segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Evolucionismo

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Na evolução da escravidão nada evoluiu.
Pouco mudou, no lugar do tronco, o morro.
Ao invés do chicote, a gravata como pode-se ver, não se evoluiu nada.
Senzala ou favela, o negro tá lá dentro dela.
A marmita fria na lata é mais deprimente que a invenção da feijoada.
Quem me dera um dia tudo mudar.
Colocar o zumbi no meu colo e ninar o operário no shopping a gastar, a gastar.
Felizmente eu sou o que infelizmente eles não querem que eu seja.
Mas o operário há muito não sabe o que é um salário.
O zumbi nunca ficou tanto tempo sem dormir.
Se isso for evoluir, por favor, me deixe parar por aqui.

O Brasil precisa

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O Brasil não precisa de um “candidato ideal”.
O Brasil precisa de “eleitores ideais”. Mesmo que existisse o candidato “quase perfeito”,
os eleitores “mais que imperfeitos” sempre estariam inclinados
a votar em quem eles bem entendem.
Não é por inocência, ingenuidade ou desinformação que os brasileiros estão sempre aceitando supostos salvadores da pátria e eventuais justiceiros da bala.
A culpa não é só da miséria cultural, intelectual ou educacional.
A culpa é também da miséria moral. Não existe esse negócio de que
“o brasileiro não sabe votar”.
O brasileiro sabe muito bem votar, e sabe muito bem em quem está votando.
Antigamente, podia-se dizer que milhões de pessoas não sabiam o que estavam fazendo.
Hoje essa alegação não convence mais porque o volume e as possibilidades de conhecimento em circulação não permitem essa falsa narrativa.
As pessoas votam em quem votam simplesmente porque elas querem… as pessoas já votam “com consciência”.
O problema é que muitas não votam “com caráter”.
Enfim, a culpa das bandalheiras não é só dos políticos que roubam,
é também dos brasileiros que elegem, reelegem e permitem que os políticos que roubam se perpetuem e se multipliquem.
Tudo isso porque os brasileiros se enxergam mais bonitos do que parecem… e mais honestos do que são.

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