quinta-feira, 26 de maio de 2011

Clandestino


.


Luto contra o sono,
pra não despertar a realidade.
Na cama vazia,
com a mente cheia de ideias,
me sinto metade do que partiu.
Me tornei um rio sem margem,
um sol sem paisagem,
que aquece o universo,
e perde seu calor.
Na viagem do amor,
de ilustre passageiro,
me tornei clandestino,
um solitário menino,
que ainda acredita,
que seu amor,
não tem preço.
E nesse êxtase de loucura,
descobri da forma mais dura,
a covardia.
Então, não devo falar mais nada.
Apenas baixar a cabeça,
e seguir nessa estrada.
Pois, algum dia,
essa agonia,
será passado.

Uma canção pra não lembrar de você


.


Quero uma canção,
pra não lembrar você.
Onde eu possa ouvir,
e me esquecer,
das tuas rimas puras,
da melodia surda,
que na solidão,
sempre volto a ouvir.
Preciso de um violão,
que desconheça o amor,
e que não me faça sentir,
a tua mão,
que me roube o pensamento,
que atenue meus tormentos,
e que não te reproduza,
num belo refrão.
Pois mergulho em silêncio,
e fantasio meus dias,
pra encontrar em meus feitos,
alguma alegria.
Vou apagar meus sonhos,
dormir com pecados,
e sob escombros,
apagar meu passado.

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