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Não é possível só pregar o Evangelho, porque o Evangelho não se destina a espíritos desencarnados que habitam uma espiritosfera.
O Evangelho se destina a pessoas como você e eu.
Pessoas de carne e osso, historificadas, determinadas, histórico-cultural economicamente, politicamente.
Então não é possível pregar " só o Evangelho".
O Evangelho tem implicações politicas...
Não devemos esquecer que Jesus foi assassinado por um império.
O crime religioso de Jesus foi blasfêmia mas o Império Romano não autorizava que os crimes religiosos fossem punidos com a pena de morte.
Apenas Roma podia matar.
Então Jesus morreu pelo Império Romano, Jesus morreu como um prisioneiro politico acusado de ser o rei dos judeus.
O crime de Jesus foi sedição.
Ele conspirou contra César.
Essa é a acusação que pesa sobre Ele e inclusive é o que está posto pelo Império naquela placa afixada na cruz onde se identificava o crime do crucificado e a placa dizia: Rei dos judeus.
Ele foi morto como rei, ele foi morto politicamente.
Nós não podemos negar que embora Jesus tivesse dito:" Meu reino não é deste mundo."
Ele tem impacto nesse mundo, ele tem repercussão nesse mundo, ele incomoda esse mundo, especialmente ele incomoda os que pretendem ser donos desse mundo.
O Evangelho tem implicações para as relações, a experiência de fé cristã é necessariamente, indubitavelmente, imprescindivelmente coletiva.
E tudo que é coletivo é político.
