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Além de escolher o presidente americano,
as eleições presidenciais dos EUA têm este ano outro desafio monumental,
do tamanho da Estátua da Liberdade.
Elas são um teste para a democracia, um teste de resistência,
um teste institucional,
um teste que vai por em prova a vocação civilizatória e humanitária da nação ainda mais rica,
mais influente e mais poderosa do mundo.
Se esse teste se resumisse à participação dos eleitores,
a democracia já estaria vitoriosa.
Quase 100 milhões de americanos já haviam votado antecipadamente antes da data oficial, que é hoje.
Essa pressa dá boa ideia do clima de ansiedade, expectativa tomou conta do país.
Ela é resultado de uma polarização que abriu nos EUA um abismo tão assustador quanto aquele que dividiu os americanos na Guerra Civil,
na Guerra de Secessão.
O conflito armado, entre os estados do Norte e do Sul que matou quase 1 milhão de pessoas entre 1861 e 1865.
Atualmente, a periculosidade, a gravidade e a confusão do quadro eleitoral americano são tão grandes e tão profundas que chegaram ao ponto de preocupar inclusive republicanos históricos, como o jornalista Max Boot.
Ultraconservador, ele decidiu optar pelo democrata Joe Biden, justificando da seguinte maneira: “Trump é um sociopata que precisa mais da adoração das massas insanas do que da aceitação das pessoas normais”.
Quando até republicanos ferrenhos declaram votos em democratas,
significa que a democracia corre mesmo perigo.
Mas também significa que há esperança.
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