sábado, 10 de novembro de 2018

Poema sobre o anarquismo

.



O mundo que eu devo buscar é um mundo em que o espírito criador esteja vivo, e a vida seja uma aventura plena de alegria e esperança, baseada mais no impulso de construir do que no desejo de reter o que possuo ou tomar o que pertence aos outros.
Um mundo que sustenta a ideia de que a sociedade existe de forma independente e antagônica ao poder exercido pelo Estado, sendo este considerado dispensável e até mesmo nocivo ao estabelecimento de uma autêntica comunidade humana.
Um mundo por extensão sem ataque ou afronta à ordem social estabelecida ou aos costumes reinantes.
Deverá ser um mundo em que o afeto tenha livre ação, em que o amor esteja isento do instinto de domínio, em que a crueldade e a inveja tenham sido dissipadas pela felicidade e pelo livre desenvolvimento de todos os instintos que edificam a vida e a enchem de deleites mentais.
Um mundo em que finda o Estado; rejeite o poder estatal; rejeite o autoritarismo; critique ao capitalismo; critique às diferenças entre as classes sociais e econômicas;
Um mundo em que não nego a ordem social ou o desenvolvimento, mas sem a influência de um governo.
Onde eu possa valorizar as instituições econômicas e sociais que sejam formadas por membros voluntários; contra a monopolização da propriedade privada e pública; exigindo um grande senso ético das pessoas para que possa funcionar.
Tal mundo é possível; aguarda apenas que eu deseje criá-lo.
Por enquanto, o mundo em que vivo tem outros objetivos.
Mas ele passará, destruído pelo fogo de suas próprias paixões incandescentes, e, de suas cinzas, surgirá um mundo novo e mais jovem, repleto de fresca esperança, com a luz da manhã em meus olhos.
Agora, eu não sei e nem vocês sabem, o que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem?.
O que está subjacente à anarquia da sequência dos acontecimentos,
às incertezas, às contrariedades,
à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos?.
Ninguém sabe, professor Max.
Toda a gente sabe, é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum.
O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma.
Não podemos saber nada.
Mesmo as coisas que sabemos,
não as sabemos.
Intenção?.
Motivo?.
Consequência?.
Significado?.
É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos.
E mais espantoso ainda é o que passa por saber.

Postagens mais lidas