sexta-feira, 21 de maio de 2021

A vulnerabilidade da mulher na sociedade

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Temos na sociedade o ódio ou aversão às mulheres.
Temos hoje manifestações de diversas formas em relação as mulheres.
A misoginia que tem-se hoje, pode se manifestar através da objetificação,
da depreciação,
do descrédito e dos vários tipos de violência contra a mulher,
seja física,
moral,
sexual,
patrimonial ou psicologicamente.
A misoginia é cultural e pode ser observada no linguajar comum,
quando se denomina o homem sexualmente ativo de garanhão, leão e tigrão,
e a mulher de galinha, vaca e piranha. 
A misoginia aparece na Bíblia,
no Corão,
nos textos clássicos,
nas leis antigas que sempre colocavam a mulher numa situação inferior e até responsável pelo pecado do homem.
O nono mandamento condena cobiçar à mulher do próximo,
a casa,
o servo,
o boi,
o jumento,
todos em patamar idêntico.
A Bíblia foi escrita por homens, em grande parte para os homens e as contribuições das mulheres estão espalhadas escassamente em suas páginas.
Os discursos que apresentam a mulher como sexo frágil são mentirosos.
Pois as mulheres resistem muito mais as doenças, são mais saudáveis,
vivem mais e são maioria da população.
Inverdade que as mulheres não são aliadas entre si, e que são intelectualmente e racionalmente inferiores, dados desmentem pela presença maciça nas faculdades,
sempre em número superior aos homens, e em todos os cursos.
Sociedades acreditam que só o homem garante a continuidade da família e em algumas, como a chinesa ou árabe, crianças de sexo feminino foram dizimadas, simplesmente por nascerem mulheres ou por se considerar os filhos homens mais aptos a cuidar dos pais na velhice.
E em países africanos ainda se extirpa clitóris das mulheres, para que não sintam prazer.
Homem e mulher são convenções culturais e representam um discurso conservador, o mesmo discurso que garante que a mulher foi estuprada devido a suas vestes.
Entretanto, vestes não estupra, quem estupra é o homem que foi educado num ambiente misógino.
Machismo é tão tóxico que atinge os lares e toda a sociedade,
e ironiza o homem que compartilha com a mulher os cuidados com a casa e os filhos, não levando em conta que isso não é auxílio e sim cooperação mútua,
e que filho é projeto comum.
Mulher é elogiada esteticamente e raramente por seu profissionalismo,
e apesar de representar maioria absoluta, poucas ocupam altas funções nas empresas, cargos políticos, reitorias, ministérios e para elas são idealizadas funções mais maternais como magistério e enfermagem.
A base da singularidade do feminino está assentada na consciência masculina que elaborou grande parte da representação das mulheres.
Temas ligados ao corpo feminino,
como o aborto, foram legislados por homens, e pior, homens com voto formal de celibato.

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