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Por alguns dias, a imprensa,
a Justiça e a opinião pública perderam tempo com gente e casos que,
nem de longe, estão à altura das preocupações mais sérias e mais importantes.
Gente e casos plantados no noticiário para distrair jornalistas e autoridades, tirando o foco de gestões amadoras ou temerárias contra o coronavírus.
Com mais de 250 mil mortes,
o que interessa saber continua sendo o seguinte:
Quando, afinal, o Ministério da Saúde vai divulgar o calendário de distribuição das novas doses da CoronaVac ou da AstraZeneca?.
Quando, afinal, o governo federal vai liberar a compra do imunizante da Pfizer, que já assinou contrato com mais de 50 países?.
Quando, afinal, teremos o imunizante da Pfizer,
que é o primeiro com registro definitivo da Anvisa,
mas ainda sem uma gota no Brasil?.
Quando, afinal, teremos vacina para todos?.
Com mais de 250 mil mortes, a questão é: Como explicar isso para os pais e as mães que perderam os filhos e as filhas?.
Como explicar isso para os filhos e as filhas que perderam os pais e as mães?.
Como explicar isso para os órfãos e as órfãs?.
Como explicar isso para os maridos que perderam as esposas e para as esposas que perderam os maridos?.
Como explicar isso para os viúvos e as viúvas?.
Como explicar tudo isso sem sentir a dor do outro?.