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Jesus não conviveu ao lado de gente certinha.
Ao contrário, ele evitava e criticava quem se gabava cumprir todas as demandas da lei judaica.
Jesus chamou os austeros sacerdotes de sepulcros caiados; tratou mestres como cegos guiando outros cegos.
Os sacerdotes do templo conseguiam convertidos,
mas Jesus disse que eles apenas condenavam as pessoas a um inferno duplo.
O filho do homem, gostava da companhia de pecadores iguais a gente comum.
Ele se sentia bem perto dos que assumiam a condição humana.
Ao alistar apóstolos não se importou com suas inadequações.
Pedro era tempestivo;
Tomé, hesitante;
João, vingativo;
Filipe, lento em compreender;
Judas, ladrão.
Acostumado aos costumes da sinagoga e com o linguajar dos doutores da Lei,
Jesus não buscou discípulos dentro desses círculos.
Jesus aceitou que uma mulher de reputação duvidosa derramasse perfume sobre sua cabeça.
Elogiou a fé de um centurião romano, adorador de ídolos.
Não deixou que apedrejassem uma adúltera.
Mostrou-se surpreso com a determinação de uma mãe cananéia.
Nos estertores da morte, prometeu o paraíso a um ladrão.
Não mediu esforços ou palavras para enaltecer os diferentes.
Santidade nunca significou para ele a simples obediência a normas.
Jesus não tratava um ato igual a uma intenção.
Adultério não se restringe ao sexo; ele questionava os valores que antecediam a relação sexual.
Deus não busca vidas perfeitinhas.
Ele sabe que nossa estrutura humana é pó.
Deus não exige correção absoluta.
Para isso, ele teria que converter mulheres e homens em anjos.
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