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Vivíamos em um mundo de desperdício e admiração.
De pobreza e abundância.
Antes de entendermos o retrospecto até 2020, veja,
as pessoas criaram empresas para negociar em todos os países.
Mas elas cresceram e ficaram muito maiores do que poderíamos ter planejado.
As pessoas estavam tão dispersas umas com as outras, nunca paravam para conversarem, respirarem, observarem o semelhante, a natureza, a família e a sua própria saúde.
Sempre tivemos nossos desejos, mas agora tudo ficou tão rápido.
Você pode ter tudo com o que sonhou em um dia e com apenas um clique.
Percebemos que as famílias haviam parado de se falar.
Isso para não dizer que elas nunca tenham se falado.
O equilíbrio entre a vida profissional e o trabalho se rompeu.
As pessoas estavam em um círculo vicioso, todos os dias saem cedo, chegam tarde, não tinha tempo para a sua vida familiar e conjugal.
E os olhos das crianças ficaram mais quadrados, cada uma tinha um telefone, tablet, um vídeo-game para as manterem ocupadas.
Eles filtravam as imperfeições, mas, no meio daquilo, as pessoas se sentiam sozinhas, carentes, tristes, vazias pois estava sempre faltando um pedaço.
E todos os dias o céu ficava mais espesso, até que você não conseguia ver as estrelas.
Então, nós voávamos em aviões para encontrá-las, enquanto que, embaixo, dirigíamos nossos carros.
Dirigíamos o dia inteiro em círculos e esquecemos como correr, como caminha ao ar livre.
Trocamos a grama por medicamentos, encolhemos os parques até que não houvesse mais.
Enchemos o mar de plástico porque nossos resíduos nunca foram tratados.
Até que, todos os dias, quando você ia pescar, você pegava os peixes já embrulhados.
E, enquanto bebíamos, fumavamos e jogávamos, nossos líderes nos ensinaram porque é melhor não perturbar os lobbies, porque é mais conveniente morrer.
Mas, então, em 2020, um novo vírus apareceu.
Os governos reagiram e nos disseram para nos escondermos.
Mas, enquanto todos nós estávamos escondidos, em meio ao medo o tempo todo, as pessoas tiravam o pó de seus instintos.
Elas se lembraram de como sorrir.
Elas começaram a bater palmas para dizer obrigado.
E voltaram a ligar para suas mães.
E, enquanto as chaves do carro acumulavam poeira, as pessoas esperavam ansiosamente por suas corridas a pé.
E, com o céu menos cheio de viajantes, a terra começou a respirar.
E as praias traziam novos animais selvagens que mergulhavam nos mares.
Algumas pessoas começaram a dançar, algumas estavam cantando, outras estavam cozinhando.
Estávamos tão acostumados com as más notícias, mas algumas boas estavam aparecendo.
E, assim, quando encontramos a cura e fomos autorizados a sair, todos nós preferimos o mundo que encontramos em vez daquele que havíamos deixado para trás.
Antigos hábitos se extinguiram e abriram caminho para os novos.
E todo simples ato de bondade passou a ser devidamente feito.
Vivíamos em um mundo de desperdício e admiração.
De pobreza e abundância.
Antes de entendermos o retrospecto até 2020, veja,
as pessoas criaram empresas para negociar em todos os países.
Mas elas cresceram e ficaram muito maiores do que poderíamos ter planejado.
As pessoas estavam tão dispersas umas com as outras, nunca paravam para conversarem, respirarem, observarem o semelhante, a natureza, a família e a sua própria saúde.
Sempre tivemos nossos desejos, mas agora tudo ficou tão rápido.
Você pode ter tudo com o que sonhou em um dia e com apenas um clique.
Percebemos que as famílias haviam parado de se falar.
Isso para não dizer que elas nunca tenham se falado.
O equilíbrio entre a vida profissional e o trabalho se rompeu.
As pessoas estavam em um círculo vicioso, todos os dias saem cedo, chegam tarde, não tinha tempo para a sua vida familiar e conjugal.
E os olhos das crianças ficaram mais quadrados, cada uma tinha um telefone, tablet, um vídeo-game para as manterem ocupadas.
Eles filtravam as imperfeições, mas, no meio daquilo, as pessoas se sentiam sozinhas, carentes, tristes, vazias pois estava sempre faltando um pedaço.
E todos os dias o céu ficava mais espesso, até que você não conseguia ver as estrelas.
Então, nós voávamos em aviões para encontrá-las, enquanto que, embaixo, dirigíamos nossos carros.
Dirigíamos o dia inteiro em círculos e esquecemos como correr, como caminha ao ar livre.
Trocamos a grama por medicamentos, encolhemos os parques até que não houvesse mais.
Enchemos o mar de plástico porque nossos resíduos nunca foram tratados.
Até que, todos os dias, quando você ia pescar, você pegava os peixes já embrulhados.
E, enquanto bebíamos, fumavamos e jogávamos, nossos líderes nos ensinaram porque é melhor não perturbar os lobbies, porque é mais conveniente morrer.
Mas, então, em 2020, um novo vírus apareceu.
Os governos reagiram e nos disseram para nos escondermos.
Mas, enquanto todos nós estávamos escondidos, em meio ao medo o tempo todo, as pessoas tiravam o pó de seus instintos.
Elas se lembraram de como sorrir.
Elas começaram a bater palmas para dizer obrigado.
E voltaram a ligar para suas mães.
E, enquanto as chaves do carro acumulavam poeira, as pessoas esperavam ansiosamente por suas corridas a pé.
E, com o céu menos cheio de viajantes, a terra começou a respirar.
E as praias traziam novos animais selvagens que mergulhavam nos mares.
Algumas pessoas começaram a dançar, algumas estavam cantando, outras estavam cozinhando.
Estávamos tão acostumados com as más notícias, mas algumas boas estavam aparecendo.
E, assim, quando encontramos a cura e fomos autorizados a sair, todos nós preferimos o mundo que encontramos em vez daquele que havíamos deixado para trás.
Antigos hábitos se extinguiram e abriram caminho para os novos.
E todo simples ato de bondade passou a ser devidamente feito.