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Jesus disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja.
A palavra de Jesus é firme e segura.
Nem forças infernais impedirão que a igreja cumpra sua missão de levar e viver a mensagem de amor e reconciliação da qual ela é portadora o evangelho.
Essa é uma garantia que o Senhor da igreja dá aos seus discípulos ao responder à afirmação de Simão Pedro de que ele, Jesus de Nazaré, é o Cristo Messias, o Filho do Deus vivo.
E é sobre a verdade dessa afirmação de Pedro que Jesus edifica sua igreja.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Se de um lado tal afirmação nos dá esperança e propósito, de outro lado, meu sentimento, hoje, é de tristeza pelo que tenho visto e ouvido nesses dias.
Parece-me que, em alguns ambientes, são as portas da igreja que não estão prevalecendo contra o discurso político-partidário.
Aliás, discurso cada vez mais radicalizado e teologicamente insustentável.
De certa forma, não é um fenômeno novo.
Tem sido assim desde a campanha eleitoral de 1989, quando religiosos impunham as mãos sobre um determinado candidato.
No entanto, nesses dias, perdeu-se qualquer discrição, cautela ou juízo sobre a forma de fazer isso.
As portas de algumas igrejas e denominações religiosas foram arrombadas pela truculência da ideologia, do fundamentalismo,
do nacionalismo, do armamentismo e do fanatismo.
Essa é uma ferida que levará muito tempo para ser curada, e uma triste e desnecessária cicatriz que ficará marcada na história da igreja, no Brasil.
E inúmeros são os feridos desse delírio coletivo.
Que nos arrependamos e lembremos que à igreja cabe anunciar e viver o evangelho de Jesus Cristo, que fala de redenção, de justiça, de paz, de respeito à vida, de perdão, de reconciliação,
de fraternidade e, sobretudo, de amor.