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Convivo diariamente com a melancolia,
o tédio e o descontentamento com as realidades que me cercam.
A incredulidade insiste em me assombrar.
Ouço conflitos existenciais de pessoas desde quando eram crianças.
A vida me ensinou a ser um vencedor.
Desde sempre me ensinaram que eu deveria estudar e ter um bom emprego, para ter uma vida boa.
Minha família, professores e familiares mal sabiam que essa narrativa me fazia mal.
Esse ideal de vida, não fazia nenhum sentido para uma criança que aos 10 anos de idade, gostava e se interessava por filosofia e história.
Eu acreditava que a vida não tinha sentido e somos frutos de eventos cósmicos aleatórios.
Então, aprendi a viver sorrindo e seguir a vida normalmente, sem fazer muitas perguntas.
A busca da felicidade individual é o novo veículo motivador da vida.
Estamos em uma sociedade líquida como diria Zygmunt Bauman.
Tentamos fugir dessa vida cinzenta relativizando tudo, em busca do prazer individual e egoísta.
Mas será mesmo que felicidade é só isso?.
É muito pouco!.
Minha alma que sorrir.
Existe um Deus que se revela aos fracos e pequeninos.
A promessa é que Ele enxugará toda lágrima!.
Convivo com angústia, mas não me permito ser cínico.
Levanto os meus olhos para onde vem o meu socorro e encaro a vida com bastante coragem.
E nessa jornada entre a fé e a dúvida, algumas vezes sou surpreendido por uma alegria que nenhum filósofo pode explicar.
Há dez anos fui assaltado pela salvação e ao me lembrar das pequenas belezas da vida, aquele meu sorriso falso de criança, se torna um sorriso sincero e radiante.
Será que há um Deus escuta a minha angústia?.
Devemos falar com Deus o tempo suficiente para poder escutá-lo.