pro aquele que já se foi.
É você que não só enterra o corpo de outrem, como enterra o vossos corações.
As pessoas infelizmente só conseguem expressa sentimentos em que já se foi, e nunca naquele que ainda estar presente.
Por isso devemos também comemorar o dia dos mortos-vivos.
Talvez consolidamos esse dia em que seremos desumanos e negacionistas.
No dia em que seremos uma aberração ou uma espécie em extinção.
Pois somos os coveiros da nossa vida e dos nossos entes mais queridos.
É o dia da nossa própria mortificação.
É o dia da nossa falta de humanização.
É o dia em que os mortos enterram os seus mortos.
Portanto, vamos nos abraçar, vamos dar flores, vamos chorar, vamos encontrar aquele ou aquela pessoa em que amamos urgentemente, pois todos têm, outrossim, direito à valorização.
Tudo isso precisa ser feito hoje, enquanto estivermos vivos; si é que estamos ainda.
Senão tudo isso se fará em um lugar aonde ninguém quer ficar, aonde ninguém se imagina que um dia vai estar.
No entanto, não procurem por alguém nos campos-santos,
aonde nem chegaram a estar.
Pois lá, só foram largados os despojos que nos serviram de invólucros,
por um tempo predeterminado do primeiro ao último respirar.
Procurem em suas lembranças;
É lá que querem estar, até que tu mesmo, de ti não te lembres mais.
Pois tudo passar e tudo passara como o frio de inverno.
E no final de tudo, aqueles  ou aquelas que amamos nunca morrem,
apenas partem antes de nós.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Como escolher o seu candidato

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Seu/sua candidato/a tem um projeto de vida autônomo?.
Pode ser um grande empresário ou um organizador de grupos de catadores de papel;
pode ser cortadora de cana ou professora: ele ou ela existem antes da disputa?.
Sendo de esquerda, direita ou de centro:  tem solidariedade com as pessoas?.
Em itens fundamentais, como a luta contra o racismo ou o combate  à violência sobre as mulheres, já se manifestou claramente, sem enganação? Muito antes das eleições, ele ou ela já diziam que estas coisas são inaceitáveis?.
A pessoa pode ser culta ou pouco estudada,
mas deve ter educação como prioridade. Educação vai do incentivo à leitura a evitar que se roube merenda escolar. 
Um item a ponderar: existem processos julgados de corrupção contra ela ou ele?.  
Há dezenas de outras coisas, comecei por estas cinco.
As pessoas que você eleger como vereadoras ou para o  Executivo municipal,
são a sua responsabilidade.
Comecei a ler projetos e programas para escolher quem terá meu voto.
A primeira tarde de exames de propostas já indicou quem eu NÃO elegeria.
Falta o mais difícil.

A vacina e a vacinação

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Não vou tratar aqui de defender a obrigatoriedade da vacina e da vacinação,
e sim de alertar para o perigo real e imediato da politização desses temas muito caros à saúde pública.
De tal modo que, no ano que vem e nos próximos, além de COVID, corremos riscos de epidemias de sarampo, rubéola, coqueluche, poliomielite e outras doenças já erradicadas.
Essa é a convicção de médicos, biólogos, imunologistas e epidemiologistas,
todos preocupados com o debate sobre a vacina e a vacinação.
Trata-se de um debate político e ideológico que,
segundo profissionais e especialistas,
vai ameaçar vidas, pessoas, seres humanos.
Ninguém morre quando alguém insiste que a Terra é plana ou que o homem nunca pisou na Lua.
Mas, quando a negação avança contra a vacina e a vacinação,
aí o que se tem é a tentativa de erradicar conquistas civilizatórias, em vez de erradicar doenças letais.
A vacina e a vacinação são assuntos de interesse público, acima do interesse próprio; assuntos já consagrados há mais de 100 anos,
numa época em que a Ciência venceu a ignorância, e a responsabilidade social venceu a individualidade e o egoísmo.
Meu ponto é que, se o nível de qualidade da vacina for tecnicamente comprovado e aprovado, não se pode dizer “não” à vacinação, da mesma forma que não se pode dizer “não” ao respeito às leis, incluindo aquelas com as quais nós não concordamos.
Repare que ninguém pode matar ninguém alegando discordar do Código Penal ou do Quinto Mandamento da Igreja Católica.
Assim como ninguém pode matar ninguém alegando que a vontade individual está acima de tudo, de todos e de Deus.
Apelar para essa vontade individual é apelar a um nível de maturidade que nós, no Brasil, infelizmente, ainda não temos!.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

O ataque a democracia

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A democracia brasileira voltou a ser alvo de ataques políticos especulativos.
Felizmente, a democracia brasileira é hoje forte, robusta e consolidada.
Felizmente, também, é grande a lista de homens públicos que já saíram em defesa da democracia e de seu maior instrumento de estabilidade institucional, que é a nossa Constituição de 1988. Essa lista é encabeçada por Luiz Roberto Barroso, atual ministro do STF, e dos ex-presidentes do Supremo, Carlos Velloso e Ayres Brito.
A Constituição de 88 já chancela a democracia brasileira por 32 anos, ou seja, mais de três décadas de respeito pleno, sem interrupções,
aos direitos fundamentais das liberdades civis, das atividades políticas, das organizações profissionais,
das manifestações públicas, das pregações religiosas… e muito além.
Falar em reescrever a Constituição, por inspiração no que está acontecendo no Chile, é falar em golpe contra a democracia; sim, porque o que os chilenos estão reescrevendo é uma Constituição decretada por uma das mais sangrentas ditaduras da América Latina.
Daí que esse é um problema que nós não temos mais,
já que no Brasil a democracia subiu à cabeça dos militares.
Isso ficou provado quando generais aceitaram participar de um governo eleito pelas urnas,
mesmo sabendo que seriam alvos solidários dos ônus e bônus dessa decisão.
A diferença é que, hoje, não é a democracia que incomoda os militares, mas sim a artilharia com fogo amigo dos militantes.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Poema sobre os heróis nacionais

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Por alguma razão aqueles que não têm alma.
Aqueles que não têm um coração lutrido de boa fé, com um nível de inteligência altissímo.
Aqueles que não têm nenhum sentimento de bondade nem ideais de vitória nunca sentirão nem a humilhação nem a derrota.
Esse não podem desenvolver nenhuma herança nacional,
não são inspirados por qualquer missão sagrada e não podem produzir mártires nem heróis nacionais.
Esses não serão aqueles que se mantêm à distância, de braços cruzados,
que conquistarão um mundo novo.
mas sim aqueles que estão na arena, com as roupas rotas pela violência dos combates e os corpos mutilados no decurso da luta.
São estes que estão na labuta, que estão no trabalho árduo e penoso.
São estes que estão na honra é apanágio daqueles que nunca desistem da verdade mesmo quando as circunstâncias parecem adversas e sombrias, que tentam sem cessar,
que não se deixam abater pelos insultos, pela humilhação ou mesmo pela derrota. Desde os alvores da história,
o género humano sempre honrou as pessoas destemidas e honestas,
homens e mulheres como aqueles que moram no subúrbio.
São os jovens comuns oriundos de uma aldeia rural que não consta da maior parte dos mapas,
um kraal modestíssimo mesmo segundo os padrões dos camponeses.
As crianças que estão localizadas dentro de um assentamento ou vila da África.
Os meninos e meninas que estão cercados por uma cerca de galhos de arbustos, paliçada e uma parede de lama ou outros esgrima, de forma aproximadamente circular.
A minha dedicação a  vós impede-me de dizer mais em público do que aquilo que já disse nesta poesia que possivelmente passará por muitas mãos.
Chegará o dia em que teremos a privacidade que nos permita partilhar os ternos sentimentos que temos escondido nos nossos corações durante os últimos anos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Poema sobre o renda cidadã

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Quem não gosta de spoiler, por favor, tape os ouvidos porque eu vou contar o final da novela,
que começou como Renda Brasil e agora virou Renda Cidadã.
Essa primeira temporada vai acabar da seguinte maneira:
mais impostos, novos impostos, outros impostos.
Não importa o que digam, não importa o que neguem,
haverá aumento de impostos para financiar o novo programa de assistência social, em substituição ao Bolsa Família. Não foi por acaso que o relator do projeto na Câmara, deputado Márcio Bittar, anunciou que só vai apresentar a proposta oficial “depois das eleições de novembro”.
Isso porque, como se sabe, esse negócio de aumentar impostos não cai bem antes de eleições.
Na verdade, nem depois.
Mas é que, ficando pra depois, o ônus de quem promoveu o tributaço é menor,
já que as eleições seguintes só serão dois anos mais tarde.
E até lá todos os trabalhadores, consumidores e contribuintes já terão esquecido quem foram os mocinhos e os vilões dessa história.
Só os impostos seguirão, para sempre, inesquecíveis!
Daí que, em vez de chamar um tributo de CPMF ou ICMS,
seria interessante chamá-los pelo nome do autor ou criador.
Por exemplo: Imposto Fulano de Tal, Imposto Beltrano da Silva ou Imposto Sicrano de Oliveira.
Sobre tirar dos muito ricos para dar aos muito pobres… 
nem se iluda,
nem se anime!.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Poema sobre às delícias da impunidade

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A polêmica em torno do traficante solto pelo STF ficou de bom tamanho para quase todo mundo.
Bom para o ministro Marco Aurélio Mello, que marcou sua posição garantista, independente da periculosidade do réu.
Bom para o presidente do Supremo, Luiz Fux, que cassou o habeas corpus do Marco Aurélio,
desconsiderando todas as considerações do colega.
Bom para o plenário da Corte, que apoiou a decisão de Fux de anular o habeas corpus,
visto pela sociedade como mais uma aberração jurídica.
E, de quebra, bom também para o ex-juiz Sergio Moro,
que voltou ao noticiário como referência e reputação no combate à corrupção.
Moro lembrou que o país estaria livre desse vexame se a prisão em segunda instância não tivesse sido revogada pelo Supremo,
ou já tivesse sido restaurada pelo Congresso.
Em vez disso, deputados e senadores aprovaram o artigo 316 do Código de Processo Penal, sob a alegação de que o tal artigo serviria para proteger pobres presos sem culpa comprovada.
Mas eu repito que pobres não comandam o crime organizado no Brasil, pobres não cometem crime de caixa 2 e pobres não desviam dinheiro dos cofres públicos.
Esse parece mais um artigo sob medida para proteger corruptos engravatados. Acabou protegendo um traficante, assassino e, quem sabe, estuprador.
Um bandido que pôde sair da cadeia pela porta da frente, a bordo de um carrão caríssimo, com escala num aviãozinho particular, rumo às delícias da impunidade.
Enfim, ficou de bom tamanho para um marginal confesso que fugiu…
fugiu zombando da lei, da ordem,
da Justiça e dos brasileiros decentes, “nós”, que pagamos os impostos e pagamos os salários do Supremo e do Congresso.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Poema sobre o dia dos professores

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Eu respeito o marco, mas tenho a exata noção da marca,
sim, hoje é  um marco, mas o ofício produz marcas e são elas que me ajudam a acreditar que uma outra realidade ainda será construída. 
São as marcas que não permitirão o esquecimento da verdade,
são as marcas que trarão para o debate os temas que querem nos fazer acreditar que são indiscutíveis,
são as marcas  que incomodam, arranham e às vezes derrubam estruturas,
são as marcas na alma,
na mente e no coração que nos permitem o encontro e o reencontro com nossa humanidade.
O marco é hoje, mas as marcas são diárias e para o todo da vida.

O americano médio

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A despeito de todos os prognósticos e previsões,
não me causará surpresa uma nova vitória de Donald Trump nos EUA.
Isso porque o favoritismo de Joe Biden é hoje de 10 pontos percentuais.
Mas esse favoritismo pode não ser o bastante,
se as pesquisas não estiverem captando milhares de eleitores de Trump constrangidos ou envergonhados por confessar votos no atual presidente.
A gente já viu esse filme… e foi aqui no Brasil. Em 2014, muitos eleitores sonegaram das pesquisas a intenção de votar em Dilma Rousseff.
Em 2018, aconteceu o mesmo em relação a Jair Bolsonaro.
Daí que nada está perdido para Trump, assim como nada está ganho para Biden.
É verdade que Trump tem agora uma administração fácil de ser criticada ou apedrejada.
Mas também é verdade que o americano médio não é aquele que a gente vê nas séries de TV ou nos filmes de Hollywood, mostrando uma Flórida sem preconceito, uma Califórnia democrática e uma Nova York cosmopolita.
O americano médio é muito mais parecido com Donald Trump do que com Brad Pitt,
Johnny Depp ou Leonardo Di Caprio.
Foi essa identificação nacional com o vilão, não com os mocinhos,
que elegeu o presidente quatro anos atrás.
E não será surpresa se essa dissimulação for suficiente para reelegê-lo por mais quatro anos.
Foi-se o tempo em que os bandidos morriam no final.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Entrelinhas

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Somente pelos os seus olhos, você pode me ver durante a noite.
Somente pelos os seus olhos, eu nunca necessitarei se esconder.
Pois você pode ver muito em mim tanto em mim que há de novo.
Eu nunca me senti até que eu olhei para você.
Somente pelos os seus olhos apenas para você.
Você vai ver o que ninguém mais pode ver.
Somente pelo os seus olhos, apenas para você, o amor que eu sei que você precisa em mim, a fantasia que você libertou em mim, estará em minha mente e no meu coração.
Apenas para você.
Somente pelo os seus olhos, as noites não são frias.
Pois você realmente me conhece, e isso é tudo que eu preciso saber.
Talvez eu sou um livro aberto
Porque eu sei que você é minha
Mas você não vai precisar de ler entrelinhas para vê o sentindo disso, e nem ouvir ideias, intenções que não estão explícita ou diretamente expressas numa mensagem.
Somente pelos os seus olhos, você verá as paixões que colidem em mim, o selvagem abandonado lado de mim.
Apenas para você somente para os seus olhos essa expressão chamado amor:
Indica uma das sutilezas da escrita,
indicando que isso que eu sinto por você, deve ser lido,
pois o sentido vai muito além das palavras, situando-se em minha imaginação.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Poema sobre o dia das crianças

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Neste 12 de outubro, Dia da Criança,
eu volto a pedir a todos os ouvintes,
se puderem, quando puderem, 1 minuto de silêncio, reflexão e solidariedade.
Silêncio, reflexão e solidariedade a todas as famílias daquelas crianças que não estão mais aqui para celebrar este dia.
Dia de homenagem à pureza, à doçura e à inocência tiradas das crianças e de suas famílias por balas de fuzil, escopeta ou metralhadora.
Balas que nem esperam mais o bebê nascer ou a infância florescer.
Balas capazes de matar a esperança dentro de casa ou dentro do útero da mãe numa espécie de realismo fantástico inimaginável até na ficção mais desprezível.
Daí que, quando a vida real se torna mais absurda e abjeta que os filmes e as novelas,
é hora de todo o Brasil se render às evidências de que o país fracassou.
Fracassou como modelo de estado,
fracassou como projeto de nação e fracassou como lugar de gente.
Pelo menos para as famílias que perderam suas crianças e suas esperanças,
hoje o Brasil não passa de selva, curral ou chiqueiro do inferno.

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