quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Eleições Americana

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Se há uma coisa que os EUA têm a aprender com o Brasil, essa coisa se chama eleições.
Para os brasileiros, cédulas de papel, apurações demoradas e regras ou critérios regionais em casos de impasses são estranhas demais num país-símbolo de primeiro-mundo.
Os americanos não contam com tribunal nem autoridades superiores para julgar reclamações ou pendências envolvendo candidatos, campanhas, urnas, votos etc. Cada estado têm seu jeito, seu sistema, sua autonomia, para lidar com cada imbróglio.
Se nada funcionar, o caminho é a Justiça Comum e, em última instância, a Suprema Corte.
Guardadas as proporções e as heresias, a Suprema Corte lá equivale ao nosso STF aqui.
Os EUA não têm um Tribunal Superior Eleitoral, com legislação específica para querelas ou questões eleitorais.
A ideia de ser necessário esperar dias ou semanas para se saber quem será o presidente da maior potência mundial é assustadora até para eleitores brasileiros residentes nos cantos mais remotos do país.
Por tudo isso, muito mais e todo o resto, Donald Trump já avisou que fará de tudo para contestar nos tribunais qualquer resultado que não lhe dê uma segunda vitória.
Trata-se de uma ameaça irresponsável, friamente calculada para tumultuar ainda mais a já combalida democracia americana.
De modo que, se perder, Trump vai preferir virar a mesa, no murro e na marra, caindo matando… 
nem que, para isso, tenha que ferir de morte a sua própria dignidade.
Daí que, em vez de América Grande de Novo, vai transformar o país numa América Cada Vez Menor.

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