terça-feira, 23 de junho de 2020

Poema sobre fake News

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É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens atuais.
É mentindo constantemente que se baseia a civilização moderna.
A mentira firma-se, como tão claramente, que facilmente acreditamos.
Há mentiras religiosas, há mentiras políticas, há mentiras económicas, há mentiras matrimoniais, etc...
De tanto mentirmos nos transformamos nesse ser único em todo o Universo.
Nos transformamos em antipáticos.
Atualmente, a mentira chama-se utilitarismo, método, maneira ou comportamento do que é utilitário.
A mentira provoca prazer a um indivíduo, traz ordem social, senso prático.
Ela se encontra disfarçada nestes nomes, para que ninguém a julgue.
Hoje temos mentiras modernas que são usadas principalmente, em redes sociais.
São as fake News da imprensa marrom que consiste na distribuição deliberada de desinformação ou notícia muito propalada via jornal impresso, televisão, rádio, ou ainda online, como nas mídias sociais.
São mentiras do novo século, são mentirosos dessa nova era, são máscaras que foi dada prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada.
Uma ou quase toda a verdade é desmentida nos canais oficiais.
É uma luta diária, encontramos ou achamos a verdade escondida, encoberta, fragmentada pelos negaciolistas, pelo autoritaristas, pelos facistas, pelos impocritas desse tempo.
Parece uma eternidade conhece a verdade para que possamos nos libertar.
Parece que estamos escravizados de forma que a mentira, como ordem social, possa praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras.
Parece que estamos predestinado a mentir, pois quase todos os homens são súditos desta onipotente Majestade.
Derrubá-la do trono; arrancar-lhe das mãos o ceptro ensaguentado, cortar o mal pela raíz é a obra bendita que o povo, virgem de corpo e alma, vai realizando dia a dia, sob a direção dos grandes mestres de obras, que se chamam Jesus, Buda, Pascal, Spartacus, Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, Tolstoi, Reclus, Bakounine, etc.
E os operários que têm trabalhado na obra da Justiça e do Bem, foram os párias da Índia, os escravos de Roma, os miseráveis do bairro de Santo António, os Gavroches, e os moujiks da Rússia nos tempos de hoje.
Porque é que só a gente sincera, inculta e bárbara sabe realizar a obra que o génio anuncia?.
Que intimidade existirá entre Jesus e os rudes pescadores da Galileia?.
Entre S. Paulo e os escravos de Roma?.
Entre Danton e os famintos do bairro de Santo António?.
Entre os párias e Buda?.
Entre Tolstoi e os selvagens moujiks?.
A enxada será irmã da pena?.
A fome de pão paracer-se-à com a fome de luz?.

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