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Não vou tratar aqui de defender a obrigatoriedade da vacina e da vacinação,
e sim de alertar para o perigo real e imediato da politização desses temas muito caros à saúde pública.
De tal modo que, no ano que vem e nos próximos, além de COVID, corremos riscos de epidemias de sarampo, rubéola, coqueluche, poliomielite e outras doenças já erradicadas.
Essa é a convicção de médicos, biólogos, imunologistas e epidemiologistas,
todos preocupados com o debate sobre a vacina e a vacinação.
Trata-se de um debate político e ideológico que,
segundo profissionais e especialistas,
vai ameaçar vidas, pessoas, seres humanos.
Ninguém morre quando alguém insiste que a Terra é plana ou que o homem nunca pisou na Lua.
Mas, quando a negação avança contra a vacina e a vacinação,
aí o que se tem é a tentativa de erradicar conquistas civilizatórias, em vez de erradicar doenças letais.
A vacina e a vacinação são assuntos de interesse público, acima do interesse próprio; assuntos já consagrados há mais de 100 anos,
numa época em que a Ciência venceu a ignorância, e a responsabilidade social venceu a individualidade e o egoísmo.
Meu ponto é que, se o nível de qualidade da vacina for tecnicamente comprovado e aprovado, não se pode dizer “não” à vacinação, da mesma forma que não se pode dizer “não” ao respeito às leis, incluindo aquelas com as quais nós não concordamos.
Repare que ninguém pode matar ninguém alegando discordar do Código Penal ou do Quinto Mandamento da Igreja Católica.
Assim como ninguém pode matar ninguém alegando que a vontade individual está acima de tudo, de todos e de Deus.
Apelar para essa vontade individual é apelar a um nível de maturidade que nós, no Brasil, infelizmente, ainda não temos!.
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