sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Poema sobre o Holodomor .

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Quando um alienado útil pregar as maravilhas do comunismo o questione sobre o Holodomor.
Ou ele se calará pelo medo de falar sobre um assunto que destrói todas as convicções que possui,
ou negará o ocorrido, tentando desesperadamente e de todas as formas desacreditar a verdade.
De qualquer maneira, acabou o debate e ele terá se exposto ao ridículo.
O Holodomor também é conhecido como holocausto ucraniano.
Iniciou em  uma campanha de coletivização forçada sobre as propriedades rurais, principalmente na Ucrânia, cujo sentimento nacional era considerado um perigo real aos interesses comunistas.
Primeiro todos os fazendeiros donos de quantidade expressiva de terras, foram declarados sabotadores e inimigos da União Soviética.
Após isso, o Governo iniciou sua campanha para colocar os camponeses contra esses.
Imagina a surpresa de Stalin ao descobrir que os camponeses eram ainda mais contra a política soviética do que os próprios fazendeiros?.
Não pensou duas vezes e prendeu, deportou, assassinou, para depois utilizar o termo para qualquer camponês que cometesse o terrível crime de possuir duas vacas, plantar e colher para si.
A coletivização forçada pretendia suprir o que o governo soviético considerava necessário em cereais para abastecer as cidades.
Porém, tomou dimensões nefastas e foi utilizada como tática de extermínio.
Com a coletivização forçada já praticamente concluída e todos aqueles a quem se poderia chamar de Kulaks pela definição criada por Stalin.
Mortos, presos ou em fazendas coletivas para trabalhos forçados,
Stalin ordenou uma caça aos intelectuais e personalidades culturais da Ucrânia, pois via nestes a possibilidade de tornarem-se líderes naturais de uma possível resistência ao regime comunista.
Após alcançar tal meta, voltou-se aos camponeses, que devido ao seu nacionalismo e tradições, deveriam ter a mente, o corpo e o espírito dilacerados.
Stalin começou propositalmente estipulando a produção de uma quantidade mínima para abastecer as cidades, porém, a quantidade estipulada era muito acima da real capacidade de produção.
Nessa época as propriedades privadas já tinham sido transformadas em enormes fazendas estatais coletivas.
Com 20 milhões de propriedades rurais privadas agora transformadas em 240 mil fazendas estatais, com os falsos Kulaks obrigados a trabalhar nestas e a determinação de uma produção mínima, porém maior que a capacidade de produzir, Stalin levou os ucranianos ao limite da fome e miséria humanas.
Ora, se não produziam sequer o que estava definido como necessário para o abastecimento das cidades, logo, não lhes sobrava nada para comer.
A fome foi instituída pela União Soviética ao povo da Ucrânia, resultando no terrível Holodomor, em 1932-1933.
Nesse curto período de tempo, devido a fome, morreram aproximadamente 6 milhões de ucranianos.
Como obviamente a produção ficara abaixo da meta estipulada,
Stalin deu ordens para seus ativistas confiscarem dos camponeses todo o cereal que estes tivessem, com a desculpa de que precisavam ficar dentro de tal meta pelo bem da URSS e de seu povo.
Estes ativistas invadiam as casas dos ucranianos à procura de comida que estes escondiam para a própria sobrevivência.
Colher o fruto do seu próprio trabalho virara crime hediondo, com penas de 10 anos, ou até de morte.
Com a Ucrânia à beira do extermínio em massa de seu povo pela fome, Stalin aumentou a meta de produção e coleta de cereais.
Foi o golpe final de Stalin sobre os ucranianos.
A partir desse momento, corpos eram encontrados por todos os lugares e a loucura estava espalhada.
Há casos de canibalismo, crianças, idosos e outras pessoas desapareciam misteriosamente, mas na verdade foram assassinados e devorados por parentes até mães e pais e vizinhos, ou estranhos.
Há relatos de pessoas devoradas vivas.
Claro que, ao longo dos anos, tentaram desacreditar os fatos, porém, documentos foram encontrados e sobreviventes contaram o que passaram.
Se, além da fome, considerarmos outros incidentes com camponeses, provocados pela política nefasta, o número de mortos, assassinados sobe para 14,5 milhões.
Stalin acreditava firmemente que se tudo não fosse do Estado,
a URSS entraria em colapso e a produção de cereais seria insuficiente para suprir as necessidades do povo.

A corrupção em Brasília

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Talvez convenha perceber duas coisas sobre a corrupção.
Primeira, onde há poder, há corrupção.
E onde há pobreza, há mais corrupção.
Desta duas verdades incontestável resulta necessariamente que quanto maior é o poder ou a pobreza, maior é a corrupção.
Brasília junta a um antepassado que permaneceram escondidas por muitas gerações; transmite de uma pessoa para outra.
Uma miséria um Estado monstruoso e autoritário e, por consequência, tem as condições perfeitas para produzir uma enorme quantidade de corrupção.
Em Brasília nada se salva da corrupção: nem a administração local, nem a administração central, nem os partidos, nem os negócios, nem os governos, nem o futebol.
A corrupção está íntima da cultura nacional, no centro da ordem estabelecida, na maneira como os brasileiros tratam de si e se tratam entre si.
Não vale a pena, por isso, declamar, concluir um discurso, gritar e chorar pois o mal só tem dois remédios: o enriquecimento do país, por um lado,
e, por outro, uma drástica redução do Estado e, principalmente, da autoridade do Estado.
Quanto ao enriquecimento, não parece próximo.
Quanto à redução de um Estado com         
607.833 funcionários, ninguém até hoje o conseguiu reformar.
Pelo contrário, aumentou sempre, intocável e triunfante.
Porque não prendem pelo menos, meia dúzia de corruptos na cadeia.
Como em Espanha.
Ou em França.
Ou na América.
Por quê, a prender meia dúzia, acabavam por se prende uns milhares, ou umas dezenas de milhares.
E também, evidentemente, porque nenhuma sociedade se persegue a si mesma.

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