quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu

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A liquidez das relações igualadas pelas mídias sociais está nos fazendo viver a fadiga da compaixão.
Não conseguimos mais nos relacionar com a humanidade apresentada no outro  apenas com seu personagem criado na net.
A sociedade do cancelamento mostra para nós que não somos mais capazes de tolerar o erro.
Nós não somos mais capazes de exercer misericórdia.
O erro deve ser prontamente erradicado,
e o errante imediatamente cancelado.
Nessa sociedade dos intolerantes não há espaço para reconciliação,
não há espaço para reconsideração,
não há espaço para o perdão.
Uma sociedade absolutamente hipócrita que está todo tempo acusando cisco no olho dos outros sendo incapaz de ver a trave em seus próprios olhos.
É a vivência completa da escassez da compaixão, da escassez da piedade,
da bondade, da Graça e do perdão.
A sociedade do cancelamento denuncia a intolerância que nada mais é do que o nosso vazio de humanidade.
A nossa falta de empatia para com o outro.
A nossa falha enquanto seres humanos.
Nossa incapacidade de lidar com a humanidade que é por si errante.
Somos cada vez mais algoritmos que potencializam e excluem comportamentos do que humanos que  nos sensibilizamos com a tragédia que é viver.
É preciso imediatamente aprender que a verdade do amor não alimenta outra chama que não seja a que consome a presunção, o egoísmo e a hipocrisia.
A verdade do amor deve ser maior que qualquer amor à verdade, assim como o poder do amor deve ser maior que o amor ao poder.

Poema sobre a PEC dos precatórios

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A PEC dos precatórios permite ao Tesouro adiar o pagamento de dívidas judiciais, redirecionando para o pagamento do programa assistencial.
Investidores chamam essa combinação de insolvência ou falta de pagamento de uma dívida com improviso.
Empresários entendem que os recursos do auxílio deveriam sair das emendas parlamentares e dos fundos partidário e eleitoral.
Economistas ainda têm esperança de que a Câmara ou o Senado não autorize essa dupla flexibilização.
O próprio Banco Central concorda com eles e admite que a operação fura-teto aponta para a deterioração das contas públicas.
No comunicado da última reunião,
o Copom já mostrou que a taxa básica de juros subirá para pelo menos 9,25 por cento em dezembro.
O BC mira na inflação, mas, há decepção e descrença na indústria e no comércio, nas fábricas e nos mercados.
Muita gente importante duvida agora de que a política monetária, sozinha, seja capaz de segurar a disparada dos preços.
Desses precatórios, grande parte são dívidas com professores que já não está nada bem.
Outra parte é com aposentados,
com gente que esperou décadas processos que se arrastaram e quando saiu a sentença final, o governo resolveu negar a pagar algo.
São os empobrecidos que pagarão o "auxilio brasil" para os mais empobrecidos ainda.
Ainda assim, o futuro da economia brasileira estará nas mãos de deputados e senadores para o bem, para o mal ou muito pelo contrário.

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