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São muito poucos casos em que pessoas morreram tendo dominado verdadeiramente a sua alma.
Com oscilação, nem sequer a conheceram.
Desde a primeira idade, tiveram na sua frente os exemplos que lhes pareciam ótimos e, a pouco e pouco, lhes escupiram, diminuíram e ocultaram a sua natureza.
Se essa natureza era baixa e pobre e os exemplos foram bem escolhidos, a imitação evitou mais um idiota ou um infrator.
Todavia, em muitos casos, trata-se de naturezas ricas e generosas que teriam podido dar mais do que obtiveram com o método quadrúmano, e vale muito mais um talento pequeno, mas novo, do que a imitação medíocre de um génio.
Mas quase ninguém se atreve a ser o que é e todos querem ser outros.
E como nem a todos se adapta o modelo que escolheram, a imitação resulta quase sempre inferior ao modelo: um desenho tosco efetuado numa parede vale sempre mais do que uma cópia da dama com arminho de Leonardo da Vinci.
Mas o homem não pode deixar de copiar e não faz senão uma fantástica fábrica de dissimulados.
Porque quer ter uma réplica do mundo, reduzida às proporções humanas e aos seus gostos.