sábado, 2 de abril de 2011

Amor é outros desastres


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Quem são essas pessoas,
que nos assombra de noite,
e nos abandona de dia?
quem são essas pessoas,
diz-se de forma não verbal,
como aceito e aceitado,
o amor de uma forma,
geralmente do particípio?
quem são essas pessoas,
que regressar ao,
ponto de partida,
quando se eram,
para traçar linha retas?
quem são essas pessoas,
que regozijam quando,
nosso amor consome,
todo fogo da lareira?
quem são essas pessoas,
que nos vêm pela,
sombra dos galhos,
e não ficam regurgitando,
nossa afeição demasiada?
quem são essas pessoas,
que nos absolver do castigo,
da processão e da castidade,
quando seriamos condenados,
por negamos o quarto escuro?
quem são essas pessoas,
afirmando contrário ao que se disse,
confundido nosso amor á paixão,
sem saber que o vício que domina,
é diz-ser do amor excessivo.

Imensa represa


.


Num espaço vago,
sob o horizonte quebrado,
sigo teus passos,
sem a pretensão,
de estar ao teu lado.
É apenas minha intuição,
que sente teus ecos,
de coração perdido,
sorriso fingido,
pra agradar aos outros,
e esquecer de si.
Nunca escondi,
os meus sentimentos,
que a todo momento,
sublinho em traços fortes,
mesmo que a sorte,
tenha nos abandonado.
Se é pecado,
admirar tua luz,
mesmo que tenha se apagado,
sou culpado,
por tentar mantê-la,
sempre acesa,
mesmo presa,
nessa imensa represa,
de sentimentos ocultos.
Estou aqui,
do outro lado do muro,
pra te ver sorrir,
e te fazer compreender,
quem você é,
e que não pode fugir,
de si mesma.

A Razão do Absurdo


.


Você sabe o que sinto.
No frio mais intenso,
na primavera mais bela,
na canção de todos,
ou na solidão de domingo.
No fim da linha,
ou no começo de tudo,
com olhares falantes,
ou gritos mudos.
Você sabe o que sinto,
na razão do absurdo,
na lógica insana,
na emoção exata,
que nunca obtêm,
nossa resposta correta.
Você sabe,
na sua intimidade,
e no eco,
de todos os corações,
como a força do vento,
que disfarça seu medo,
nas ondas que se chocam,
e voltam ao mar.
Sei onde desejo estar.
Na tua tela,
derramando minha aquarela,
sobre as cores opacas,
que tiram teu brilho.
E em duas mãos,
pintarmos um caminho,
que sozinhos,
jamais teríamos,
a mesma beleza.

A Fuga da Esperança


.

Ignoro a hora,
a distância dos fatos,
o atropelo dos acasos,
que nunca cruzam,
nosso caminho.
Fui embora,
sem sair do lugar,
abandonando um lar,
que nunca foi meu.
No deserto de teus sonhos,
resisto a teus assombros,
e planto meus desejos.
Eles não morrerão secos,
regados pelas tuas lágrimas,
mas brotarão intensos,
ao despertar tuas asas.
Na fuga da esperança,
resta teu esboço,
um contorno triste,
sem cor,
onde o amor,
se tornou doloroso.
E eu, não questiono.
Apenas respeito,
teu jeito,
de enfrentar o mundo.

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