quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Poema sobre o dia dos professores

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Eu respeito o marco, mas tenho a exata noção da marca,
sim, hoje é  um marco, mas o ofício produz marcas e são elas que me ajudam a acreditar que uma outra realidade ainda será construída. 
São as marcas que não permitirão o esquecimento da verdade,
são as marcas que trarão para o debate os temas que querem nos fazer acreditar que são indiscutíveis,
são as marcas  que incomodam, arranham e às vezes derrubam estruturas,
são as marcas na alma,
na mente e no coração que nos permitem o encontro e o reencontro com nossa humanidade.
O marco é hoje, mas as marcas são diárias e para o todo da vida.

O americano médio

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A despeito de todos os prognósticos e previsões,
não me causará surpresa uma nova vitória de Donald Trump nos EUA.
Isso porque o favoritismo de Joe Biden é hoje de 10 pontos percentuais.
Mas esse favoritismo pode não ser o bastante,
se as pesquisas não estiverem captando milhares de eleitores de Trump constrangidos ou envergonhados por confessar votos no atual presidente.
A gente já viu esse filme… e foi aqui no Brasil. Em 2014, muitos eleitores sonegaram das pesquisas a intenção de votar em Dilma Rousseff.
Em 2018, aconteceu o mesmo em relação a Jair Bolsonaro.
Daí que nada está perdido para Trump, assim como nada está ganho para Biden.
É verdade que Trump tem agora uma administração fácil de ser criticada ou apedrejada.
Mas também é verdade que o americano médio não é aquele que a gente vê nas séries de TV ou nos filmes de Hollywood, mostrando uma Flórida sem preconceito, uma Califórnia democrática e uma Nova York cosmopolita.
O americano médio é muito mais parecido com Donald Trump do que com Brad Pitt,
Johnny Depp ou Leonardo Di Caprio.
Foi essa identificação nacional com o vilão, não com os mocinhos,
que elegeu o presidente quatro anos atrás.
E não será surpresa se essa dissimulação for suficiente para reelegê-lo por mais quatro anos.
Foi-se o tempo em que os bandidos morriam no final.

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