sábado, 9 de abril de 2011

Um centavo para mudar o mundo


.


Não quero censura a população,
e velava pelos bons costumes,
apenas desejo plantar o perdão,
para colher o que cultiva.


Não quero unidade de terceira ordem,
apenas quero centésima parte,
da unidade monetária do Brasil,
e de outros países.


Não quero pensar em minha gente,
para sentir o meu peito,
ser aperta de que provêm,
as ordens que acontecer de repente.


Não quero desejar nada,
antes de viver sem lutar,
apenas quero andar de xarete,
na grande subúrbio.


Para voltar de trem,
com expectativa de mudar,
o nosso mundo nos centavos que falta,
para comprar o sal da terra.


Para viver sem receio,
das pessoas imerecidas,
que se move tanto,
para apenas nos encontrar.


Quero passear de kombi ou Van,
na minha cidade,
visitando casas simples,
com cadeiras de balanço na calçada.


Mas não quero ver meu quarto,
e nem pessoas tristes,
pois meu peito se apertaria,
feito um despeito de não te como lutar.

Valsa desritmada


.


Na canção do esquecimento,
danço conforme o movimento,
do vento,
em teu cabelo,
do sol,
em tua pele,
e da saudade,
em teu peito.
Finjo que nada vejo,
e que o desejo,
é um mero objeto,
que estava em tuas mãos,
caiu no chão,
e se transformou em cacos,
varridos pra debaixo,
de um tapete de lembranças.
Reconstruo meu castelo,
com as pedras que me deixou,
como herança de um amor divino,
que em teus medos,
se tornou mortal.
E nessa valsa desritmada,
aceito o nada,
Como presente.
Posso estar ausente,
ao teu lado,
mas sempre estarei guardado,
na moldura mais bela,
que já pintou,
teu coração.

Febril


.


Na inversão dos valores,
no cair das folhas,
no esquecimento das flores,
e no excesso de espinhos,
cada caminho,
se torna estranho.
Talvez,
por não conhecer,
meu tamanho,
por querer o frio,
no verão,
ou o calor,
em outra estação.
Por procurar um atalho,
no rastro falho,
de minha ansiedade.
Por considerar o amor,
sendo tão somente,
minhas vontades
e a dor,
a febril negação,
dos que não me aceitam.
Melhor vendar meus olhos,
do que vender meu corpo,
ou deixar morto,
meu sonho,
em tuas mãos.
Se você partiu,
preciso ser inteiro,
ignorando a loucura,
e enlouquecendo a ignorância,
na ânsia de ser,
eu mesmo,
pra compreender,
teus medos.

Eterna companhia


.


Volto,
de modo lento e gradual,
no meio do caos,
no amargo doce,
e no açucarado sal,
achando tudo normal,
e perdendo o equilíbrio,
no que parecia ser igual.
Volto a mim mesmo,
na beira do abismo,
ou no fundo da planície,
na ponta dos pés,
ou no meio das mãos,
carrego a solidão,
como minha eterna companhia,
meu guia,
pra me levar pra algum lado,
não ouvir o que está guardado,
e não refletir em você,
que fui derrotado.
Volto em silêncio,
entre mentiras reveladas,
ou esquecidos segredos,
de paixões dissimuladas,
ou amores condenados,
com máscaras nobres,
ou verdades pobres.
Volto porque ainda acredito,
que sou mais que teu abandono.
Sou o sonho que não se apaga,
o amanhã que ninguém ousa,
e a realidade que poucos compreendem,

A noite sobre teus olhos


.


Me deixe ver,
a noite sobre teus olhos,
na dança das estrelas,
na melodia do vento,
que ganha vida,
ao tocar teus cabelos.
Sinta a vida,
na ponta dos dedos,
no arrepio da pele,
no aconchego,
que você encontra,
em meu peito.
Me deixe despertar,
a luz do teu sorriso,
o suspiro involuntário,
o frio na barriga,
quando sente meu corpo,
te aquecer.
Apenas segure minha mão,
quando qualquer canção,
parece embalar,
nossos corações.
E depois do sonho,
acordaremos,
como crianças alegres,
que tornaram o breve,
eterno.

A Imensidão do Espaço



.


Ainda resta,
em mim,
um pouco,
do melhor,
que há em ti.
No sorriso súbito,
do desejo húmido,
no carinho lúdico,
na ação prática,
ou no caminho único,
que não mais,
se cruzou.
Te sinto,
no perder da noite,
e no encontrar da madrugada,
entre nuvens cheias,
ou lua apagada,
de estrelas brilhantes,
ou constelações abandonadas,
de astros cintilantes,
ou sensações ignoradas.
Posso desconhecer o universo,
suas galáxias distantes,
corpos errantes,
e sons ignorados.
Mas reconheço,
o brilho de teus olhos,
quando esteve,
ao meu lado.
E isso me faz vivo,
mesmo que teu pensamento,
se cale,
na imensidão,
do espaço.

Massacre em Realengo


.



Quando tudo é solidão,
neste ato de abater reses,
para o consumo público.
não teremos gestos de ajudar,
nessa situação,
que gente tão grande e sem coração,
fez murchar o bem,
pensando no mal.
Quando tudo é solidão,
pensamos naqueles que,
não amam,
causando mortes,
cometendo homicídios,
suicidando seu eu,
por matar as pobres crianças,
ao desalento,
sem ter solução.
Quando tudo é solidão,
a tristeza é o mau servo,
que espancar os seus conservos,
e comer e a beber,
seu coração temulento.
Quando tudo é solidão,
no dia em que não espera,
e á hora em que não sabe,
destina a alguém,
que hoje não é ninguém.
Quando tudo é solidão,
através dos passos,
alternados de perda e ganho,
trilhamos o caminho,
da imortalidade,
para apenas ter o abraço,
das almas que,
não deixaram.
Quando tudo é solidão,
pensamos nos dozes,
que foram assassinados,
lembrando das dez virgens,
que adormeceram,
e dois prudentes,
sobre todos os seus bens.

A morte é caminho de todos,entretanto o bem encaminha para a vida, é o mal para sua morte...

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