.
Há um ciúmes do marido quando a esposa usa uma veste curta ou que o desagrada por algum motivo,
do chefe quando a empregada não se submete as suas constantes investidas,
dos homens em uma danceteria,
quando uma ou mais mulheres,
não cedem as suas cantadas baratas,
da filha mulher que muitas das vezes é violentada pelo pai e os irmãos homens, da moradora de uma comunidade que não tem onde morar e como abandonar o companheiro agressivo e sai cedo para trabalhar a fim de garantir o seu pão de cada dia e dos seus filhos menores impúberes.
É a dor de uma mãe de família que apanha calada do marido, rotineiramente, para os filhos não ouvirem.
As dores que vão do abalo psicológico à agressão: pontapés, socos, tapas, facadas, muitas das vezes levando a morte.
É o sofrimento intenso de uma mulher ao não entender o porquê daquele tratamento do companheiro ou ex companheiro, chefe, pai, irmão ou até mesmo terceiros.
É a diminuição da mulher perante o homem, o suprassumo do machismo ao induzir que o sexo feminino está designado para as tarefas de casa,
para cuidar do marido e dos filhos, onde o sexo “frágil” não consegue abrir um vidro, carregar uma bolsa mais pesada e sempre será mais sensível do que o sexo masculino em tudo.
Chegando ao ápice do horror: a morte brutal de mulheres pelo simples fato de pertencer ao sexo feminino.
É o grito expresso do ódio contra as mulheres.
É o protagonismo da mulher na sociedade.
É a vulnerabilidade da mulher solteira que vive sem família, ou tendo de sustentar a família sem as facilidades legais para prover ao seu sustento e ao sustento dos seus.
É a sujeição da mulher casada, uma coluna da família, base indispensável duma obra de reconstrução moral.
Nos países ou nos lugares onde a mulher casada concorre com o trabalho do homem nas fábricas, nas oficinas,
nos escritórios, nas profissões liberais a instituição da família, pela qual nos batemos como pedra fundamental duma sociedade bem organizada, ameaça ruína.
Deixemos, portanto, o homem a lutar com a vida no exterior, na rua.
E a mulher a defendê-la, a trazê-la nos seus braços, no interior da casa.
Pois os dois tem um papel mais belo, e mais útil.