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Talvez nosso maior pecado seja a presunção.
E nossa maior presunção é a de achar que somos mais importantes do que realmente somos na vida de alguém.
Acreditamos que somos protagonistas, quando na maioria das vezes nem somos coadjuvantes,
mas apenas figurantes na vida de alguns. Absolutamente dispensáveis.
O mundo deles seguiria perfeitamente sem nós.
Mas ainda assim, não abrimos mão de nosso papel,
mesmo que tenhamos que nos contentar com os bastidores,
onde nem sequer somos notados.
O importante é saber que a vida é muito mais do que os papéis que nos são negados ou confiados.
Ainda que tenhamos desempenhado algum papel que julgamos importante na vida de alguém,
o mesmo poderá sofrer cortes durante a edição.
Quem sabe nosso nome nem ao menos aparecerá nos créditos finais.
O que nos resta fazer?.
Atuar por amor ou pelo simples prazer de atuar,
em vez de ser pela busca desenfreada por reconhecimento de quem quer que seja.
Precisamos exercer um papel que trate as feridas de ontrem sabendo que a leve e momentânea ardência produz um eterno alívio e frescor.