segunda-feira, 20 de junho de 2011

Algum Rock


.



Saio de cena,
sem pensar nos problemas,
que nos afastam.
Estou automático,
sem enfeites ou brilhantismo.
Não quero questionar os fatos,
minhas atitudes,
ou o trajecto dos passos.
Fico calado,
deixando que algum rock,
na solidão dos sentidos,
diga em meu ouvido,
que ainda estou vivo.
Que cante,
os amores que desejo,
as brigas que perdi,
as respostas que não tenho,
e que apesar de tudo,
sobrevivi.
Se meu sorriso foge,
é porque minhas vontades,
não foram realizadas.
Então, me dê a guitarra,
e deixe o amplificador ligado.
Pois num belo solo,
esquecerei do mundo,
e encontrarei na melodia,
a crua poesia,
que me falta,
nesses dias.

Sem tuas asas.


.



Me perdoe,
se fui tão tolo,
por tanto tempo,
ao te dar o céu,
e esquecer,
de nossos pecados,
eu sabia,
que um dia,
você poderia,
partir,
e levar contigo,
meu coração,
ao cair,
te dei a mão,
antes da escuridão,
nos cegar,
mas seu olhar,
não brilhava,
mais,
fiquei preso ao chão,
na herança do que fomos,
e na tristeza do sonho,
que ficou sem cor,
ainda estou desbotado,
sem você ao lado,
e desejando voar,
sem tuas asas.

Hiato


.


Confesso que ando meio á toa,
me sinto marinheiro na proa,
pássaro que não voa,
uma lembrança nem ruim, nem boa.


Mais pareço um pássaro ferido,
não se empoe fica escondido,
cicatrizando o coração partido,
relendo o que nunca foi lido.


Fico assim brincando com as letras,
lendo outros nobres poetas,
ouvindo velhos profetas,
procurando a direção nas setas.


Estou num hiato entre o presente e o passado,
jogado nem canto deixando de lado,
escrevendo nas paredes um triste fado,
tirando o pó de tudo o que estava guardado.


Estou caminhando errado talvez,
deveria ver em meus olhos o que tu vês,
prever as jogadas nesse xadrez,
em que não podes ver que tu és.


Agora é melhor partir,
mesmo que eu não tenha pra onde ir,
não resta nada além do que seguir,
e encontrar alguém no caminho que me faça rir.

Seu psicólogo


.



você está,
sem autoridade.
Quero zelar,
pela sua vida,
completamente arruinada.
Não quero ver mais,
você num,
síndrome do pânico.
Você amou,
uma pessoa,
que queria,
te destrui.
Você está,
numa depressão,
sem graça.
Eu tenho,
auto-conhecimento,
da sua vida.
Quero ser,
seu conselheiro municipal,
sem cobra,
nada pelo meu trabalho.
Quero ter exercer,
um ambiente,
mais legal,
num contexto anual,
da América Central.
Quero entender,
sua mente humana,
para estabelecer uma,
ponte entre a psicologia
e as ciências sociais.
Quero te levar,
para uma programação cultural.
Quero ver sua reflexão,
sem discussão,
para eu saber,
que tudo que fiz,
organizou,
seu coração,
e descontextualizado,
do ambiente onde,
a organização está inserida,
nesse momento.

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