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Sou fascinado pelos paradoxos que marcaram a vida de Jesus.
Ele afirmou “eu sou a luz do mundo”, mas no instante da morte, experimentou trevas cobrindo o lugar.
A respeito de si disse: “eu sou a verdade”, mas o sentenciaram em um tribunal marcado por mentiras.
Jesus prometeu que nunca nos abandonaria e que estaria conosco até o fim dos tempos.
Contudo, e nos estertores da morte gritou: “Pai, por que me abandonaste”?.
Ao declarar que a totalidade de sua existência revelava a Deus,
incluiu seu corpo desfigurado por tortura.
Ele disse, “eu sou a vida”, mas partiu antes mesmo dos próprios ladrões que partilhavam o mesmo destino.
Olhamos para Jesus e ficamos diante de um inocente trucidado por homens caem por terra os idealismos sobre a natureza humana.
Por outro lado, Jesus modifica o que imaginamos sobre Deus.
Todos os sistemas que tentaram formatá-lo, emoldurá-lo ou domesticá-lo fracassaram.
Assassinaram Jesus porque ele reivindicava liberdade para os cativos, vista aos cegos e esperança aos que já vinham sendo esmagados por déspotas.
Jesus viveu e morreu por conjugar o verbo amar.
As religiões ocidentais fizeram de tudo para desfigurá-lo, colocando sobre ele o manto do Deus imóvel de Aristóteles.
Contudo, Jesus permanece única esperança para a humanidade que precisa salvar o planeta de sua ruína total.