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Na guerra do excesso de bombas contra a escassez de dinheiro,
o Brasil não tem pra onde fugir.
Cenários de guerra são também cenários de insegurança, instabilidade e imprevisibilidade.
Os preços das commodities vão subir, trazendo benefícios por um lado, mas complicações por outro.
Trigo, petróleo e fertilizantes mais caros lá fora causarão impactos inflacionários aqui dentro.
Ou por falta de insumos para a produção, ou por atrasos na produção ou por reduções na produção.
Seja como for, os custos vão subir e serão repassados.
O próprio ministro da Economia, admitiu sua “preocupação com a inflação global”, lembrando que,
no nosso caso, “estamos apenas começando a nos recuperar da pandemia”.
Independente da guerra protagonizada pela Rússia, Ucrânia, Europa e Estados Unidos,
o Banco Central do Brasil já trava uma batalha de vida ou morte contra a inflação.
A taxa básica de juros do BC não para de subir, impondo restrição e inibição aos financiamentos.
Há ainda forte pressão de custos,
por conta também de aumentos de preços do aço e das tarifas de energia elétrica.
Enquanto se mantém na faixa dos 5 reais, o dólar oferece pouco estímulo ao setor produtivo.
Não por acaso, o ministro anunciou a redução de 25 por cento do Imposto Sobre Produtos Industrializados.
A medida traz algum alívio para as indústrias e algum alento para o comércio.