sexta-feira, 5 de novembro de 2021

O reino de Deus e a política dos homens

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Jesus nunca quis o trono de César,
nunca desejou o palácio romano,
não fez alianças com poderosos,
nunca se vendeu.
Parte da igreja achou por bem conceber uma bancada evangélica,
preferiu se comprometer com a agenda político social atual, fechou com correntes ideológicas que já destruiram sociedades, assumiu uma mentalidade de guetos, e corporativista,
mas sai a público dizendo que é odiada pelos que não são cidadãos de bem,
não defedem a pátria, a família e não amam a Deus. 
O Cristo da bíblia não é esse que está fomentando guerra entre patrícios em nome de Deus.
Jesus não fez questão alguma de se apropriar ou obter qualquer invenção humana, sendo Ele quem é. 
Guerras sempre haverão, pois desde antes de conhecerem Cristo,
o ser humano em sua estupidez sempre pleiteará pelo que deseja possuir a força da maneira mais estúpida, aliás, foi por essa estupidez que o mataram.
Quando Jesus disse que seu Reino não é deste mundo, não foi para tranquilizar a liderança.
Pelo contrário, foi a maior das provocações.
O Reino de Deus sinaliza o fim dos reinos deste mundo e todo governo humano.
Apesar das descrições primitivas, o Reino de Deus em nada se parece com os reinos deste mundo. 
Esse Reino foi inaugurado na encarnação de Cristo, e a igreja é responsável por dar continuidade na construção desse Reino de igualdade aqui e agora, até que tudo seja completamente restaurado.
“Meu Reino não é deste mundo”, ou seja, não tem nada a ver com dominação, conquistas territoriais, hierarquias. 
O Reino de Deus não é desta ordem de coisas, não é desde mundo caído.
Colocamos a mão no arado, um instrumento que serve para lavrar o solo, revolvendo a terra com o objetivo de descompactá-la e, assim, viabilizar um melhor desenvolvimento das raízes das plantas. 
Preparamos o solo para que as raízes do Reino se desenvolvam, as plantas cresçam, e o Reino seja manifesto não com anarquismo.
Mas optando por propostas que sinalizam uma sociedade mais justiça, igualitária, onde o excluído é incluído,
o pobre tem respiro,
o oprimido sente um pouco de alívio,
e os poderosos, os que dominam o mundo, os ricos, tenham suas estruturas estremecidas e sintam uma prévia da ruína que lhes aguarda.
É deprimente ver líderes cristãos terrivelmente evangélicos fazendo política social teológica para não ficarem mal, não apenas diante de suas igrejas mas, também diante do país, parecem achar mais digno mostrar que estão certos; mesmo ao preço da apostasia,
do que terem a decência de romper com "Cézar", e voltarem para Cristo.
Deixem o palácio e voltem para o aprisco, seja como for, os dias estão passando, dias melhores virão, mas não das mãos sujas de pólvora, nem de mãos cheias de sangue, porquê as únicas mãos cheias de sangue aceitas por Deus, foram as de Cristo e foi o próprio sangue não o de outros e foi por todos.

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