quinta-feira, 28 de abril de 2011

Enfermo de amor



.

Fui um cão sem dono,
Derramando meu nome,
Nas esquinas do Sertão,
Regozijando e não me alegrando,
O que tende ser.
Hoje apenas sou bicho,
Lá do cio,
Tendo a fonte do prazer,
Para lembrar desse amor,
Mais que de mim.
Atingir a situação,
Almejada quem é,
Apenas ter você,
Na palma da mão,
Para ser o que for,
O que tende ser,
Pois por que razão seria eu,
Como a que seria os teus ex-companheiros?
Assevero que estou enfermo de amor,
Por esse amor ser suficientemente,
Para eu cair doente,
Aponto de você cuida desse enfermo.
Me tornei enfermo,
De amor por você,
Existindo uma cama destinada,
A enfermo com eu.
Me adoeci demais,
Por observa-lá,
Cozinhando canja e canjica,
Da sua melhor forma.
Estou andando agora,
Sempre doente,
Com a falta de saúde,
Por causa desse amor,
Gentil e agradável.
Me sinto débil,
Pela sua clara presença,
Debruçada sobre o sofá,
Para assistir Tom e Jerrey.
Quero reunir nossa tribo,
Para fazer o que for,
Antes que desfaleço de amor,
Por você em Ribeirão.
Quero finalmente,
A tua face,
Para olhar face á face,
O que tende ver,
Consolidando que o amor,
Não precisa razão.
Quero teu amor,
Singelo e feliz,
Não preocupando-se,
Com nossa razão,
Pois a razão não,
É dona do destino.

domingo, 24 de abril de 2011

A lógica dos fatos


.


Nas palavras que te digo,
nos gestos que ignoro,
ou nos pensamentos que esqueço,
me entrego.
Na corrente que me afasta,
pego a onda,
que me leva à tua praia,
por necessidade de sobrevivência,
uma eterna resistência,
a lógica dos fatos.
Não tenho feito,
nada certo.
Apenas virei objeto,
de meu próprio eco,
que não soa,
aos teus ouvidos.
Me tornei menino,
de pouco sorriso,
e muito silêncio,
de linha reta,
em queda livre,
ou sonhos solitários,
que me roubam o sono.
Já te entreguei,
meu melhor brinquedo,
nas noites frias,
ou amanhecer quente,
de mudanças nulas,
ou de repente,
você me abandona,
em pleno ar.
Agora, me resta respirar,
fechar os olhos,
e reaprender a voar.

domingo, 17 de abril de 2011

A natureza tem um tempo bom


.


Sou nativo.
Andando conforme á natureza,
seguindo a ordem regular,
das coisas.


Sou nativo.
Designando o filho,
que não provém,
do matrimonio.


Sou nativo.
vivendo no estado do que,
é produzido pela ação,
da natureza.


Sou nativo.
Reproduzindo nas artes,
da natureza e da vida,
sem exclusão dos meus aspectos.


Sou nativo,
Considerando feios,
e repugnantes as,
coisas sociais.


Sou nativo.
vivendo junto do conjunto,
e sistema das coisas criadas,
pelo caráter de um individuo.


Sou nativo.
Pensando como Índio,
ao olhar com elevo,
todas as pessoas desconhecidas.


Sou nativo.
Pensando que a ficção não faz,
semelhança com a realidade,
mas a realidade faz á semelhança com a ficção.


Sou nativo.
Me escondendo como inocente,
nas matas e florestas,
mas não como como individuo que vive do latrocínio.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Teu ventre


teu ventre

.

Preciso de teu corpo quente,
numa lingerie transparente ,
refletindo em meus,
olhos a projeção dos sonhos.
Quero a lua crescente invadindo,
a janela e libertando a fera,
que se esconde no presente.
Ver teu olhar de felina,
refletindo meus desejos,
e na intensidade dos beijos,
domando meus sentidos.
Por devoção, me entrego à tua sedução,
às fantasias de teu jogo,
e ao calor do teu fogo.
Me prendo em tuas cordas,
e me liberto em teu ventre,
onde minha serpente devora,
teu fruto do pecado.
E, ao teu lado, adormeço,
exalando o prazer que só,
teu corpo de mulher pode me agraciar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Comício das reformas 1964/1968


.

Quando entrar Outubro,
juntamos as pessoas,
para tratar de assuntos políticos,
da melhor forma possível.


Quando entrar Outubro,
permitem a existência,
deste tipo de organização,
no inteiros das forças.


Quando entrar Outubro,
podemos citar a assinatura,
do decreto estabelecendo,
o monopólio de petróleo.


Quando entrar Outubro,
permitem á petrobras,
trocar petróleo com outro produtos,
nacionais acusados de subfaturamento.


Quando entrar Outubro,
conseguimos cooptar,
a opinião pública,
sem nenhum tipo de coação.


Quando entrar Outubro,
não nos assustamos,
com a ameaça vermelha,
ocorrida no Brasil.


Quando entrar Outubro,
executam pontualmente,
o que falta fazer,
pois eu já cumpri o meu dever e vocês?


Quando entrar Outubro,
não perdemos o entusiasmo,
no que ainda falta edificar,
da nossa melhor forma.


Quando entrar Outubro,
vivemos o presente,
sem ter receio do que há de ser,
pois o medo do futuro é simplesmente saber se haverá futuro.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

constelação


.


Vejo o dia amanhecer,
sem ter você,
aqui comigo.
Foi o abandono do sono,
a saudade descontrolada,
a vontade ansiosa,
pra te encontrar,
e não querer se contentar,
com um mero sonho.
Fico tonto,
como cego em labirinto,
como matemática sem lógica,
ou canção sem melodia.
É uma sinfonia sem acordes,
que em meu peito,
só você saber tocar.
É uma bebida forte,
que em minha pele,
só você sabe apreciar.
Pois, na madrugada,
cada estrela,
tinha seu brilho,
cada constelação,
tinha teu nome,
e no horizonte,
o sol conta.

Olhos Puros


.

O que escrever,
pra te ver,
com os olhos puros?
Só sinto a dor no peito,
a vista nublada,
a cabeça inchada,
por não ouvir,
meus pensamentos.
O amor se rendeu,
às tuas necessidades.
E nessa escolha,
fiquei perdido,
num caminho sem volta.
O mais precioso,
perdeu o valor,
em tuas mãos.
O mais divino,
se tornou pecado,
em tuas noites.
E eu,
que era teu,
me tornei fantasma,
em tua memória.
E qual foi meu erro?
Tento guardar o desespero,
nas brincadeiras sem graça,
nos filmes sem movimento,
e nas canções caladas.
E meu olhar,
é incapaz de encontrar,
a lógica de como,
você diz,
me amar.

teus olhos tristes


.

Te vejo entre frestas,
observando meus passos,
querendo estar perto,
mas fica calada,
desdenhando,
o que é teu,
e valorizando,
o que é secundário.
Te vejo com piedade,
por negar o coração,
e se entregar à vaidade,
sendo negligente,
com seus sentimentos,
e incoerente,
com seus desejos.
Deixou o medo,
ser teu guia.
E agora, a nostalgia,
será sempre,
tua companheira.
Não posso fazer mais nada,
se escolheu essa estrada,
de aparência bela,
mas de frágil estrutura.
Meus ecos,
ficarão em teu inconsciente,
como um presente,
que nenhum metal,
poderá te dar.
E vou sobreviver,
mesmo que,
teus olhos tristes,
me acompanhem,
como lua cega,
e tua voz,
não possa mais,
me chamar.

Contorno negro


.


Não sei mais,
o que fazer,
pra você,
compreender,
o que somos.
Melhor virar as costas,
fechar a porta,
e seguir sozinho.
Reconstruir minha alma,
com as sobras do caminho,
apagar as chamas,
do teu destino,
que ainda ardem,
em mim.
Em tua mudez,
encontro o silêncio,
que me mutila,
que abre uma ferida,
que não tem cura.
E na minha entrega pura,
me contaminei,
pelo medo de te perder.
Então, me tornei resto,
de partes distantes,
e contorno negro,
procurando respostas,
pra que as sobras,
sejam mais,
do que meras sombras,
perante o sol.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Coração de Estudante


.


Quero ir nessa estrada,
para sentir a ventania.
invadindo meu olhar,
sem saber olhar pra trás.


Quero dar meus passos,
como se fosse aço,
frequentando um estabelecimento,
de ensino calmo.


Quero aplicar a inteligência,
para aprender analisar,
meu espírito chamado sonhos,
pois sonhos não envelhecem.


Quero adquirir conhecimento,
para aprender uma ciência,
ou arte,em meio a tantas desordens,
lacrimais que não ficam calmos.


Quero desenhar com compasso,
basta apenas contar consigo,
para fazer perder as forças,
da tristeza na curva de um rio.


Quero ver sopra o pavio,
do aniversáriante,
para cantar canções,
no fim dos aplausos.


Quero caminhar até a escola,
pelo barro sujando o sapato,
sem ter asfalto para pisa,
cansando com as ladeiras.


Quero adivinhar onde as crianças andam,
ao brincar de caminha pelo ar,
jogando nossos corpos jovens,
pelo ar, mais longe que pensamos.


Quero escrever na folha,
da juventude o nome,
certo do meu amor,
e guardar-la no bolso.


Quero desenhar meu coração,
no quadro a giz,
para que perceba,
o quanto alguém foi feliz.


Quero me transformar do feio a bonito,
para me perceber perto de ti,
nas salas, nas ruas,
te olhando mais do que os olhos é capaz.


Quero olhar suas notas,
azuis e vermelhas,
para ajuda-la a compreender,
um pouco do amor sem sofrer.


Quero Visualizar você,
brincando de queimado,
para libertar sua menina,
escondida no corpo da mulher feita.


Quero ter ver perto daqui,
bebendo agua gasosa,
olhando a miragem,
que parecer milagre.


Quero ver o sol nascendo,
atrás da montanha,
sem ver ele nascendo atrás,
dos prédios rústica ou urbana.


Quero poder está onde só tem o breu,
junto da neblina de manha,
que nos cansar da rotina,
por rolar nas retinas.


Quero livre está se não me prendem,
no meu coração sem dono,
esperando alguém que aquecer nesse outono,
que aqui são mais belos.


Quero abrir a janela,
deixando que o sol invandar minha casa,
e percebendo que não existir ilusão,
ao livramos do abandono.


Quero somente viver do meu jeito,
com o coração em movimento,
sabendo do nosso inimigo que é o espelho obscuro,
pois nos colocar na frente de si mesmo,

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O medo de amar é o medo de reconhecer a verdade


.

O medo de amar é medo de reconhecer a verdade,
nessa ação ou efeito,
de exibir o que sentir,
como melhor opção.


O medo de amar é o medo,
dos gestos do corpo,
com os abraços,
e da cabeça para exprimir ideias.


O medo de amar é o medo,
do sentimento afetuoso,
que realçar a expressão mímica,
apresentada em público.


O medo de amar é o medo,
de simular ou provar,
afetação de quem procura,
mostrar-se muito sentimental.


O medo de amar é o medo,
da consciência íntima,
que compreender nosso coração,
pelo meio dos órgãos respectivos.


O medo de amar é o medo,
da aptidão de sentir,
a sensação considerada,
somente a verdade.


O medo de amar é o modo,
de sonhar dispondo de sua pessoa para outra pessoa,
pois quem nunca devaneio com o amor,
não sabe o que é amor na realidade.


O medo de amar é o medo,
do dia futuro que há de vir,
sem saber ser haverá futuro,
para quem planejou determinadamente.


O medo de amar é o medo,
do próprio coração,
pro ter sede da sensibilidade moral,
das paixões e do amor.


O medo de amar é o medo,
da firmeza de ânimo ante o perigo,
que recusamos os reveses,
designado á não obedecer o verso da aflição.

sábado, 9 de abril de 2011

Um centavo para mudar o mundo


.


Não quero censura a população,
e velava pelos bons costumes,
apenas desejo plantar o perdão,
para colher o que cultiva.


Não quero unidade de terceira ordem,
apenas quero centésima parte,
da unidade monetária do Brasil,
e de outros países.


Não quero pensar em minha gente,
para sentir o meu peito,
ser aperta de que provêm,
as ordens que acontecer de repente.


Não quero desejar nada,
antes de viver sem lutar,
apenas quero andar de xarete,
na grande subúrbio.


Para voltar de trem,
com expectativa de mudar,
o nosso mundo nos centavos que falta,
para comprar o sal da terra.


Para viver sem receio,
das pessoas imerecidas,
que se move tanto,
para apenas nos encontrar.


Quero passear de kombi ou Van,
na minha cidade,
visitando casas simples,
com cadeiras de balanço na calçada.


Mas não quero ver meu quarto,
e nem pessoas tristes,
pois meu peito se apertaria,
feito um despeito de não te como lutar.

Valsa desritmada


.


Na canção do esquecimento,
danço conforme o movimento,
do vento,
em teu cabelo,
do sol,
em tua pele,
e da saudade,
em teu peito.
Finjo que nada vejo,
e que o desejo,
é um mero objeto,
que estava em tuas mãos,
caiu no chão,
e se transformou em cacos,
varridos pra debaixo,
de um tapete de lembranças.
Reconstruo meu castelo,
com as pedras que me deixou,
como herança de um amor divino,
que em teus medos,
se tornou mortal.
E nessa valsa desritmada,
aceito o nada,
Como presente.
Posso estar ausente,
ao teu lado,
mas sempre estarei guardado,
na moldura mais bela,
que já pintou,
teu coração.

Febril


.


Na inversão dos valores,
no cair das folhas,
no esquecimento das flores,
e no excesso de espinhos,
cada caminho,
se torna estranho.
Talvez,
por não conhecer,
meu tamanho,
por querer o frio,
no verão,
ou o calor,
em outra estação.
Por procurar um atalho,
no rastro falho,
de minha ansiedade.
Por considerar o amor,
sendo tão somente,
minhas vontades
e a dor,
a febril negação,
dos que não me aceitam.
Melhor vendar meus olhos,
do que vender meu corpo,
ou deixar morto,
meu sonho,
em tuas mãos.
Se você partiu,
preciso ser inteiro,
ignorando a loucura,
e enlouquecendo a ignorância,
na ânsia de ser,
eu mesmo,
pra compreender,
teus medos.

Eterna companhia


.


Volto,
de modo lento e gradual,
no meio do caos,
no amargo doce,
e no açucarado sal,
achando tudo normal,
e perdendo o equilíbrio,
no que parecia ser igual.
Volto a mim mesmo,
na beira do abismo,
ou no fundo da planície,
na ponta dos pés,
ou no meio das mãos,
carrego a solidão,
como minha eterna companhia,
meu guia,
pra me levar pra algum lado,
não ouvir o que está guardado,
e não refletir em você,
que fui derrotado.
Volto em silêncio,
entre mentiras reveladas,
ou esquecidos segredos,
de paixões dissimuladas,
ou amores condenados,
com máscaras nobres,
ou verdades pobres.
Volto porque ainda acredito,
que sou mais que teu abandono.
Sou o sonho que não se apaga,
o amanhã que ninguém ousa,
e a realidade que poucos compreendem,

A noite sobre teus olhos


.


Me deixe ver,
a noite sobre teus olhos,
na dança das estrelas,
na melodia do vento,
que ganha vida,
ao tocar teus cabelos.
Sinta a vida,
na ponta dos dedos,
no arrepio da pele,
no aconchego,
que você encontra,
em meu peito.
Me deixe despertar,
a luz do teu sorriso,
o suspiro involuntário,
o frio na barriga,
quando sente meu corpo,
te aquecer.
Apenas segure minha mão,
quando qualquer canção,
parece embalar,
nossos corações.
E depois do sonho,
acordaremos,
como crianças alegres,
que tornaram o breve,
eterno.

A Imensidão do Espaço



.


Ainda resta,
em mim,
um pouco,
do melhor,
que há em ti.
No sorriso súbito,
do desejo húmido,
no carinho lúdico,
na ação prática,
ou no caminho único,
que não mais,
se cruzou.
Te sinto,
no perder da noite,
e no encontrar da madrugada,
entre nuvens cheias,
ou lua apagada,
de estrelas brilhantes,
ou constelações abandonadas,
de astros cintilantes,
ou sensações ignoradas.
Posso desconhecer o universo,
suas galáxias distantes,
corpos errantes,
e sons ignorados.
Mas reconheço,
o brilho de teus olhos,
quando esteve,
ao meu lado.
E isso me faz vivo,
mesmo que teu pensamento,
se cale,
na imensidão,
do espaço.

Massacre em Realengo


.



Quando tudo é solidão,
neste ato de abater reses,
para o consumo público.
não teremos gestos de ajudar,
nessa situação,
que gente tão grande e sem coração,
fez murchar o bem,
pensando no mal.
Quando tudo é solidão,
pensamos naqueles que,
não amam,
causando mortes,
cometendo homicídios,
suicidando seu eu,
por matar as pobres crianças,
ao desalento,
sem ter solução.
Quando tudo é solidão,
a tristeza é o mau servo,
que espancar os seus conservos,
e comer e a beber,
seu coração temulento.
Quando tudo é solidão,
no dia em que não espera,
e á hora em que não sabe,
destina a alguém,
que hoje não é ninguém.
Quando tudo é solidão,
através dos passos,
alternados de perda e ganho,
trilhamos o caminho,
da imortalidade,
para apenas ter o abraço,
das almas que,
não deixaram.
Quando tudo é solidão,
pensamos nos dozes,
que foram assassinados,
lembrando das dez virgens,
que adormeceram,
e dois prudentes,
sobre todos os seus bens.

A morte é caminho de todos,entretanto o bem encaminha para a vida, é o mal para sua morte...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O despertar de uma paixão


.


Não quero proceder,
de modo contrário ao meu caráter.
Apenas quero fazer sair da mente,
um projeto sem proveito.
Quero desperta com dispositivo,
para soar em hora determinada,
acordando meu corpo,
fazendo nascei-me,
para sair do estado dormente.
Preciso desperta o que,
não está acordado.
fazendo cair de,
alta posição minhas misérias.
Desejo desfazer meu passado,
para reconstrui de novo,
não se esquecendo de quem,
deixei tanto tempo.
Quero que venha as lembranças,
para olha você, como você,
olhou pra mim,
não sabendo de quem você quer.
Afirmo que ainda tenho,
seu olhar em mim,
que atingir meu coração,
descobrindo no meu lugar,
onde é que dorme a paixão.
Confirmo que vejo seu sorriso,
nessa tarde de verão,
valendo qualquer razão,
Admito que sua força,
é sempre maior,
nessa sua voz que,
me faz eu te chamar,
de meu amor.
Reconheço sem querer,
como tudo pode ser,
tendo razão de ser,
em você meu amor.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bola de meia, bola de gude


.


Eu ainda lembro,
do cavalo ou do galo,
escondido no bosque,
em meio de um descampado.
Eu ainda sou capaz,
de chefia minha fazenda,
com meu cão maior e cão menor.
Eu ainda posso abrir,
a folha do livro,
que dei alguém para guardar.
Eu ainda quero desata,
o nó dos cinco sentidos,
para pode brincar,
de bola de meia, bola de grude,
numa parede de pedras soltas.
Eu ainda desejo brincar,
de peteca e amarelinha,
escutando o galo cantar,
visualizando o céu nem é de manhã.
Eu ainda anseio em voar que nem asa de avião,
Soltando papagaios de todas as cores,
pra rolar e viver levando jeito
de seguir rolando.
Eu ainda ouso as canções,
de amor no firmamento,
Que todos pegaram no ar,
e jogaram no mar.
Eu ainda vivo meu lado criança,
e meu inverso adultero,
fazendo pedidos e colocando na garrafa,
para se jogado no mar.
Eu ainda recordo do arco-íris,
atravessando o sertão,
para sonhar sem ter medo de caretas.
Eu ainda sinto o coração do planeta,
que tentamos mandar para,
para fazer minutos de paz e silêncio,
ao lembrar da chacina de adolescentes.
Eu ainda vejo pedaços que ficou,
do amor para juntamos,
pra ninguém separa mais,
que nem cantigas destinadas,
que te dei para guarda.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uma velha canção Rock'n Roll


.



Quero viver muitos anos,
e em todos eles se alegrar,
olhando as nuvens cheias,
que derramará a chuva,
sobre a terra.
Quero ver tudo aquilo,
que existe ocupando,
lugar no espaço,
fixando na memória,
uma velha canção Rock'n Roll,
que em outro tempo,
esquentava minha orelha fria.
Quero levanta de manha,
para observar as flores,
se abrirem até a noite,
Quero sonhar até tudo,
ser tornar realidade,
mesmo sabendo que os sonhos,
é nos deixar livres,
cada instante da indolência.
Não quero buscar em minha cama,
aquela a quem amou a minha alma,
pois o corpo da mulher,
não é só como uma forma especial,
destinado a um certo uso.
Apenas quero viver,
brincando comigo,
nessa estrada demorada,
permanente de pessoas.
Apenas quero viver,
ouvindo minha canção,
andando na chuva,
e andando em outro lugar,
procurando mas um caminho,
libertando minhas agonias,
para viver tão somente feliz.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Juventude á flor da pele


.


Quero andar conforme,
á razão me afastando,
ou se adaptando perfeitamente.
Quero não lembrar,
o que já passou,
muito menos recordar,
o mal feito.
Apenas desejo ser feliz,
por ser a gente moço,
ou por ter idade juvenil.
Quero viver sem pecado,
para ir em paz.
Quero viver sem preconceito,
na propriedade da juventude,
ou a ela relativo.
Quero o muito mais,
do mais diferente.
para ser seu amigo,
reparando melhor em você,
para guardar o seu melhor,
demonstrando o que faz,
de você minha amiga.
É possível os jovens,
andarem pela própria lei,
basta se entender,
basta ter amor,
pela vontade de recomeçar.
Sou triste quando escrevo,
e alegre quando falo,
por não liberta a mágoa do peito.
Quero ser a mocidade,
cheio de exatidão,
para ser seu menino,
todos os dias que,
nossas vida quiser.
Quero absorver a paixão,
no corpo daquela menina,
que achar a grandeza linear,
daquela linda mulher.
Quero morrer como homem virtuoso,
pra abrir todo céu agora,
para ver a cara de Deus.

Os bons sofrem mais


.


Os bons sofrem mais,
por ideia fixa e dominantes,
que observe o espírito.
Os bons sofrem mais,
por impressionar-se,
com o mal.
O mal persegue o bem,
e o bem afasta do mal.
Estamos sofridos pelo mal,
somos medíocres ou pouco,
acima de medíocres.
Somos razoável um pouco.
Não queríamos viver o,
contrario do bem.
Não queríamos desvia,
do que é honesto e moral.
Não queríamos prejudica ou ferir.
Não queríamos causa prejuízos,
incómodos ou moléstias.
Não queremos ser indivíduos,
de má índole para exprime,
desapontamento ou reprovação.
Todos os dias sentimos dores,
e nossas ocupações,
é o desgosto.
Todos as noites não,
descansamos nosso coração,
e a nossa alegria,
é aflição de espírito.
Vivemos pela qualidade,
do que é sôfrego.
Sentimos dores físicas ou morais,
por sermos bons.
Queremos pratica o bem apenas,
para ser justos,
sem recusar o poder,
da benignidade que ainda,
está em nós.


Mal-aventurados os homens que fazem o mal: Pois o mal é temor dos imerecidos, mas o bem é desejo dos retos...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bandolim


.


A escultura,
de pedras,
vai ser,
feita,
antes de você dormir.
Seu desenho,
vai ser,
feita de gel,
ou acrílico.
Pegaremos,
aquele barco,
para chegar,
naquela,
linda praia.
Tocarei bandolim duplo,
por ter quatro pares de cordas.
Não tenho,
objectos,
Preciosos,
sou talentoso,
por viver,
montando castelos,
nas quedas,
das areias finas.
Sou poeta,
que fica,
em silêncio,
pensando,
nas palavras,
que vão,
Vira trechos,
que rapidamente,
vai ser lendas.
Você sempre,
foi minha,
musa do,
olha,
sou algum,
homem,
sem graça,
não gosto,
de coisas,
celestino.
Sou o amor,
para outros,
e a dor,
para muitos.
Fico em,
alguns cantos,
meio quieto,
para evitar,
remoções,
de choros.
Quero,
sempre,
ser honesto,
e desejável,
pro pessoas,
que não,
sabem,
o que falar,
e não,
sabem,
ser expressa.
Pois se existir,
pessoas assim
prefiro,
ser um,
solitário,
poeta vivendo,
de escritas,
para eu ter,
mais alegria,
do que tantas,
pessoas,
que viver,
fazendo,
o mal,
em plena,
luz do dia.

Filosofia ( amigo e saber)


.

Quero discutir ou raciocinar,
certos assuntos filosóficos.
Quero argumentar com sutileza,
sobre matérias científicas.


Quero saber dessa ciência,
dos princípios e causas.
Quero saber dessa amor e,
particularmente desejo investigar efeitos obscuros.


Quero cultiva a filosofia,
e viver tranquilo,sereno,
indiferente aos preconceitos,
e convenções do mundo.


Quero amar a filosofia excessivamente,
e estar de acordo constamente,
determinado que a filosófica,
é o amor pelo nosso saber.


La filosofía es el amor por el aprendizaje ...

Amor de poeta


.


Estou sendo vitima do amor,
nestas semanas,
por isso estou no encargo,
a que se está ligado,
pôr ou dizer por escrita,
dele nestas semanas...

Adjacência


.


Gosto de olhar com elevo,
ou com espanto toda,
estranheza provocada,
pela proximidade dos,
olhos daquela moça.
Gosto de visualizar,
todo brilho do céu,
adivinhando o presente,
passado e o futuro.
Gosto de repartir,
o pão irmã,
pro eu ter coração de ouro.
Gosto de está contíguo,
por ser minha vizinha,
próxima que se encontrar,
perto de mim constantemente,
e por não saber andar sozinho,
sabendo dos perigos que nos,
rodeiam fazendo companhia.
Gosto de ter-lá na palma da mão,
sobre o ninho, sobre o sol.
Gosto de ver flores na,
janela de sua casa,
e com muita sensibilidade,
traz o fogo do abraço,
que me incendeia.
Gosto de ver-lá colhendo,
ervilha e grão-de-bico,
e preparando cuscuz e tapioca,
com sorriso de paz,
que me acalma ao fecha,
na hora dos beijos,
que conceder abrigo.
Gosto de peneira terra,
plantando hortense,
para usa como condimento,
no tempero paliativo.
Gosto de compara-me a você,
pois nem certo homens,
pela sua idade,
te acompanharia.

domingo, 3 de abril de 2011

Um Final Diferente


.

Ainda penso em você,
vendo o filme na TV,
ouvindo nossa canção
que nunca muda de estação.
Enquanto leio as legendas,
desejo tua presença,
em roupas de seda,
lingeries de renda,
e o sorriso mais belo,
que dá sentido,
à minha vida.
Vejo a mocinha,
como a menina,
que descobri em teus traços,
que brilhava em teus olhos,
me encantava em teus gestos,
e brincava em teus sonhos.
Me vejo cercado,
por todos os lados,
como se cada ato,
sempre desse errado.
Mas, enquanto não aparece o "The End",
sigo em frente,
escrevendo no futuro,
um final diferente,
que teu desânimo,
pensa ser inevitável.
Jamais te apagarei com um clique,
mesmo que você acredite,
que isso seja o ideal.
Pois viver sem amor,
é deixar a dor,
escrever nossos destinos.

Amor colonial


.


Quero alimenta,
a combustão que faz,
arder o corpo em,
estado de origem,
produzindo calor e luz.
Quero uma substância,
que serve para queimar,
no primeiro instante,
do bicho lá no cio.
Quero estar de acordo,
com certas ordens,
para estar conforme,
o conjunto de organismos,
da mesma espécie.
Quero viver junto,
do seu corpo,
livre da terra.
Quero promove colonização,
feito de cores vivas,
que fazê-la realçar,
nossa coligação,
para fim comum.
Quero estar com você,
pro tempo integral,
cuidando da sua criança,
vivendo da sua mulher,
e amadurecendo da sua velhice.
Quero me comprometer,
a contrai uma obrigação,
pro ouvir a voz mais grave,
da mulher em ação,
de se entregar sem,
exercer o controle do corpo,
pro saber seu domínio,
mas os homens não se controlar,
pois a função da mulher,
é justamente nos controlar,
na mesma cama.

Meu Encontro em Você


.


Quando a noite se perde,
me encontro,
em teu pensamento.
Na essência de tua alma,
na luz da tua aura,
e em teus movimentos,
que, lentos,
aceleram meus batimentos.
Me encontro,
nas flores dispersas,
nas cores de tua aquarela,
no cheiro de tua primavera,
na tua beleza mais sincera e,
nos teus erros perfeitos.
Me encontro,
em tua respiração,
na tradução,
daquela canção,
que descreve o que sentimos,
na melodia,
que transforma teu dia,
em pura alegria,
e me contagia,
com tua felicidade.
Está na saudade,
da tua presença,
na lembrança,
do que ainda não vivemos,
e na criança,
que está aí dentro,
e sempre brota,
pra brincar comigo.
Me encontro,
nas torres e deserto,
mesmo longe,
te sentindo tão perto,
por estar aqui dentro.
Me encontro em você,
em tudo o que já foi dito,
e no que ainda será feito,
de um jeito,
que só nós saberemos,
e viveremos Meu Encontro em Você.

sábado, 2 de abril de 2011

Amor é outros desastres


.


Quem são essas pessoas,
que nos assombra de noite,
e nos abandona de dia?
quem são essas pessoas,
diz-se de forma não verbal,
como aceito e aceitado,
o amor de uma forma,
geralmente do particípio?
quem são essas pessoas,
que regressar ao,
ponto de partida,
quando se eram,
para traçar linha retas?
quem são essas pessoas,
que regozijam quando,
nosso amor consome,
todo fogo da lareira?
quem são essas pessoas,
que nos vêm pela,
sombra dos galhos,
e não ficam regurgitando,
nossa afeição demasiada?
quem são essas pessoas,
que nos absolver do castigo,
da processão e da castidade,
quando seriamos condenados,
por negamos o quarto escuro?
quem são essas pessoas,
afirmando contrário ao que se disse,
confundido nosso amor á paixão,
sem saber que o vício que domina,
é diz-ser do amor excessivo.

Imensa represa


.


Num espaço vago,
sob o horizonte quebrado,
sigo teus passos,
sem a pretensão,
de estar ao teu lado.
É apenas minha intuição,
que sente teus ecos,
de coração perdido,
sorriso fingido,
pra agradar aos outros,
e esquecer de si.
Nunca escondi,
os meus sentimentos,
que a todo momento,
sublinho em traços fortes,
mesmo que a sorte,
tenha nos abandonado.
Se é pecado,
admirar tua luz,
mesmo que tenha se apagado,
sou culpado,
por tentar mantê-la,
sempre acesa,
mesmo presa,
nessa imensa represa,
de sentimentos ocultos.
Estou aqui,
do outro lado do muro,
pra te ver sorrir,
e te fazer compreender,
quem você é,
e que não pode fugir,
de si mesma.

A Razão do Absurdo


.


Você sabe o que sinto.
No frio mais intenso,
na primavera mais bela,
na canção de todos,
ou na solidão de domingo.
No fim da linha,
ou no começo de tudo,
com olhares falantes,
ou gritos mudos.
Você sabe o que sinto,
na razão do absurdo,
na lógica insana,
na emoção exata,
que nunca obtêm,
nossa resposta correta.
Você sabe,
na sua intimidade,
e no eco,
de todos os corações,
como a força do vento,
que disfarça seu medo,
nas ondas que se chocam,
e voltam ao mar.
Sei onde desejo estar.
Na tua tela,
derramando minha aquarela,
sobre as cores opacas,
que tiram teu brilho.
E em duas mãos,
pintarmos um caminho,
que sozinhos,
jamais teríamos,
a mesma beleza.

A Fuga da Esperança


.

Ignoro a hora,
a distância dos fatos,
o atropelo dos acasos,
que nunca cruzam,
nosso caminho.
Fui embora,
sem sair do lugar,
abandonando um lar,
que nunca foi meu.
No deserto de teus sonhos,
resisto a teus assombros,
e planto meus desejos.
Eles não morrerão secos,
regados pelas tuas lágrimas,
mas brotarão intensos,
ao despertar tuas asas.
Na fuga da esperança,
resta teu esboço,
um contorno triste,
sem cor,
onde o amor,
se tornou doloroso.
E eu, não questiono.
Apenas respeito,
teu jeito,
de enfrentar o mundo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Somente Seu Coração



.

Entre folhas caídas,
cães dormentes
e horizonte deserto,
eu sobrevivo.
Me sinto disperso,
sem a fluência das palavras,
atitudes ousadas
ou respostas pra tudo.
Estou mudo,
por mera conveniência,
por não encontrar importância
em meus frágeis pensamentos.
Estou apenas renascendo
sem nunca ter morrido,
a ser amado
sem sentir teu abraço
e a curar sozinho
minhas profundas feridas.
Encaro a vida
sem a soberba da sabedoria,
mas com a euforia
da ignorância.
Fico de pé com elegância,
transformando o ódio
em perseverança
e redescobrindo a confiança
no teu amor secreto,
declarado em poucos versos
mas que fazem,
em mim,
toda a diferença.
Por isso,
ainda sinto
tua presença.
Guiando minha mão,
tocando minha alma
e desejando me encontrar
quando voltar a ouvir
somente seu coração.

Em mim


.


Estou sentindo sua falta...
seja na água que me refresca,
na imensidão das avenidas,
no silêncio das paredes...
no ruído da chuva,
no cântico da saudade,
no verbo intransigente,
na esquina da vaidade,
no gosto da maçã,
na textura da seda...
no vazio das minhas ideias,
na loucura dos meus sonhos,
na insensatez da lógica,
na precisão do inesperado,
no mergulho além das nuvens...
na rotina de meus atos,
no brilho dos meus olhos,
na intensidade dos meus desejos,
na velocidade dos pensamentos,
nos gestos das árvores...
no abraço dos ventos,
no voo das folhas,
na queda dos segundos,
na variante das curvas,
no desaparecimento das virtudes...
Está impressa em minha vida,
como o sangue em minhas veias,
as rugas em meu rosto,
o tempo que nos separa...
Estarás em mim... sempre

Hoje o dia não tem solar


.


Me deixar,
ser seu,
escravo encoberto,
ou pouco dissimulado,
para oculta meu,
amor nobre.
Me deixar,
fazer,
morada no seu corpo,
em forma da relação,
radiada pelo sol,
que se levanto,
mas tarde com medo,
de nos ferir na,
varada da nossa casa.
Me deixar,
viver esse amor,
balancioso e violento,
para validar certos atos.
Me deixar.
pronunciar separadamente,
as letras das palavras,
que descrever afirmando,
que estou apaixonado por você,
Me deixar,
te dá comida na boca,
por puro conhecimento ou algum desejo,
Me deixar,
eu não me deixar de ter medo,
de amar e arrisca e de fazer,
o que é nosso dever.

História sem fim


.


Eu me lembro de você,
como uma música,
que não pode ser,
ouvida até o fim.
Lembro das nossas noites,
quando ouço o baixo.
E vejo o seu sorriso,
num solo de guitarra.
O som me envolvendo,
como se fosse você ao meu lado.
mas ao mesmo tempo nuvens escuras,
nos cobriam.
Fomos um para o outro.
Chuva que se transforma,
em tempestade...
Lembrança de um,
sonho ao acordar...
Às vezes, tento,
me convencer
que você foi pra mim
apenas uma história,
sem fim.

O Amor em Você


.


Sei que parece estranho,
eu dizer que te amo,
quando tudo deu errado,
falharam nossos planos,
perdemos para os medos,
e os enganos,
confundiram nossas certezas.
Sei que tua indiferença,
e uma desesperada defesa,
do teu castelo de cartas,
que no vento mais sutil,
cairá.
O que é aparência,
não possui a essência,
da fusão das almas,
da colisão dos sonhos,
mesmo na mais dura,
realidade.
Sei que parece insanidade,
minha resistência,
mas minha insistência,
é que não aprendi a desistir,
da minha própria existência.
Pois eu te amo,
não importa a distância,
o preço,
o fardo,
se está sozinha,
ou em outros braços,
se ainda chora,
por cansaço,
pelo tortuoso caminho,
que decidiu percorrer.
Te amo,
pela minha loucura,
de não me corromper,
ao que seria mais fácil,
te esquecer,
te deixar de lado,
e não cumprir,
minha promessa.
Você é lua,
estrela,
galáxia,
a vida mais bela,
em evolução,
a menina mais linda,
da multidão,
que só eu consigo ver,
mesmo na cegueira do dia,
e na melancolia da noite.
Estou morrendo,
a cada segundo,
e te entrego meu mundo,
em forma de amor,
que estará contigo,
aonde você,
for,
mesmo se não for,
mais você.

Amnésia


.


Estou em transe,
na busca distante,
do que não existe mais.
Seja um sopro de vida,
no consolo da morte,
na planície de Marte,
ou na paixão de Vénus.
No silêncio te escuto,
nas sombras do mundo,
ou nas frases,
que alguém já escreveu.
Sou eu,
que desenho o pecado,
e entrego beatificado,
em tuas mãos.
Sou eu,
que quebro a cabeça,
me atirando no abismo,
pra salvar teu coração.
Sou eu,
que engulo o choro,
disfarço o soluço,
e protejo teu nome.
Sou eu,
que arrasto meus pés,
apagando as pegadas,
sem saber mais,
quem tu és.
Sou eu,
que vejo TV,
mudo de canal,
mas sempre encontro você.
E onde me encontro?
Não sei,
Definitivamente talvez,
sem o labirinto de teus lábios,
a paz do teu abraço,
e a velhice ao teu lado.
Construimos nosso sonho,
e acordei chorando,
numa cama vazia,
com a indiferença de teus atos,
e uma lápide,
com meu nome.
Ainda me consome,
tua amnésia,
em disfarces nobres,
aparências refinadas,
num conto de fadas,
onde você vendeu sua alma.
Mas eu não tenho preço,
e reconheço,
que tudo está perdido.
Vou me entregar à loucura,
pra não lembrar sempre,
que tua forma mais pura,
se rende,
e não mais voltará.

Sobreposição


.


Te desejo
além da vontade.
Te desejo
por necessidade
de minha boca
falar teu idioma,
de meu corpo
exalar teu cheiro
e de minha alma
fundir em teu gozo.
Te desejo
como criança que chora
sem teu colo,
como cão que uiva
sem seu dono
ou enfermidade
sem tua cura.
Te desejo
de forma pura,
na brandura de um abraço,
ou no intenso pecado,
como animal bravio,
que após o cio,
se torna brando.
Te desejo,
em disfarce ou transparência,
clandestino ou legalmente,
de forma nobre ou indecente,
paciente ou intransigente.
Não me importa,
se é errado ou certo,
justo ou incorreto,
se estou cego
ou vejo além de você.
Ainda assim,
te desejo,
encontrando em tuas formas,
a resposta
que sobrepõe
todos os medos.

Meias Palavras


.


Não vou disfarçar,
passar a mão pelo cabelo,
me esconder em gestos
que não me pertencem.
Te desejo
sem meias palavras,
de corpo inteiro,
pois não posso controlar
o incêndio
que teu olhar
provoca em mim.
Preciso
do teu riso
pra alegrar meu dia,
pra qualquer fantasia
ser real.
Qualquer paisagem
se torna fútil
sem tua imagem,
qualquer caminho
se torna escuro
sem tua luz
e qualquer prazer
sem tuas curvas
é mera miragem.
Quero brincar
com tua menina,
quero amar
a tua mulher
e dividir
a tua velhice
com as lembranças
que construiremos
juntos.
Então,
não vou fugir.
Estarei aqui,
te admirando,
entre tolices e enganos,
e te desejando
cada vez mais.

Absolvição


.


Sinto tua falta
na palavra solta,
na ausência do acento,
na frase abreviada
que termina
antes de encontrar
um sentido.
Tudo parece
um crime sem bandido,
uma viagem sem objetivos,
uma paisagem sem tuas cores
onde o homem,
antes confiante,
se torna menino,
carente do teu abraço.
Queria saber o que faço.
Se te esqueço
ou te amarro.
Se te busco
ou me perco.
Se meu coração está certo
e o destino está errado.
Sei que é insano
fazer qualquer plano
sem teu sorriso no horizonte.
Só sei que te desejo,
mais que a eternidade do ontem
e a necessidade de hoje,
mas tropeço em mim mesmo
e nos pecados
que só teu amor
poderá me absolver.

Esquina dos Amores


.


Oi, como está?
Passei aqui por passar,
pra ver se seu olhar
se ilumina ao me ver.
Foi meio sem querer,
procurei a porta aberta,
espiei a luz na janela,
pra ver se te encontrava.
Eu pensava em outras coisas,
recriando novas formas,
de conviver com a solidão.
Mas, meu coração,
um romântico incorrigível,
sempre achou possível,
viver de amor.
Ele se acha muito macho,
pensa que é de aço,
e que suporta qualquer dor.
Depois fica em pedaços,
lamurioso, calado,
achando que o mundo,
está acabado.
Mas ele renasce,
pois qualquer tempestade,
sempre vai embora.
Vou ficar aqui fora,
seguindo meu caminho,
colhendo meus espinhos,
pra te deixar flores.
Pois, como a estrada é longa,
nada me assombra,
se nos cruzarmos,
na esquina dos amores.

Coisas naturais( leite da vaca)

 

.

Te vejo,
fechando,
a abertura quase sempre,
envidraçada de um telhado,
por onde entra a claridade,
intensa e fulgor,
fazer-se dia,
tornar-se inteligível,
neste espaço em que há,
vegetação no campo,
no bosque ou mata.
Te vejo,
de cor pouco encarregada,
bebendo vinho palhate,
nessa qualidade do que,
é claro ou inteligível.
Te vejo,
nessa transparência limada,
que fulgor numa,
luz viva que se vê bem,
e não deixa de ver bem.
Te vejo,
jogando pedras na fonte do rei.
Te vejo,
tirando o leite da vaca,
pela claridade da nossa casa,
exercendo a mesma profissão,
procurando um lugar aonde a gente pra se alimentar.
Te vejo,
cuidando dos pássaros da gaiola,
e com muito entusiasmo,
vou encontrar pedaços,
de madeira para queimar.
Te vejo,
colhendo os grãos de lentilha,
bastando à calma de Ribeirão,
para ser tudo seu,
e eu nada não.
Te vejo,
consolando coisas,
que suaviza,
nesse tempo de viver,
para vasculhar a terra,
até o mar próprio de lenimento.
Te vejo,
como pensamento que se,
conserva na memória,
pela qualidade da nossa geração.
Te vejo,
na parte traseira do barco,
que serve para lhe,
dar direção,
para saber tudo,
o que era para saber.
Te vejo,
como tudo começou,
pelo seu cansaço,
mais que o cão,
cansado de estrada, meu amor,
pela facilidade da nossa geração.

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