quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Poema sobre o renda Brasil

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O programa Renda Brasil não faz mais parte dos planos,
nem do sonhos, do presidente, porque o Renda Brasil não cabia no Orçamento da União,
do mesmo modo que um elefante não cabe numa caixa de fósforo.
O Renda Brasil era uma urgência legítima num país marcado pela chaga da desigualdade,
uma chaga que se revelou ainda mais dramática em meio à pandemia do coronavírus.
Insistir no Renda Brasil nas condições improvisadas e insustentáveis em que vinham sendo discutidas seria um erro não resolveria a tragédia da extrema pobreza e agravaria a precariedade das contas públicas.
Com a economia ainda em fase de lenta recuperação,
essa precariedade fiscal é justamente a mãe de todas as nossas tragédias nacionais.
Além da extrema pobreza,
nossas tragédias também incluem a extrema falta de empregos para milhões de famílias,
a extrema falta de investimentos públicos ou privados e a extrema carga tributária sobre pessoas físicas ou jurídicas.
O presidente proibiu que se fale em Renda Brasil às custas do salário mínimo, do seguro-desemprego e dos benefícios da Previdência.
Sabe-se que ele não quer mais ouvir propostas que só sacrificam trabalhadores, aposentados e pobres em geral.
O que não se sabe é por que o presidente também desistiu do Renda Brasil,
até o final do seu governo.
Já que seria bem interessante um debate em torno da contribuição de banqueiros, empreiteiros e políticos.

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