terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Poema sobre as expectativas para 2021

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Nas atuais circunstâncias, quem disser que sabe o que aconteceu está mentindo; quem disser que sabe o que vai acontecer está tentando adivinhar.
O Brasil de 2021 começa sendo um Brasil com doses de vacina,
focos de inflação,
sem emprego,
sem ajuste fiscal e sem auxílio emergencial.
Indicadores apontam para o início da retomada,
no entanto, o país segue em várias frentes de incertezas em busca da cura de suas mazelas.
Falta, por exemplo, uma coordenação política do governo no Congresso, principalmente uma coordenação que faça senadores,
deputados e equipe econômica dialogarem melhor.
Essa articulação tem o desafio de avançar a PEC Emergencial,
além da pauta das reformas tributária, administrativa e privatizações.
Nessa agenda, a inclusão dos Correios seria um forte sinalizador de compromisso na direção certa.
Há quem veja o presidente Jair Bolsonaro enfraquecido pelo resultado das eleições, pelo andamento de investigações e pela dependência do Centrão.
Uma bancada de políticos de segunda classe e de segundas intenções.
No entanto, essa percepção de enfraquecimento vai mudar se o Palácio do Planalto conseguir emplacar,
em fevereiro, os seus candidatos na presidência da Câmara e do Senado.
Esse será o primeiro grande confronto do ano,
fundamental para determinar o sucesso ou o fracasso de muitos projetos não necessariamente do governo.
O sucesso ou o fracasso de um governo, qualquer governo,
só se mede pela capacidade de redução da extrema desigualdade e da extrema pobreza.
Mas isso, infelizmente, no Brasil de 2021, vai continuar longe de estar em jogo.

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