quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Poema sobre o segundo turno

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Os resultados do primeiro turno do Rio de Janeiro já eram previstos pelas pesquisas.
Pesquisas que, como eu sempre digo,
já fazem parte das nossas rotinas e boas práticas democráticas.
Mas os números do primeiro turno no Rio vão e falam além das pesquisas.
O que os números dizem é que Eduardo Paes vai para o segundo turno com um favoritismo confortável em relação a Marcelo Crivella.
Daí que, em geral, num segundo turno de qualquer eleição,
os desafios de quem fica em segundo lugar são sempre bem maiores.
Um deles é atrair os votos que não recebeu no primeiro turno.
Outro é tentar reativar os votos nulos, brancos ou abstenções,
e reverter esses votos inválidos em votos válidos a favor.
Nesse caso dos nulos, brancos e abstenções,
o problema é que eles vêm de eleitores convictos, ou seja, eleitores determinados a invalidar já no primeiro turno,
quando ainda existem muitos nomes à disposição.
Há também, para alguns candidatos,
o esforço de superação visando administrar um alto índice de rejeição.
Se não for reduzido, esse índice pode acabar beneficiando o concorrente menos indesejável.
Enfim, realmente, o segundo turno representa uma nova disputa,
mas é uma nova disputa que não zera as circunstâncias herdadas do primeiro turno.
Nem de facilidades,
nem de dificuldades,
nem para o bem,
nem para o mal.
Resumindo: o segundo turno é uma nova chance para todos.
Principalmente para o segundo colocado.

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