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Certo dia, quando Jesus caminhava entre a multidão,
uma mulher que tinha um fluxo de sangue contínuo resolveu se aproximar furtivamente Dele.
Ela pensou que se O tocasse seria curada.
E realmente o milagre aconteceu.
Mas, no meu entender, tão importante quanto a cura,
foi o tipo de contato que ali se estabeleceu.
A multidão O empurrava e esbarrava Nele o tempo todo.
No entanto, Ele identifica e sente de modo diferente o toque daquela mulher, porque na verdade,
ela se aproximou esperando não somente encostar em Jesus,
mas ansiosa por algo maior:
uma conexão, uma troca,
uma ligação pra além do esbarrar.
O que ela ansiava era o vínculo, através do qual o milagre aconteceria.
Estamos cercados de muita gente.
Temos contato com pessoas o tempo todo.
Mas se não estabelecermos relacionamentos que nos tragam significado existencial,
estaremos sós em meio à multidão, esbarrando-nos acidentalmente uns nos outros.
O que precisamos mesmo é de vínculos.
Vínculos estes que nos tragam a experiência da troca, do afeto,
e do olhar que não somente vê,
mas nos faz enxergar uns aos outros.
É isso que nos aproxima e vai nos manter vivos num mundo onde grassa a frieza e a indiferença.
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