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Era para ser uma viagem glamourosa e exótica.
Mas acabou em tragédia.
Depois que a Guarda Costeira Americana confirmou ter achado destroços do submersível no oceano Atlântico, acabaram-se as esperanças. Tristemente, os 5 ocupantes que faziam a viagem, entre eles um dos maiores especialistas na tragédia do Titanic, morreram.
Diante da repercussão mundial do ocorrido, fiquei pensando sobre visitas ao passado.
Há possibilidades de remexermos naquilo que se passou sem alterar o presente, seja para o bem, seja para o mal?.
Escavar o passado é coisa a ser feita com cautela, uma vez que tal ação pode suscitar lembranças e reacender memórias lindas, mas também despertar do sono profundo agonias e desespero sem fim, inclusive, com repercussões para os dias atuais.
Existe pessoas que adoeceu por fazer tais viagens ao fundo do mar da alma em busca de destroços e despojos.
Em muitos casos o retorno a realidade é sempre penoso, o sujeito cai na armadilha de tornar-se viciado na ansiedade crônica, que estabelece o paradigma de nunca vivermos o hoje,
o agora, por mais difícil que ele nos pareça.
Nesta perspectiva, ficar preso entre o ontem e o amanhã é como viver asfixiado diante do mar, sofre-se pelo que não foi e anseia-se pelo que ainda não pode ser.
Temos que aproveitar o dia intensamente a hora que já é,
ainda que ela nos pareça paradoxal,
nos faça sentir que somos o agora e o ainda não.
Jesus falou sobre esse tipo de viver quando afirmou: “basta para cada dia seu próprio mal”.
Dentro do contexto, tratava da ansiedade humana, desta ânsia do existir.
Em sua sabedoria divina, ensinou que no findar do dia devemos permitir ser habitados por um sentimento de gratidão pela vida, o que passou, passou, ficou na cinza das horas,
pois amanhã, será um lindo dia, da mais louca alegria, que se possa imaginar. Amanhã, apesar de hoje, será a estrada que surge, pra se trilhar.