sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Do luto á luta

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O importante não é como você morre, mas como você vive.
É fato que nenhum de nós está imune a tragédias,
o dia mal sempre chega,
e para alguns, ele vem de forma trágica.
Ainda assim, é melhor viver com propósito por pouco tempo do que levar uma vida longeva sem sentido, corridas curtas, por vezes, são melhores do que maratonas.
Eu tenho conhecido muitas pessoas, várias,
e algumas tem experimentado dias de muito sofrimento e dor,
suas almas estão ressecadas pelo calor de uma jornada árida,
desprovida de paz e alegria,
elas são como espinheiros secos,
jamais se permitiram amar e,
muitos menos, se abriram como botões em flor para serem amadas.
Diante de alguns fatos, o silêncio de uma lágrima é mais eloquente do que o grito de mil sermões.
A existência terrena dessas pessoas é curta, sobretudo quando analisamos todo o seu potencial de criação,
mas também é intensa, pois elas se dão aos que amam e também recebem muito amor, deixa uma vida como fruto de uma relação afetiva e ainda tem a alegria de poder viver fazendo aquilo que mais gosta.
Elas sabem que ninguém bate tanto na gente como a vida.
Essas pessoas nos deixa precocemente,
mas também nos relega a certeza de que viver bem é melhor do que viver muito.
A verdade é que toda perda gera a sensação de luto.
Há perdas, contudo, que o luto demora mais tempo para passar.
Quando as perdas atingem nossos propósitos, não é tão fácil assim voltar para vida.
Estamos constantemente em uma jornada do luto à luta.
É preciso ler mais livros, mas também buscar ler o seu próximo para entender o contexto de cada vírgula, parágrafo e capítulos da história que eles vivem e viveu.
É preciso ler nas entrelinhas pra poder mergulhar nessa leitura.
É preciso saber que a última coisa que envelhece em nós é o coração.

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