terça-feira, 22 de setembro de 2020

Se eu fosse candidato

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Se eu fosse candidato a prefeito,
eu olharia nos olhos dos eleitores,
bem dentro dos olhos, e diria o seguinte:
“Você não me conhece.
E isso é bom”.
É bom, porque, se você reparar,
todos os outros que você já conhece ou já estiveram na cadeia,
ou podem estar na cadeia, ou, quem sabe,
estarão na cadeia.
Você também já conhece aqueles que nunca estiveram,
nunca estão ou nunca estarão na cadeia,
muitas vezes, graças a ótimos advogados,
em alguns casos pagos com o dinheiro dos impostos, convertido em dinheiro das propinas.
“Você não me conhece.
E isso é bom”.
É bom, porque você pode não ganhar nada votando em mim.
Mas você pode já saber o que vai perder votando nos outros, que você já conhece.
Os outros vão continuar falando em: mudar o Rio,  mudar o Brasil, mudar o mundo, mudar a política,  acabar com a corrupção, acabar com a impunidade, eu sou do povo, eu sou o mais honesto, eu sou o salvador da pátria…
Enfim, vão continuar falando tudo isso,
como se todos eles não fossem parte dos problemas que todos eles criaram e nunca solucionaram.
Se eu fosse candidato a prefeito,
eu olharia nos olhos dos eleitores, bem dentro dos olhos, e diria o seguinte: Votem em ideias novas,
em nomes novos.
Repito: nem que seja para cometer erros novos.
Os erros velhos já estão ricos e milionários às suas custas, rindo nas suas costas.
Felizmente, eu não sou candidato!.

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