quinta-feira, 4 de março de 2021

Poema sobre a incivilidade

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Estamos completando um ano de pandemia,
e a conta cobrada em vidas continua chegando alta demais batendo recordes cada vez maiores.
O número de óbitos já passa dos 1.700 por dia,
avançando veloz para a casa dos 2 mil por dia.
O Brasil tem hoje a segunda maior mortandade e mortalidade pela Covid, mesmo sendo apenas e sexta maior população do mundo.
Isso porque cuidados, cautelas, prevenções elementares,
que dependiam só das pessoas, foram criminosamente ignoradas.
Ignoradas pelas pessoas e sabotadas pelas autoridades.
Pessoas covardes, egoístas, autoridades e irresponsáveis.
Há um ano tudo o que se pedia era lavar as mãos, usar máscaras e ficar em casa.
Isolamento social e quarentena passaram a ser palavrões que dividiam os brasileiros em remediados e covardes.
Hoje, prefeitos e governadores já adotam o lockdown, de forma ainda desordenada e descoordenada,
não como medida sanitária,
mas como medida de desespero.
Estados, municípios, Congresso, Supremo não se dão contam de que seguirão enxugando gelo,
enquanto não agirem em concordância federativa acima e além da omissão,
da letargia, da indiferença e da negligência.
A má gestão da apatia tem que sair de cena para dar lugar à boa ação da empatia.
Em vez disso, militâncias, militantes, e até militares ainda discutem a validade das vacinas que nem sequer estão disponíveis, nem sequer entraram no país, graças à tese de que o custo financeiro é mais importante do que o custo de vidas.
Agora enfrentamos um clima de salve-se quem puder bem ao gosto da nossa incivilidade.

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