quarta-feira, 1 de junho de 2022

Um espelho da sociedade doente

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Não há outra designação, é criminoso o que a Polícia Rodoviária Federal fez em Sergipe matando um suspeito asfixiado com gás dentro de uma de suas viaturas.
Coisas assim não podem ser toleradas, não podem ser complacentemente degustadas,
não por gente que ama o Evangelho.
Eu leio os profetas e vejo o quanto eles clamaram por justiça,
pela repreensão do opressor,
pela manifestação de Deus em favor daquele que está sendo esmagado, daquele que não tem quem o defenda.
Essa é uma pauta inadiável, prioritária, a igreja que não enxerga isso é pobre, cega e nua, se alguém que, dizendo-se discípulo de Jesus, vê esse tipo de coisa e não se manifesta é conivente com quem a patrocina, em nome da tolerância se aceita o escárnio contra a vida,
em nome do politicamente correto se foge de enfrentamentos intransponíveis, padres, pastores e bispos que fazem vista grossa a este tipo de violência se associam ao mal calando-se diante da tragédia dos desvalidos.
Não há como se calar, quem não se manifesta é porque escolheu viver num mundo cor de rosa que só existe por ser alimentado pela covardia, quem não dá a cara para bater é porque ainda não entendeu o chamado de Jesus para confrontar as potestades da Terra e fazer o bem a todo aquele que for encontrado no caminho.
É tempo de despertar, porque se você não se revolta com cenas como essa é porque, talvez, sua alma tenha morrido, uma vez que a dor do outro nada lhe diz.
Eu sou o reflexo do tempo em que vivo, sou o espelho de uma sociedade doente, sou um homem fazendo a leitura do mundo que me cerca e tendo a responsabilidade social, muito mais do que religiosa,
de denunciar a surdez e a dureza de coração que se instaurou.
Você acha que devemos ficar calados, só orando e falando ao mundo: “Jesus te ama!”?.
Ora, como convenceremos alguém dessa verdade se não nos importamos com as pessoas a quem dizemos que ele ama, como mostraremos ao mundo quem ele é e com quem se importa se,
como seus representantes, não nos envolvemos com a dor, a miséria e a tragédia humana deste tempo?.

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