segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Poemas sobre os mesmos eleitores

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A lista de candidatos a prefeito do Rio está praticamente definida.
E, como sempre, a primeira reação dos cariocas é achar que “não tem em quem votar”.
Essa impressão se dá até entre pessoas bem informadas,
mas cansadas de ver os eleitos envolvidos em corrupção.
Eu já disse que a ideia de que “não tem em quem votar” é preguiçosa e perigosa, porque acaba induzindo o eleitor a se fixar somente nos nomes já conhecidos.
Os mesmos nomes que geram a frustração e a saturação que aumentam a sensação de que “não tem em quem votar”.
Entra ano, sai ano, isso se repete em prejuízo dos novos nomes, alguns bons nomes.
Muitas vezes o problema não é a falta de bons candidatos, mas sim a falta de bons eleitores.
Ou seja, o Rio vive como se houvesse os mesmos eleitores em todas as eleições.
O Rio precisa de pessoas dispostas a buscar e cobrar soluções,
em vez de votar como quem escolhe um número na rifa.
A verdade é que sempre tem em quem votar.
A gente já jogou fora a chance de eleger grandes mulheres e grandes homens, que só foram rejeitados porque, no Brasil,
as pessoas acham que candidato tem que ser quase tão famoso como o Cristo Redentor,
ainda que o sujeito não passe de um Judas Iscariotes.
À primeira vista, a relação de candidatos no Rio não é mesmo animadora,
mas vai ficar pior se os eleitores permitirem que, de novo,
o segundo turno nos coloque à beira de dois abismos; entre políticos que já sabemos do que são capazes e políticos que já sabemos do que são incapazes…
Da minha parte, nada de velhos espantalhos.
Eu sigo firme e fiel à Lei Malan:
Se for pra errar, que sejam… erros novos.

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