sábado, 3 de novembro de 2012

Idade média

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Estava pensando em nossos tempos de juventude
Só tinha eu e você
Nós éramos jovens, felizes e livres.
Agora somos velhos, tristes e não absolvidos.
Nada poderia tirar você de mim,
Nós já estivemos naquela estrada antes,
Mas agora a estrada acabou-se
E você continua a percorrerá.
Você era tudo que eu queria,
Quando você estava deitada em meus braços,
Eu estava tão feliz, achei que estávamos no paraíso,
O amor era tudo que nós precisávamos.
Era fácil de achamos ele
Em nossos corações,
Era fácil de enxergamos ele,
Quando queríamos, quando desejávamos...
Alguma vez na sua vida você achou alguém
Que iria fazer o seu mundo melhorar?
Colocar-te para cima quando você sentiu-se pra baixo?
Das coisas que nos fazia lastima-se.
O tempo passou e sempre passará,
Mas nada pode mudar o que você significa pra mim.
Tem muitas coisas que eu poderia fazer,
Mas agora apenas quero lhe abraçar,
Porque o nosso amor transformara-se em uma nova casa,
Para moramos e sermos morados...
O tempo é tudo que somos
Eu fui vivendo esperando você com a esperança
Que você chegasse com aquele amor
Que vivemos juntos...
Queria que os meus sonhos se realizassem,
Através dos bons e dos maus momentos,
Que passamos juntos, que passamos não juntos
ou que passamos junto por passamos.

Monte fogueira

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Enquanto penso como
Surpreender-te,
Você surpreender-se de modo furtivo
E ardiloso comigo.
Acho que entendo
O que você quis me dizer,
Mais existem outras coisas
Para conversamos pelo temor,
Pela vergonha, pelas trevas,
Pelo isolamento, pelas duvidas,
Pela separação dos seres que
São-lhes caros.
Eu compreendo as coisas de
Um ponto de vista mais racional,
Deixando de tomar ao pé da letra
As imagens de uma linguagem figurada.
Eu entendo o seu temor pelo fogo
Porque para você, o fogo simboliza
O tipo de suplicio mais cruel
De ação mais violenta.
Eu entendo que ensinastes coisas
Que a sua razão sujeitou-se
Causando uma impressão que
Não será durável nem salutar.
O fogo que me medonha
É o fogo da paixão
E das maquinas a vapor.
Contudo gosto do fogo do amor
Que arde sem vermos
Pois tudo é amor na natureza
O egoísmo é que o mata
Esse monte de afeição ou
De caridade umas com as outras.
O que temos é o que nos resta
E o nada não existe.
Eu sou montês vivendo
E sobrevivendo com o bem
Pois, é ele que definirá o meu futuro
Dando o entendimento a vos
Que o bem é sempre o bem,
Seja qual for o caminho que a ele conduza.

Monte Carlo

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O amor não esta nos outros, estarem em vocês mesmo, você só precisa ter alguém para dividi-lo, para retribuí-lo, pois todos nós sabemos que ele não é egoísta.

Poema para os finados


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Deixem os mortos interarem os mortos,
No mar da Galiléia.
Nós sabemos que parte da população de vários países
Vai aos cemitérios Louvar os ossos lutuosos
E os caixões podres...
Essas pessoas irão passar na frente de irmãos extras físicos
Demente, doentes carentes, rebeldes e necessitados de carinhos.
Os vivos se apegam a matéria física densa, sem perceberem
Que há outra vida do outro lado dessa vida...
Porque comemorarem os dias dos mortos!
Se os mortos estão comemorando a nova vida.
Camila com sua inocência no olhar.
Viu os espíritos de um casal pedindo ajuda
Ela contou para seus pais, mas eles
Acharam que ela estava maluca.
Porque comemorarem os dias dos mortos!
Sem eles morreram por falta de hospitais,
Ou por cada fevereiro e feriado.              
Eu acho tão estranho comemorarem os dias dos mortos
E entristecerem com nossas próprias vidas.
Hoje muitos choraram no lúgubre das suas famílias
Para depois beberem e comerem nos bares das esquinas.
Então vamos pararem de comemoram esse dia
E tentamos sermos capitães da nossa própria embarcação,        
Ao invés de adoramos os ossos e os caixões sem vida,  
Porque comemorarem os dias dos mortos
Se nós estamos vivos?
Vivendo uma vida amarga,
Pois nada queremos, nada esperamos
Se na verdade estamos mortos ali...

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