sábado, 9 de abril de 2011

Febril


.


Na inversão dos valores,
no cair das folhas,
no esquecimento das flores,
e no excesso de espinhos,
cada caminho,
se torna estranho.
Talvez,
por não conhecer,
meu tamanho,
por querer o frio,
no verão,
ou o calor,
em outra estação.
Por procurar um atalho,
no rastro falho,
de minha ansiedade.
Por considerar o amor,
sendo tão somente,
minhas vontades
e a dor,
a febril negação,
dos que não me aceitam.
Melhor vendar meus olhos,
do que vender meu corpo,
ou deixar morto,
meu sonho,
em tuas mãos.
Se você partiu,
preciso ser inteiro,
ignorando a loucura,
e enlouquecendo a ignorância,
na ânsia de ser,
eu mesmo,
pra compreender,
teus medos.

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