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A democracia brasileira voltou a ser alvo de ataques políticos especulativos.
Felizmente, a democracia brasileira é hoje forte, robusta e consolidada.
Felizmente, também, é grande a lista de homens públicos que já saíram em defesa da democracia e de seu maior instrumento de estabilidade institucional, que é a nossa Constituição de 1988. Essa lista é encabeçada por Luiz Roberto Barroso, atual ministro do STF, e dos ex-presidentes do Supremo, Carlos Velloso e Ayres Brito.
A Constituição de 88 já chancela a democracia brasileira por 32 anos, ou seja, mais de três décadas de respeito pleno, sem interrupções,
aos direitos fundamentais das liberdades civis, das atividades políticas, das organizações profissionais,
das manifestações públicas, das pregações religiosas… e muito além.
Falar em reescrever a Constituição, por inspiração no que está acontecendo no Chile, é falar em golpe contra a democracia; sim, porque o que os chilenos estão reescrevendo é uma Constituição decretada por uma das mais sangrentas ditaduras da América Latina.
Daí que esse é um problema que nós não temos mais,
já que no Brasil a democracia subiu à cabeça dos militares.
Isso ficou provado quando generais aceitaram participar de um governo eleito pelas urnas,
mesmo sabendo que seriam alvos solidários dos ônus e bônus dessa decisão.
A diferença é que, hoje, não é a democracia que incomoda os militares, mas sim a artilharia com fogo amigo dos militantes.