sexta-feira, 9 de junho de 2023

Poema sobre a candeia do corpo

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O convite de Deus é para que sejamos seres iluminados.
Mas para isto tem-se que converter o modo de olhar a vida.
O chamado é ser-andar na e para a Luz da Vida.
A vida, no entanto, está no olhar.
Jesus disse que os “olhos são a lâmpada do corpo”, e que um olhar limpo torna puro e ilumina todo o ser.
Todas as coisas são puras para os puros.
E os limpos de coração vêem a Deus em tudo, e tudo em Deus.
Assim o olhar faz o ser luminoso, na mesma medida em que é o ser quem enxerga.
Interessante é que Jesus disse isto após ter falado do olhar como atribuição de valores, ou seja, conforme tesouros da terra ou do céu.
Pois onde está o tesouro, que é determinado pelo olhar, aí está também o culto do coração.
Na seqüência à afirmativa de que a vida luminosa emana de um olhar limpo, Jesus falou da impossibilidade do ser de dividir existencialmente nossas devoções.
Isto porque o chamado da alma para uma só coisa.
É para Deus.
Daí não poder servir a Deus e às riquezas idolátricas fabricadas pelo olhar do homem que cultua pedras preciosas ou qualquer outra coisa.
Mais cedo ou mais tarde um dos modos de enxergar vai prevalecer.
Enquanto isto a alma existirá entre amor e a aversão, rachada e angustiada, pois se ama a um, aborrece o outro, e vice versa.
Jesus disse que “ninguém” tem o poder de servir a dois amores.
Ninguém.
Homem nenhum.
Alma nenhuma.
Sob pena de existir odiando o que ama e amando o que odeia.
Assim, se culpa por amar ou odiar.
E desse modo será até que a alma se entregue a Deus, pois se entregar aos deuses da terra, inevitavelmente se tornará insegura e ansiosa.
Ande iluminado caminhando no amor de Deus, e o seu ser encontrará feliz comunhão sempre que você encontrar essa luz num outro irmão.
Quem anda na luz anda, caminha liberdade, pois vê através Daquele que é a luz deste mundo.
O ser-luz pode ir onde desejar, pois, onde chega, as trevas se vão.
Os filhos da luz têm prazer uns nos outros.
Mas os que enxergam com o olhar da escuridade, guiar-se-ão uns aos outros para o abismo da presunção de ver,
que é o inferno do julgar.



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