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À força de estarmos conectados,
numa disponibilidade indistintamente e sem horário,
acabamos por nos desconectar das pessoas a quem mais queremos.
Assistimos a uma onipotente e onipresente universalização dos processos sociais de tecnologização, com suas variáveis de globalização, transculturalismo, hipercomunicação e exosocialicionismo.
Assistimos aquilo que descrevo como uma hipersociedade em rede.
Um movimento de universalização das tecnologias,
das redes e dos processos sociais, institucionalizados em cima de uma plataforma digital, interativa, imagética e intangível.
As redes, assumiu o protagonismo na vida dos indivíduos e dos povos.
Assim como a lógica dos Estados-Nações e dos Potentados Econômicos, com tal força e dimensão, que podemos colocar as teias tecnológicas como verdadeiras potências simbólicas superestruturais, alçadas ao estado de uma sociedade além da sociedade.
A máquina tecnológica conseguiu o feito de transcender os limites da economia, da política e da ordem social.
Neste universo extático da sociedade da tecno-informação, da tecno-comunicação e da tecno-sociedade, tudo parece viver e experimentar uma nova condição, com a remasterização do próprio eu, do outro e da realidade.
Às pessoas se comunicando assim, o resultado é este: ficamos mais próximos dos desconhecidos e mais desconhecidos dos que nos são próximos.
Ficamos a espera de uma nova solicitação de amizade.
Ficamos a espera de alguém criar um grupo familiar.
Ficamos comunicáveis virtualmente, e silênciosos pessoalmente.
Contundo, são muitas as atitudes que podemos tomar para diminuir saudavelmente o nosso grau de hiperconexão à net, reconquistando espaços de qualidade,
de reflexão, de governo de si, de partilha com os outros ou de necessário repouso.
A primeira atitude, porém, é afirmar o direito a desconectar-se.
Só isso fará recuar a síndrome da hiperconectividade que nos condiciona a todos, indiferentemente de idades e contextos.
Só isso fará trazer de volta a convivência social e conjugal que se perdeu devido as redes sociais.
Nessa nova comunicação, às mensagens chama mensagem, e com uma urgência que se sobrepõe a tudo.
Os pais atendem mais vezes o telemóvel do que aos filhos pequenos que vivem com eles.
Os amigos não conseguem dizer uns aos outros "gosto muito de ti, mas não vou responder a todos os teus whatsapp".
Os namorados não sabem amar-se sem a mediação das redes sociais; gasta-se um tempo precioso a responder, replicar, retorquir tontices por monossílabos, alimentando a ilusão de que diante de um ecrã nunca se está sozinho.
No entanto, quando a hipercomunicação é interrompida por causa de uma rede global de computadores interligados, estamos solitários mais vezes do que supomos.
À força de estarmos conectados,
numa disponibilidade indistintamente e sem horário,
acabamos por nos desconectar das pessoas a quem mais queremos.
Assistimos a uma onipotente e onipresente universalização dos processos sociais de tecnologização, com suas variáveis de globalização, transculturalismo, hipercomunicação e exosocialicionismo.
Assistimos aquilo que descrevo como uma hipersociedade em rede.
Um movimento de universalização das tecnologias,
das redes e dos processos sociais, institucionalizados em cima de uma plataforma digital, interativa, imagética e intangível.
As redes, assumiu o protagonismo na vida dos indivíduos e dos povos.
Assim como a lógica dos Estados-Nações e dos Potentados Econômicos, com tal força e dimensão, que podemos colocar as teias tecnológicas como verdadeiras potências simbólicas superestruturais, alçadas ao estado de uma sociedade além da sociedade.
A máquina tecnológica conseguiu o feito de transcender os limites da economia, da política e da ordem social.
Neste universo extático da sociedade da tecno-informação, da tecno-comunicação e da tecno-sociedade, tudo parece viver e experimentar uma nova condição, com a remasterização do próprio eu, do outro e da realidade.
Às pessoas se comunicando assim, o resultado é este: ficamos mais próximos dos desconhecidos e mais desconhecidos dos que nos são próximos.
Ficamos a espera de uma nova solicitação de amizade.
Ficamos a espera de alguém criar um grupo familiar.
Ficamos comunicáveis virtualmente, e silênciosos pessoalmente.
Contundo, são muitas as atitudes que podemos tomar para diminuir saudavelmente o nosso grau de hiperconexão à net, reconquistando espaços de qualidade,
de reflexão, de governo de si, de partilha com os outros ou de necessário repouso.
A primeira atitude, porém, é afirmar o direito a desconectar-se.
Só isso fará recuar a síndrome da hiperconectividade que nos condiciona a todos, indiferentemente de idades e contextos.
Só isso fará trazer de volta a convivência social e conjugal que se perdeu devido as redes sociais.
Nessa nova comunicação, às mensagens chama mensagem, e com uma urgência que se sobrepõe a tudo.
Os pais atendem mais vezes o telemóvel do que aos filhos pequenos que vivem com eles.
Os amigos não conseguem dizer uns aos outros "gosto muito de ti, mas não vou responder a todos os teus whatsapp".
Os namorados não sabem amar-se sem a mediação das redes sociais; gasta-se um tempo precioso a responder, replicar, retorquir tontices por monossílabos, alimentando a ilusão de que diante de um ecrã nunca se está sozinho.
No entanto, quando a hipercomunicação é interrompida por causa de uma rede global de computadores interligados, estamos solitários mais vezes do que supomos.