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As liberdades civis e os direitos humanos exigem de nós uma convivência diária com o outro,
com o próximo,
com o diferente,
com o divergente.
Enfim, com quem ou o quê não gostamos.
A vida não nos dá licença para matar e exterminar quem ou o quê nos incomoda.
Por isso, vale repetir o que eu já disse aqui em meados do ano.
A Covid-19 é uma doença agravada pela dificuldade de respirar.
O racismo também.
Mas o direito de respirar, vital na forma concebida por Deus,
não pode ser retirado do homem,
pelo homem,
pelo preconceito.
A ninguém foi dado o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer… com base na cor da pele,
dos olhos,
dos cabelos,
enfim, dos códigos genéticos.
Somos os verdadeiros exterminadores de futuros,
de vidas,
de sonhos,
de planos,
de famílias e de crenças.
A ninguém foi dado o poder de sufocar a vida e os sonhos de ninguén,
com base na etnia,
na língua,
na origem,
na história ou na geografia.
Não basta mais gritar que “vidas negras importam”.
É urgente agora provar que vidas negras importam “também” nas salas de aula, nas carreiras profissionais,
nas grandes empresas,
nos cargos de chefias,
nas artes,
no teatro,
no cinema,
na cultura e na ciência em geral.
Somos os verdadeiros exterminadores do futuro.
Tudo isso sem que se trate de exceções, superações ou sobreviventes.
O racismo é uma aberração insuportável. O racismo é um vírus irrespirável.
Que venha a vacina!.
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