segunda-feira, 7 de abril de 2014

O poema sobre a beleza

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Sempre escutarmos dizer:
“O que importa não é a beleza exterior, mas a beleza interior.”
Pois não há mais falso do que essa frase.
Se assim fosse, por que as flores fariam tanto
Esforço para chamar a atenção das abelhas?
Por que escolhemos as coisas que opinamos seres belos,
E quando não são acabamos não comprados?
E por que as gotas de chuva se transformariam
Em um arco-íris quando encontram o sol?
Porque a natureza anseia pela beleza.
E só fica satisfeita quando ela pode ser exaltada.
A beleza exterior é a parte visível da beleza interior.
E ela se manifesta pela luz que sai dos olhos de cada um.
Não importa se a pessoa está malvestida, se não obedece
Aos padrões do que consideramos elegante
Ou se não está sequer preocupada em impressionar quem está perto.
Os olhos são o espelho da alma e refletem tudo
O que parece estar oculto.
Mas, além da capacidade de brilhar,
Os olhos têm outra qualidade:
Funcionam como espelho.
E refletem quem está admirando.
Assim, se a alma daquele que observa estiver escura,
Ele verá sempre sua própria feiúra.
Porque, como todo espelho,
Os olhos devolvem a cada um de nós
O reflexo de nosso próprio rosto.
A beleza está presente em tudo o que foi criado.
Mas o perigo reside no fato de que,
Como seres humanos muitas das vezes
Afastados da Energia Divina,
Deixamos-nos levar pelo julgamento alheio.
E pela condenação daqueles que não estão
Competindo com a superclasse mundial.
Negamos nossa própria beleza porque os outros
Não podem, ou não querem reconhecê-la.
Em vez de aceitar quem é, procuramos imitar
O que vemos ao nosso redor.
Achamos a melhor forma para agradamos quem amamos,
Ou quem está nos pedido uma nova transformação.
Buscamos ser como aqueles “que todos dizem” que bonito!”
Aos poucos nossa alma vai definhando,
Nossa vontade diminui, e todo o potencial que tínhamos
Para enfeitar o mundo deixa de existir.
Esquecemos que o mundo é aquilo que imaginamos ser.
Esquecemos que o mundo vive de aparências.
Deixamos de ter o brilho da lua e passamos
A ser a poça d’água que a reflete.
No dia seguinte, o sol vai evaporar essa água, e nada restará.
Tudo porque algum dia alguém disse:
“você é feio.” Ou outro comentou:
“Ela é bonita.” Com apenas três palavras,
Foram capazes de roubar toda a confiança
Que tínhamos em nós mesmos.
E isso nos torna feio.
E isso nos deixa amarga.
Porque pensaremos que não se encaixamos nos padrões sociais.
Nesse momento, encontramos conforto naquilo
Que chamam de “sabedoria”: um acumulado de idéias
Empacotadas por gente que procura definir o mundo,
Em vez de respeitar o mistério da vida.
Ali estão às regras, os regulamentos,
As medidas, e toda uma bagagem
Absolutamente desnecessária que procura
Estabelecer um padrão de comportamento.


                                  Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e                                   
                                  Não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.                                    

                                                                    Lucas 6: 37

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