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É cada vez maior o entendimento e a convicção de que não se trata mais de as pessoas dizerem que não são racistas.
Se trata agora de as pessoas se declararem antirracistas, contra o racismo.
Hoje, as pessoas não podem mais simplesmente se proteger na mera alegação de que não discriminam esse ou aquele.
Hoje, as pessoas precisam, sim, se posicionar contra a discriminação,
contra o preconceito, em qualquer circunstância.
Não só as pessoas, mas também as empresas.
As empresas precisam educar e se reeducar.
De qualquer natureza ou segmento, as empresas precisam se preocupar com quem contratam,
direta ou indiretamente.
Principalmente para os serviços terceirizados, que se relacionam com as atividades-fim.
Cuidados precisam ser redobrados, multiplicados, para se evitar uma crise de marca, imagem ou reputação.
Em escândalos de grande porte ou impacto, não basta nota ou Comunicado prometendo providências imediatas e apurações rigorosas.
Isso é o óbvio e é inócuo diante de uma comoção nacional ou uma repercussão internacional.
Também não basta anunciar a demissão sumária dos envolvidos e o cancelamento do contrato de serviços.
Em casos excepcionais, a sociedade e a opinião pública precisam acreditar que, mais importante que a gestão operacional e financeira,
é promover uma gestão de atitudes, reciclagem, treinamento ou re-treinamento dos funcionários essencialmente em termos de valores, princípios, compromissos e responsabilidades corporativas.
Em atos e fatos letais, a sociedade e a opinião pública precisam acreditar que as empresas compartilham a dor,
o repúdio,
a indignação,
o sofrimento e as condolências.
Enfim, todos nós precisamos melhorar como pessoas,
seja como pessoas físicas,
seja como pessoas jurídicas.