segunda-feira, 30 de maio de 2011

cadeira de balanço


.



No desaparecer das palavras,
nas letras embaralhadas,
a luz se torna em sombra,
antes que eu esconda,
meus sentimentos.
Mas, desisti.
Me entreguei ao silêncio,
pois o sorriso,
um antigo amigo,
brigou com meu rosto,
e, por desgosto,
não me manda notícias.
Só porque meus olhos,
nas cores do mundo,
na eternidade desse segundo,
pinta tudo de cinza.
Talvez porque,
o que era amor,
se tornou em consolo,
transformando meu trono,
numa velha cadeira de balanço,
à beira da janela,
esperando a primavera.
Por isso, não há dança,
que me embale,
não há frase,
que me entusiasme,
ou objetivo,
que me encoraje.
Você quer,
que eu fique bem,
mas eu não sei,
como ficar,
sem você.

Domingo


.


Não sinto vontade em levantar,
O sono não é tão intenso para me prender na cama,
mas o ânimo é minúsculo para me libertar de seu conforto,
Gostaria que o tempo fosse mais veloz que o relógio,


No seu ímpeto, recriasse em mim a ambição,
Na casa vazia, apenas o eco do passado,
Sem o toque do telefone,
uma palavra de carinho,
ou uma risada gostosa,


Não há vultos e nem cores,
Apenas, o abandono,
Todo dia parece domingo,
Nada que me faça sonhar.

Vida é tudo que fomos


.



Vida é a totalidade das pessoas,
e coisas que existem.
A vida é essencial,
para o seu próprio dono,
pois é considerada,
em sua totalidade,
os dias da sua vida.
Até a morte tem sua vida,
no lugar sombrio,
e profundíssimo,
para quem achar.
A vida é consecutiva,
pois tanto chora,
que ficamos com,
os olhos vermelhos,
por perdemos ela,
para ganhamos a morte.
A vida é incomparável,
mais que ninguém sabe,
por que morremos,
fora do nosso tempo.
A vida é temporal,
pois faz dois dias,
que não vejo,
e o que será depois dela?
A vida é concessiva,
pois ser fosse ela,
minha atitude seria a mesma,
até o fim da minha vida.
A vida exprime espanto,
indignação e incredulidade,
pro haver curvas,
no caminho dela.
Vida é tudo que fomos,
nos anos dos quais,
venhas a dizer,
o tudo que fizemos.
Morte é tudo que vivemos.
até caímos em desuso.
Asseguro que vir,
a cara da morte,
e ela estava viva,
na expectativa de tirá,
uma ou duas vidas,
quer seja bom,
quer seja mau,
pois tudo sucede,
é mortalidade.

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