segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Poema sobre os programas assistenciais

.



A melhora na percepção do governo Bolsonaro tem várias explicações,
mas três merecem maior atenção:
auxílio emergencial, duração longa da pandemia e mudança de tom e postura.
Já é uma banalidade o entendimento de que programas assistenciais em dinheiro são infalíveis para melhorar o humor do eleitorado.
Nesse caso, ficou provado que o auxílio emergencial chegou mesmo para a maioria carente que realmente precisava de algum socorro ou alívio.
Muita gente não se dá conta de que 600 reais por mês representam uma fortuna para quem vive na extrema pobreza. Assim como não há como avaliar o impacto desse valor para essas pessoas, também não há como julgar ou condenar a gratidão dessas pessoas diante do impacto desse valor.
A esse valor, somou-se o fator durabilidade ou longevidade da pandemia.
Mesmo tendo sido prevista, a persistência das doenças, das mortes, das medidas de restrição.
Tudo fez aumentar a urgência e a sensação de que o emprego e o salário são mais importantes do que a saúde ou a vida.
Claro que a vida vem antes do dinheiro, mas vai dizer isso a quem não morreu, não perdeu um ente querido, mas perdeu o emprego, o salário e as condições de pagar contas e fazer compras.
Em relação à mudança de tom e postura, deve-se ao ministro das Comunicações. A estratégia de buscar uma percepção de governabilidade e estabilidade.
Desde que assumiu, ele tem se empenhado junto ao presidente a baixar a temperatura, aliviar a tensão,
adotar o diálogo e impor um estilo baseado em conciliação e pacificação.
Nessa linha, o foco do ministro é manter aberto o gabinete da moderação… 
sem espaço para ódio.

Postagens mais lidas