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O religioso fanatizado não aceita que nada esteja acima de sua religião, nem o amor.
Ele é capaz de tacar fogo em hereges ou arremessar aviões contra prédios.
O fanático é um ponto de exclamação ambulante, dizia Amós,
e poucas coisas produzem mais fanáticos do que a Religião.
Ela pode ser transformada no próprio deus, objeto de devoção e adoração.
Dogmas e doutrinas viram regimentos de valores e hierarquização dos fiéis.
Há quem esteja nadando em religião achando estar mergulhado no oceano de Deus.
Eles guardam as leis e os mandamentos mas são incapazes de se compaixão pelo próximo.
E para tais, não importa uma mudança de religião, é preciso "nascer de novo", conforme Jesus disse à Nicodemos, religioso,
mas que não compreendia a singeleza e simplicidade do Evangelho que não se faz em complicadas concepções teológicas e sim na leveza do chão da vida.
Nascer de novo, para Jesus, não é voltar ao ventre da mãe como supôs Nicodemos, mas o despertar de uma nova consciência, baseada no amor.
A religião nos afasta de Deus.
Ela supõe uma aproximação, ela cria um clima para o encontro,
mas controla onde, como, quando.
Rubem Alves dizia que Deus é pássaro, mas as religiões inventaram gaiolas.
O paradigma do Evangelho é o Amor.
João disse que aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
Paulo dizia que não importa o que você faça, mesmo que você faça coisas religiosas, ou humanitárias,
ou de justiça social, sem amor,
de nada valem.
Teresa de Calcutá afirmava que não importa o que você faz e sim quanto amor se coloca naquilo que faz.
Por causa de seu amor libertador, Jesus sempre foi alvo de religiosos.
O amor exemplifica e gera consciência, mudança de mente, transformação de pensar,
novo prisma, nova ótica sobre a vida.
Liberta!.
E a religião não pode admitir homens e mulheres livres, porque ela sobrevive de engaiolar, de aprisionar pelo medo, de amordaçar pela culpa, de algemar pela cobiça.
"Meus discípulos, seguidores, alunos serão conhecidos pelo amor com que amam uns aos outros" - disse Jesus.
Ele não apontou um caminho religioso, e sim uma ética evangélica do Evangelho.
Ele não veio para nos ensinar o caminho ao templo, mas um caminho de Vida.
Não constituiu uma religião cristã isso foi Constantino propôs um jeito de ser, que é libertador, e um modo de pensar sobre tudo e todos: na perspectiva do amor e daquilo que pertence ao amor, como justiça, cuidado, amparo, afeto, verdade, amizade, piedade, misericórdia, compaixão, esperança, partilha.
Como não deixar a religião nos afastar de Deus?.
Ame.
Ame a Deus.
Ame o próximo.
Ame a Deus no próximo.
Ame como Jesus amou.
O amor vence sempre!.
Tudo passará.
Até a religião.
O amor, permanece para sempre!.
A religião é nossa tentativa de conexão com Deus.
Por amor, Jesus é a reconexão de Deus conosco.
A religião nos ensina a olhar para os céus para encontrá-lO.
O Evangelho O apresenta no chão da vida, em nós e entre nós.
Ele pode ser percebido em todo ato de amor.?