quinta-feira, 18 de março de 2021

Poema sobre o câncer do dinheiro

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O Banco Central dá um recado forte de que agirá com firmeza para evitar o pior, que seria a aceleração da inflação, já bem abespinhada.
O Copom acionou o alarme porque,
com ou sem pandemia,
o cenário é preocupante.
Temos ao mesmo tempo disseminação de preços altos,
dólar alto,
risco-país alto,
desemprego alto,
ambiente recessivo.
E não temos a devida percepção de ajuste ou disciplina fiscal.
Ou seja, não temos percepção de controle dos gastos,
dívidas ou contas públicas;
nem temos percepção de reformas;
nem temos percepção de melhora.
O país não aproveitou o bônus monetário, proporcionado pelo BC,
para consertar o telhado financeiro e escapar dessa tempestade perfeita que não passa nunca.
Houve, sim, esforços da equipe econômica em torno da PEC Emergencial,
mas ela foi desidratada e desossada por interesses políticos.
Interesses que desconhecem as verdadeiras prioridades ou necessidades das famílias.
Claro que a pandemia tornou tudo mais complicado e muito difícil.
No entanto, se não dá para ignorar os impactos perversos do corona,
também não dá para jogar tudo na conta do vírus.
Feita a justa ressalva, o fato é que outra praga ameaça debilitar a economia brasileira,
essa é a praga da epidemia inflacionária.
Enfim, até o câncer do dinheiro,
que a gente já tinha erradicado,
volta a assombrar nossos sonhos e embalar nossos pesadelos.

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